JESUS CRISTO NOSSA PÁSCOA



JESUS CRISTO NOSSA PÁSCOA

Eduardo Veronese da Silva


Durante muitos anos e a cada ano, ocorrem dois grandes eventos sociais de alcance mundial: a comemoração do Natal e a celebração da Páscoa. Destaca-se que esses dois eventos são revestidos de grande religiosidade, envolvendo a pessoa de Jesus Cristo.
Entre os registros históricos que versam sobre essas celebrações, acentua-se que na antiguidade o Natal era comemorado em diferentes datas; não se sabia com certeza o dia do nascimento de Jesus. No século IV foi estabelecido e oficializado o dia 25 de dezembro. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Acredita-se que há estreita relação deste fato com a oficialização da data, e a partir de então, passou-se a comemorá-la mundialmente no dia 25 de Dezembro.
É imperioso destacar que a provável origem dessa comemoração natalina, pode ter sido em razão dos três "magos" do oriente, que ao tomarem conhecimento desse nascimento, foram para Jerusalém adorá-lo e aproveitaram para levar alguns presentes para o menino Jesus: "E, tendo nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém. [...]. E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra"(Mt 2.1,11). Estima-se que o gesto promovido por esses três homens ao presentear o menino Jesus, tenha estimulado o comportamento de outras pessoas do mundo. Talvez, por isso, todo final de ano, ocorre uma movimentação desenfreada a procura de lojas comerciais, para compras de presentes para serem ofertados no periodo natalino.
Diante desse grande movimento socio-comercial, costuma-se esquecer o verdadeiro sentido e significado religioso da data comemorativa, deixando o aniversariante - Jesus Cristo ? como segundo plano.
Quanto a Páscoa, estima-se que sua primeira celebração tenha sido realizada pelo povo Hebreu (israelitas) no deserto do Egito. Nessa ocasião, a primeira páscoa foi celebrada como uma refeição sacrificial, contendo os seguintes ingredientes: um cordeiro ou cabrito assado, pães asmos ou sem fermento e ervas amargas. O cordeiro servia para recordação do sacrificio no Egito e já prefigurava o que iria acontecer com Jesus Cristo, sacrificado pela humanidade e pendurado no madeiro: "Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29)". O pão sem fermento representava pureza e as ervas amargas a servidão amarga no Egito.
Oportuno lembrar que a Páscoa naquela ocasião, revestiu-se num ato de gratidão pela libertação dos israelitas da escravidão egipcia. Nos dias de hoje, deveria ser uma forma de agradecimento pela libertação do pecado, conquistada através do sacrifício vicário de Jesus Cristo como sendo nosso Cordeiro Pascal: "Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moido pelas nossas iniquidades, o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados" (Is 53.5).
Com o avançar dos anos, a comemoração da páscoa tomou novos contornos sociais e religiosos. Em algumas igrejas cristãs transformou-se na Santa Ceia do Senhor: "[...], quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a Ceia do Senhor" (1Co 11.20); em outras, na Eucaristia. Em geral, são celebradas mensalmente em memória da morte e ressurreição de Cristo. O triste é ver o sacrifício pago na cruz e a pessoa de Jesus Cristo sendo substituída pela figura simbólica de um mero coelhinho de páscoa.


EDUARDO VERONESE DA SILVA
Membro da Igreja Assembléia de Deus ? Cariacica/ES
Bacharel em Direito ? FABAVI/ES
Especialista em Direito Militar ? UCB/RJ
Email. [email protected]

Autor: Eduardo Veronese Da Silva


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