Ação educativa: Toxoplasmose.



Projeto de Intervenção:

Tema: Toxoplasmose.
Titulo: Ação educativa: Toxoplasmose.
1. Justificativa:
Este projeto de intervenção "Toxoplasmose" é de suma importância, pois se trata de uma proposta de orientação e conscientização da população a cerca de uma patologia, cujo fator contribuinte para o alto índice no município de Barreiras pode vim a ser a falta de conhecimento.
A prevenção ganha importância, pois já se é sabido que a toxoplasmose é uma infecção parasitária que atinge um grande número de pessoas no mundo inteiro, incluindo crianças infectadas ao nascimento, pessoas com AIDS, câncer, e as pessoas que se submeteram a um transplante de medula óssea ou de um órgão.
Visto que é mais fácil prevenir que tratar a ação educativa vem ganhando força no âmbito da saúde de um modo geral. O enfermeiro atua como educador, sensibilizando a população da necessidade de se atentar às condições sanitárias, a uma boa alimentação e a importância de ter uma vida saudável, visando sempre à melhoria na qualidade de vida da população.
A intervenção será realizada com alunos de 2° grau, do colégio Herculano Farias, localizado no Bairro Prima Vera, Barreiras-Ba.
Sendo assim, espera-se que o projeto de intervenção "Toxoplasmose" consiga atingir de forma positiva seu publico alvo, vindo a ocasionar uma melhoria na qualidade de vida.
2. Objetivo geral:
Orientar a população sobre a toxoplasmose: modo de infecção, prevenção, sintomas e tratamento.
2.1. Objetivos específicos:
Orientar a população sobre modos de prevenção.
Orientar a população sobre as formas infecção;
Inteirar a população sobre o tratamento correto para toxoplasmose;
Informar a população a freqüência em que ocorre a toxoplasmose na região.
3. Fundamentação teórica:

Segundo Neves, A infecção pelo T. gondii constitui uma das zoonoses mais difundidas no mundo. Em todos os países, grande parte da população humana e animal (mais de 300 espécies de animais entre mamíferos e aves ? domésticos e silvestres) apresenta parasitismo pelo T. gondii. em algumas regiões, 40 a 70% dos adultos aparentemente sãos apresentam-se positivos para toxoplasmose, em testes sorológicos. Essa variação da prevalência parece ser devida a fatores geográficos, climáticos, hábitos alimentares, tipo de trabalho etc., indicando que o mecanismo de transmissão devem ocorrer através de várias formas do parasito: oocistos em fezes e gato jovem infectado, cisto presentes em carnes e taquizoítos no sangue atingindo a placenta. (NEVES, 2005)

O ser humano adquire a infecção por três vias principais:
1) Ingestão de oocistos presentes em alimento ou água contaminadas, jardins, caixas de areia, latas de lixo ou disseminados mecanicamente por moscas, baratas, minhocas etc.
2) Ingestão de cistos encontrados em carne crua ou mal cozida, especialmente do porco e do carneiro. Os cistos resistem por semanas ao frio, mas o congelamento a 12ºC ou o aquecimento acima de 67ºC os mata.
3) Congênita ou transplacentária: o risco da transmissão uterina cresce de 14% no primeiro trimestre da gestação após a infecção materna primária, até 59% no ultimo trimestre da gestação. É interessante esclarecer que as mulheres que apresentam sorologia positiva antes da gravidez têm menos chance de infectar seus fetos do que aquelas que apresentarem a primoinfecção durante a gestação.(NEVES, 2005)
Mais raramente pode ocorrer ingestão de taquizoítos em leite contaminado ou saliva, acidente de laboratório, transmissão por transplante de órgãos infectados etc. ( NEVES, 2005)
Conforme será mostrado na Patogenia, as manifestações da toxoplasmose podem ser bastante variadas. Entretanto, em vista das possíveis anomalias que podem ocorrer no feto, a transmissão congênita é mais grave. As vias de infecção mais prováveis para o feto são:
? Transplacentária: quando a gestante adquire a toxoplasmose durante a gravidez apresentando a fase aguda da doença, poderá transmitir T. gondii ao feto, tendo os taquizoítos como forma responsável.(NEVES, 2005)
? Rompimento de cistos no endométrio: apesar da gestante apresentar a doença na fase crônica, alguns cistos localizados no endométrio poderiam, em raras situações, se romper (distensão mecânica ou ação lítica das vilosidades coriônicas da placenta), liberando os bradizoítos que penetrariam no feto. (NEVES, 2005)
Na fase cronica da infecção, encontrando-se apenas formas incistadas nos tecidos, as provas sorológicas podem ser negativas ou paresentarem títulos extremamente baixos. O toxoplasma tem sido isolado de muitos pacientes com reações imunológicas negativas. (REY, 2001)

Em função da linhagem de Toxoplasma usada nas inoculações dos animais de laboratório, dua evoluções podem ter lugar:
1. Com linhagens virulentas. Em vários animais(canários, camundongos, cobais e outros roedores) desenvolve-se um quadro agudo e, como as células mais frequente invadidas pelos parasitos são os leucócitos e macrófagos, os toxoplasma podem ser encontrados, em breve prazo, qm quase todos os tecidos do hospedeiro.( REY, 2001)

2. Com linhagens não-virulentas. A inoculações em cães jovens, coelhos e camundongos, por via intraperitoneal, produz a formação de pseudocistos, em ritmo lento. A maior densidade parasitária é encontrada no exsudato peritoneal, por volta do sexto dia. As células geralmente contêm menos de 20 parasitos quando estão preste a romperem-se. Esse parasitismo decresce até que, após duas semanas, já não se encontram toxoplasma nessa localização.( REY, 2001)
Interconversão Taquizoíta-Bradizoíta´: Fato muito importante na patogenia da toxoplasmose, em pacientes imunodeprimidos, é a Interconversão bradizoíta-taquizoítas, cujos fatores determinantes são praticamente desconhecidos. (REY, 2001)
Normalmente, quando os taquizoítas penetram nas células hospedeiras, alteram a parede do vacúolo, de modo que aí não mais se encontram muitas proteínas normais (o que impede a adesão de lisossomos ou a acidificação de seu interior) e aparecem outras que levam o vacúolo a evoluir para uma parede cística dentro da qual se diferenciam os bradizoítas. Esta transformação corresponde ao estabelecimento de uma proteção imunlógica, que pode manter-se por todasa vida do paciente. Os bradizoítas possuem antígenos de superfície e plasmáticos diferentes dos de tequizoítas, têm maior quantidade de micronemas e granulações de amilopectinas, sendo mais resistentes à ação da pepsina ou da tripsina. (REY, 2001)
A resposta imunológica do hospedeiro é medida por interferon-gama (IFM-y), que aparentemente impede a ruptura dos cistos. Por outro lado, a ativação dos toxoplasmas pode ser obtidos pela neutralização do IFN-y com o fator de necrose tumoral (ou TNF-±). (REY, 2001)
Na infecção in vitro de diversas culturas de tecido, muitos bradizoítas diferenciam-se espontaneamente em taquizoítas, dentro de umas 15 horas ou algumas gerações (de modo assincrônico e com estágios intermediários), sem intervenção de fatores modulares externos. Mas o fenômeno inverso pode acorrer espontaneamente, em taquizoítas, dentro de quinze horas ou algumas gerações (de modo assincrônico e com estágios intermediários), sem intervenção de fatores modulares externo. Mas o fenômeno inverso pode ocorrer espontaneamente, com frequência muito baixa, ou ser induzido em cultura de macrófagos murinos por IFN-y, que inibiria a reprodução dos parasitos através de complicado mecanismo produtor de óxido nítrico (NO), inibidor da função mitocondrial, e induziria a transformação taquizoíta-bradizoíta. Outros fatores são também capazes de levar a essa transformação. (REY, 2001)
Como o enfermeiro pode ajudar a prevenir à toxoplasmose senssibilizando à população as tomar seguintes precauções:
? Não coma carne crua, principalmente as mais exóticas,
? Lave completamente suas mãos depois que você manipulou carne crua, depois trabalhar em seu jardim, e após ter trocado a caixa de lixo do gato,
? Se você está grávida ou tem um sistema imune debilitado, não manipule carne crua ou tenha contato com gatos. Se você não puder evitar estas coisas, use sempre luvas.
? Se você possui um gato, mantenha-o em lugar fechado e alimente-o com comida comprada em loja (Pet-shop) enlatada ou seca, evitando carne crua.
? Manifestações clínicas:
A toxoplasmose pode apresentar muitos sintomas brandos e graves, incluindo fraqueza ou adormecimento de um lado do corpo, mudanças de humor e personalidade, alterações visuais (visão dupla, sensibilidade acentuada à luz ou perda total da visão), espasmos musculares, convulsões e dores de cabeça muito fortes, que não melhoram com analgésicos. A menos que a doença seja tratada de forma apropriada, esses sintomas irão piorar e progredir até atingir o estado de coma ou até mesmo a morte.Pode se manifestar apenas como uma linfadenopatia A cadeia mais freqüentemente acometida e a cadeia cervical anterior Os linfonodos costumam estar aumentados de tamanho e indolores à palpação Alguns pacientes podem ainda relatar: Febre, mialgia, artralgia, fadiga, entre outros sintomas. (REY, 2001)
O diagnóstico é pela sorologia, ou seja, detecção dos anticorpos específicos contra o parasita (incluindo tipos de anticorpos, como Igm, que só existem nas fases agudas).(LIMA, 2004)
Na maioria dos casos não é necessário tratamento já que o sistema imunitário geralmente resolve o problema. Na gravidez ou em imunodeprimidos usa-se espiramicina, pirimetamina, sulfadiazina.(LIMA, 2004)
Na maioria dos casos, se a pessoa é saudável, nenhum tratamento é necessário a menos que os sintomas sejam graves ou extraordinariamente persistentes. Se a toxoplasmose afetar os olhos, o médico pode tratar com antibióticos. (LIMA,2004)
Ainda não existe um medicamento eficaz contra a toxoplasmose, na fase crônica da infecção. As drogas utilizadas atuam contra taquizoítos, mas não contra os cistos. Como a maioria das pessoas com sorologia positiva não apresenta a doença, e pelo fato de as drogas empregadas serem tóxicas em usos prolongados, recomenda-se o tratamento apenas dos casos agudos, da toxoplasmose ocular e dos indivíduos imunodeficientes com toxoplasmose de qualquer tipo ou fase. (LIMA, 2004)
Se o paciente tiver um sistema imune debilitado, o médico irá tratar com uma combinação de drogas para matar o parasita da toxoplasmose. Alguns medicamentos que estão sendo atualmente usadas são a Pirimetamina (Daraprim ®), Sulfametoxazol-Trimetoprim (Bactrin ®), Sulfadiazina (Triglobe ®) ou Clindamicina (Dalacin ®). (SOARES, 2002)
Segundo Lima, recém-nascidos com toxoplasmose congênita são tratados por pelo menos um ano com uma combinação de antibióticos. Se a mulher desenvolve toxoplasmose durante a gravidez, seu médico pode prescrever medicamentos que reduzirão o risco da criança desenvolver toxoplasmose congênita. Estes medicamentos incluem a Espiramicina (Rovamicina ® Periodontil ®), Pirimetamina e Sulfadiazina. Para diminuir a possibilidade desenvolver problemas congênitos (ao nascimento) relacionado aos remédios, o tipo e a duração do tratamento dependerá de qual trimestre está a gravidez. (LIMA, 2004)
Os medicamentos usados são:

? Piremetamina
Apresentação:
Comprimidos de 25mg
Mecanismo de Ação:
Antagonista do ácido fólico; inibe uma enzima que é importante na biossintese celular da purina, pirimidina e certos aminoácidos.
Nível Sanguíneo:
2 á 6 horas
Eliminação:
4 dias
Indicação:Profilaxia de malária (piretamina/adulto e criança acima de 10 anos; 25mg/semana. Criança de 4 á 10 anos; 12,5mg/semana. Criança abaixo de 4 anos 6,25mg/semana. Continue usando a droga por 10 semanas após deixar a área endêmica. Ataque da malária: adulto 2 a 3 comprimidos dose única. Criança de 9 a 14 anos, 2 comprimidos. Criança de 4 a 8 anos 1 comprimido. Criança abaixo de 4 anos ½ comprimido. Adulto e criança cima de 15 anos 25 mg/dia;criança abaixo de 15 anos 12,5/dia por 2 dias.(SOARES, 2002)
Adulto dose inicial 100 mg/dia por 4 a 5 semanas. Criança dose inicial 1g/kg em 2doses iguais por 2 a 4 dias.

Reações adversas:
SNC: convulsão em caso de toxidade
SGI: anorexia, vômito e diarréia.
S.Hematológico: anemia aplestica, anemia megaloblastica, depressão da medula óssea, leucopenia, trombocitopenia e pancetonia.
Pele: síndrome de Stevens-Johnson,rash.
Interação:
Ácido fólico; diminui o efeito de antitoxoplasma.
Sulfononamida, Trimetopina;acentuam a reação adversa.
Contra-indicação:Indicado pra pacientes hipersensível à pirimetamina, anemia megaloblástica causada por deficiência de acido fólico. Use com cuidado em pacientes com disfunção hepática e renal, alergia e asma brônquica. Use com cuidado em pacientes com epilepsia .(SOARES, 2002)

Cuidados do enfermeiro:
1. Ofereça nas refeições para diminuir problemas GI.
2. Monitorize 2 vezes por semana hemograma, plaquetas.
3. Se sinais de diminuição de ácido fólico aparecerem, reduza ou suspenda a dose.
4. Quando usar a droga para o tratamento de toxoplasmose em pacientes com AIDS, a terapia ocorrera por varias semanas.
5. O tratamento deve ser dado 1 a 2 dias antes de viajar para as áreas endêmicas.

? Trimetoprina (antibiótico)

Apresentação:
Comprimidos, suspensão e ampolas.
Mecanismo de Ação:
O mecanismo de ação é a inibição em cadeia de duas enzimas vitais ao desenvolvimento bacteriano, bloqueando a produção do ácido fólico e evitando a formação do acido hidrofolico..(SOARES, 2002)
Inicio do efeito:
Variável.
Nível Sanguíneo:
1 a 4horas.
Indicação:
Infecção urinaria causada por E.Coli, Proteus mirabilisKlebsiella pneumonia, Enterobacter species, Staplylococus.(SOARES, 2002)
Reações adversas:
SGI náusea, vômito, glossite, desconforto epigástrico.
S.Hematológico: anemia megaloblastica, aumenta de transaminase sérica, bilirrubina e creatinina, tromboxitopenia, leucopenia, neutropenia.
Pele: rash, prurido, dermatite exfoliativo.
Outros: febre
Interação:
Sulfonilureia:aumenta o risco de hipoglicemia; fenitoína pode inibir o metabolismo da fenitoina no fígado, potencializando o efeito.(SOARES, 2002)
Contra-indicação:
Contra indicado para pacientes hipersensível á droga, disfunção renal e hepática, discrasia sanguínea e gestação. .(SOARES, 2002)
Cuidados de enfermagem:
1. Proteja a droga da luz.
2. Se a terapia for por períodos prolongados, especialmente em pacientes acima de 65 anos é necessário controle hematológico.
3. Não utilize durante a gestação.
4. Na eventualidade de intoxicação por super dosagem, procede a lavagem gástrica e induzira o vômito.


? Acido fólinico

Apresentação:
Frascos ampolas, de 5ml com 50mg.
Mecanismo de Ação:
Participa como co-fator em muitas reações metabólicas, incluindo a síntese de purina e pirimidina e a conversão de aminoácidos. O ácido folínico, como metotrexato; em casos de eliminação diminuída do metotrexato; em caso de eliminação diminuída do metotrexato e na superdosagem acidental de antagonista do ácido fólico. Não se deve adminstrar mais de 160mg de folinato de cálcio por minuto. (SOARES, 2002)
"Resgate" com ácido folínico com metotrexato: os esquemas com ácidos folínico variam de acordo com a dose de metotrexato administrada. Para uma dose de metotrexato de 12 mg/m administrada em 4horas, a dose do ácido folinico é de 15mg (aproximadamente) a cada 6horas, num total de 10doses. A terapia de resgate começa 24horas após o inicio da administração de metotrexato .(SOARES, 2002)
Surperdosagem de antagonistas do ácido fólico ou eliminação diminuída do metotrexato: quando há suspeita de superdosagem de mtx, a dose de ácido folinico deve ser igual ou maior que a dose de mtx e ser administrada até uma hora após a administração mtx. .(SOARES, 2002)

Reação adversa:
SGI: náusea, vômito, estomatite, diarréia, pirexia após administração parenteral.
S.Hematológica: leucopenia.
Pele: urticária.
Outros: alergia, reação anafilactóide.
Interação:
Fluoracil (5-fu): o uso concomoinante não deve ser iniciado ou continuado em pacientes que apresentam sintomas de toxicidade gastrintestinal de qualquer gravidade.(SOARES, 2002)
Metotrexato intratecal:o uso com ácido fólinico, a presença de metabolito tetraidrofolato, que se dinfude rapidamente no líquido cefalorraquidiano, pode reduzir o efeito antineoplásico do metotrexato.(SOARES, 2002)
Fenobarbital, fenitoína, primidona: aumenta a freqüência de convulsões em crianças suscetíveis .(SOARES, 2002)
Contra indicação:
Contra-indicado para paciente hipersensível á droga, anemia perniciosa ou outras anemias megaloblastica secundarias à deficiência de vitamina B12. .(SOARES, 2002)

Cuidados de enfermagem:

1. Os níveis séricos de creatinina e mtx devem ser determinados pelo menos uma vez ao dia.
2. Monitorize a função renal porque os pacientes que apresentam eliminação diminuída do mtx são suscetíveis ao desenvolvimento de insuficiência renal reversível. Anormalidade na função renal pode ou não estar relacionadas com toxicidade.
3. Esses pacientes requerem contínua hidratação e alcalinização urinaria, bem como monitorização cuidadosa de seu equilíbrio hídrico e eletrolítico até que os níveis de mtx caiam abaixo de a 0,05 micromolar e a insuficiência renal tenha sido solucionada.
4. No caso de se observar toxicidade clínica significativa, o uso do ácido folinico como "resgate" deve continuar por um período adicional de 24horas(total de 14doses em 84horas) nos ciclos terapêuticos subseqüentes.
5. Os pacintes idosos ou debilitados apresentam riscos maiores de toxicidade gastrintestinal.
6. Pacientes com diarréia devem ser monitorizados cuidadosamente, uma vez que pode ocorrer rapidamente deterioração clínica, que pode levar a morte.
7. Não administre ácido folínico na mesma infusão que droperidol injetável, pois pode ocorrer precipitação.
8. Oriente a paciente para usar contraceptivo.
9. Em caso de superdosagem com o mtx, ócido fólinico deve ser administrado por via I.Vou I.M na dose de 10mg/m3 a cada 6horas.





? Prednisona (corticosteróide)

Apresentação:
Comprimido de 5mg, 20mg e50mg.
Mecanismo de ação:
Atividade mineralocortióide leve. Os corticóides têm efeitos metabólico diversos e intensos e modificam a resposta imunológica a diversos estímulos. (SOARES, 2002)
Inicio do efeito: variável
Nível sanguíneo: 1 a 2horas.
Indicação: doenças endócrinas, osteomusculares, reumáticas, do colágeno, dermatológicas, neoplasias e outras que respondam a coticóides. A posologia varia e é individualizada, tem por base a doença e resposta do paciente. A dose para adulto varia em 5mg/dias a 60mg/dia; a dose deve ser mantida até se obter resposta clínica; se não houver resposta clinica descontinue a terapia. Para criança valem as mesmas considerações feitas para o adulto. .(SOARES, 2002)
Reação adversa:
SNC: cefaléia, parestesia, aumento da pressão intracelular, insônia, convulsão, psicose.
VISÃO: catarata, glaucoma.
SCV: hipotensão, choque, hipertensão e retenção de liquido levando a ICC, tromboembolismo, embolia gorurosa, arritmias.
SGI: úlcera péptica ou esof´gia, pancreatite, distensão abdominal, náusea, vômito, aumento do apetite e peso.
S.MUSCULOESQUELETICO: amenorréia, menstruação irregular, crescimento retardado, diminuição da tolerância para carboidrato, diabetes mellitus, estado de Cushing, hiperglicenia, aumento do colesterol, diminuição dos níveis de T3, T4, supressão adrenal pituitária hipotalâmina com terapia sistêmica acima de 5meses.
HIPERSENSIBILIDADE: hipersensibilidade, reação anafilactóide .
Outros: imunossupressão, mascar os sinais de infecção, dificuldade de cicatrização, pele frágil, petéquias, equimoses, púrpura, estrias, atrofia subcutânea, hipopotassemia (SOARES, 2002)
Interação:
Cetoconazol: o uso concomitante aumenta o efeito terapêutico e tóxico da prednisona.
Estrogênio: o uso concomitante aumenta o efeito terapêutico e tóxico.
Fenobarbital, feitoína, rifampicina ou efedria: o uso concominante pode aumentar o metabolismo dos corticosteroides, reduzindo seu efeito terapêutico.
Diurético depetor do potássio: o uso concomitante pode intensificar a hipopotassemai.
Glicosídios cardíacos: o uso concominante pode aumentar a possibilidade de arritmias ou intoxicação digitalica associada à hipopotassemia.
Anfotericina B: o uso concomitante pode aumentar a incidência de úlcera GI.
Salicilato: o uso concominante pode reduzir a concentração plasmática do solicitado. .(SOARES, 2002)
Contra-indicação:
Contra-indicado para hipersensível à droga, infecção, especialmente tuberculose, infecção fúngica ocular, infecção viral na córnea e conjuntiva, tuberculose ocular. Use cuidadosamente em pacientes com disfunção hepática e renal, gestação, hipotireodismo , colite ulcerativa com iminente perfuração GI, hipertensão, doenças tromboembolitica, osteoporose, convulsão diabetes mellitus.(SOARES, 2002)

Cuidados de enfermagem:

1. Administre 1vez ao dia antes 9horas, após o desjejum.
2. Aumente a dose se o paciente estiver sobre estresse.
3. Relate e comunique ao medico ganho de peso, edema de extremidades, dor de garganta, fezes escuras, fraqueza muscular.
Não é doença objeto de ações de Vigilância Epidemiológica, entretanto, tem, hoje, grande importância para a saúde pública devido a sua associação com a AIDS e pela gravidade dos casos congênitos.
Notificação - Não é doença de notificação compulsória.
Existe sempre que haja gatos, ou seja, em todo o mundo. Na Europa um em cada vinte gatos excreta o parasita, e nos países menos desenvolvidos a percentagem será maior. Mais de metade da população, mesmo em países desenvolvidos, tem anticorpos específicos contra o parasita, o que significa que está ou já esteve infectada (o que não significa que tenha tido a doença, pode ter tido infecção assintomática). O ser humano é infectado após ingerir oocistos expelidos com as fezes do gato infectado, ou ao comer carne mal cozinhada de um animal que tenha ingerido o parasita de fezes de gato (ovelhas, vacas e porcos, tal como os humanos são infectados por acidente).(NEVES, 2005)
? Evitar o uso de produtos animais crus ou mal cozidos (caprinos e bovinos);
? Incinerar as fezes dos gatos;
? Proteger as caixas de areia, para que os gatos lá não defequem;
? Lavar as mãos após manipular carne crua ou terra contaminada;
? Evitar contatos de grávidas com gatos.
Em virtude dos altos índices de infecção pelo toxoplasma gondii na população em geral, onde geralmente os indivíduos imunocompetentes não desenvolvem a doença, é imperativo que, na vigência da toxoplasmose doença, o paciente seja avaliado quanto a possível associação de imunodeficiência. Com o surgimento da AIDS, tem aumentado o número de casos de toxoplasmose, esses pacientes, após o tratamento específico e a cura clínica, devem receber tratamento profilático pelo resto da vida. ( NEVES, 2005)

A incidência difere entre as várias regiões. Nos EUA ela varia de 1:1.000 a 1:8.000 nascidos vivos, sendo que na França atinge níveis de 5:1.000, devido ao elevado número de gatos no local. No nosso meio foi encontrada uma incidência de 2:1.000 nascidos vivos.. Adistribuição da doença é mundial, e afeta os mamíferos e as aves. A infecção no homem é comum. É mais comum em regiões de clima quente e de baixa altitude. Alta prevalência (85%) de infecção foi relatada na França pelo consumo de carne crua ou mal cozida, enquanto que na América Central a alta prevalência foi relacionada a presença de grande quantidades de gatos abandonados em climas que favoreciam a sobrevivência de oocistos.( NEVES, 2005)
Concordamos com VOLTARELLI (1998) quando considera um mito "a observação clínica completa", ou seja, "... o preenchimento de todas as etapas (e das anotações correspondentes) da história clínica e do exame físico, incluindo a revisão dos sintomas e do sinais de todos os sistemas orgânicos"
A identificação é o início do relacionamento com o paciente. Adquire-se o nome, idade, sexo, etnia, estado civil, profissão atual, profissão anterior, local de trabalho, naturalidade, nacionalidade, residência atual e residência anterior. Queixa principal: Em poucas palavras, o profissional registra a queixa principal, o motivo que levou o paciente a procurar ajuda. (VIANA, PETENUSSO, 2009)
Linguagem: Notar se o paciente se comunica verbalmente entre outras observações.
História da doença atual: No histórico da doença atual é registrado tudo que se relaciona quanto à doença atual: sintomatologia, época de início, história da evolução da doença, entre outros. Em caso de dor, deve-se caracterizá-la por completo. História médica pregressa: Adquirem-se informações sobre toda a história médica do paciente, mesmo das condições que não estejam relacionadas com a doença atual. Histórico familiar: Neste histórico é perguntado ao paciente sobre sua família e suas condições de trabalho e vida. Procura-se alguma relação de hereditariedade das doenças. (VIANA, PETENUSSO, 2009)
História pessoal e social: Procura-se a informação sobre a ocupação do paciente, como: onde trabalha, onde reside se é tabagista, alcoolista ou faz uso de outras drogas. Se viajou recentemente, se possui animais de estimação (para se determinar a exposição a agentes patogênicos ambientais). Suas atividades recreativas, se faz uso de algum tipo de medicamentos (inclusive os da medicina alternativa),pois estas informações são muito valiosas para o médico levantar hipóteses de diagnóstico. (VIANA, PETENUSSO, 2009)
Revisão de sistemas: Esta revisão, também conhecida como interrogatório sintomatológico ou anamnese especial, consiste num interrogatório de todos os sistemas do paciente, permitindo ao médico levantar hipóteses de diagnósticos. (VIANA, PETENUSSO, 2009)
Inspeção:
Durante a inspeção, podemos observar por meio da visão da audição e olfato, o profissional de enfermagem coleta informações para subsidiar os cuidados que serão prestados ao paciente. A inspeção pode ser estática, quando o paciente permanecer em repouso e dinâmica quando quer observar os movimentos corporais dos pacientes. (VIANA, PETENUSSO, 2009)
Percussão
Consiste na realização de golpes em determinada áreas do organismo que permite avaliar anormalidade e intensidade, vibração e timbre de sons gerados para detectar a presença de ar, liquidos ou fibrose e determinar tamanho de um órgão. (VIANA, PETENUSSO, 2009)
Palpação
É o exame que utiliza o tato e cujo principal objetivo é identificar a temperatura, umidade, formas posições de estrutura e os locais sensíveis á dor, a palpação é realizada de maneira parcial e profunda sem completada pela inspeção. Em pacientes com toxoplasmose observa-se os linfonodulos através da palpação e se há presença de dores em alguma região ocasionada pela patologia. (VIANA, PETENUSSO, 2009)
Ausculta
É o exame que avalia os sons produzidos pelo organismo que possuem amplitude capazes de gerar vibrações entre a sua origem e a superfície corpórea. Ausculta direta: A orelha externa do profissional capta os sons diretamente no local a serem auscultado. Ausculta indireta: O s sons são captados através, de instrumentos como estetoscópio ou pinar ( instrumento utilizados em obstreticia). (VIANA, PETENUSSO, 2009)
Exame físico da cabeça: examinar a partir daí avalia-se a cabeça e o pescoço tanto pela inspeção quanto palpação . Crânio: avalia-se o tamanho e a simetria, se há presença de micro ou macrocefalia também observar se há presença de nodos e pontos dolorosos. Face observar se há presença de nodos no região das pálpebras, observar simetria saliências, e manchas. Pescoço observar presença de nodo, feridas por meio da palpação e da inspeção, palpar as glândulas observa se estão normais ou alteradas, avalia o volume dos bócios ou nódulos. (VIANA, PETENUSSO, 2009)

5. Metodologia:
5.1. Recursos utilizados:
? Data- Show;
? Cartaz;
? Folhetos informativos;
A atividade será iniciada com uma dinâmica de apresentação, a fim de manter um contado mais próximo entre os palestrantes e ouvintes, após termino será dado inicio a palestra, onde serão utilizados cartaz, folhetos informativos, data-show para um melhor entendimento do conteúdo ministrado. Após a palestra será aberto espaço para retirada de duvidas, ou qualquer questionamento pertinente ao assunto da palestra. Será finalizada com uma dinâmica de despedida, distribuição de panfletos.
6. Avaliação:
Segundo Hamilton Werneck, avaliar significa diagnosticar, verificar se o educando aprendeu, em que grau aprendeu e, portanto, não é uma ação pontual que ocorre somente quando se faz um teste. Avaliar é verificar quais reforços são necessários para que o educando recupere o que não aprendeu em determinado período.
Sendo assim, será avaliado o conhecimento prévio da população, proporcionando informações sobre a toxoplasmose através da intervenção.
Espera-se que na prática da proposta aqui apresentada ocorra aprendizagem da população em relação ao conteúdo ministrado, a fim de proporcionar uma melhoria na qualidade de vida dessa população, esclarecendo toda e qualquer duvida sobre a patologia "Toxoplasmose" e enfatizando a importância da ação educativa na área da saúde, utilizando como instrumento a prevenção.

7. Referências Bibliográficas:
NEVES, David Pereira, Parasitologia Humana, 11. ed. São Paulo: editora Atheneus, 2005.
LIMA, Darcy Roberto, Manual de Farmacologia Clinica, Terapêutica e Toxicologia, Rio de Janeiro: Editora: Medica e Cientifica 2004.
SOARES, Nelma Rodrigues, Administração de Medicamentos na Enfermagem, 3° ed. São Paulo: Editora Senac, 2002/2003.
PETENUSSO, VIANA, Dirce Laplaca, Marcio, Manual para Realização do Exame Físico. São Paulo: Editora: Yendis, 2009.
REY, Luis, Parasitologia, 3° edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2001.

Autor: Bianca Ariani Silva Pereira


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