CONTROVÉRSIA TEÓRICA QUE EXISTE EM TORNO DA INDUSTRIALIZAÇÃO OCORRIDA NA PRIMEIRA REPÚBLICA.
Outro fator preponderante foi a tentativa em recuperar os crédito brasileiro mediante ao controle econômico, que estava as margens do déficit orçamentário assolado pela queda das importações.
Para Caio Prado Jr. (1970, p. 261) e Nelson Wemeck Sodré (1967, p. 311), a crise econômica de 1929 e 1930, teve fator preponderante no alavanque da expansão industrial, isso se deve porque com a diminuição da importação e exportação governo viu ?se voltado ao setor interno.
Com efeito o crescimento industrial na Primeira República, emerge de choques adversos ou indução pelas exportações, mostrando ?se incapazes de nesse momento da demanda. Todavia, é necessário esclarecer, que com a dificuldade nas importações o mercado interno foi forçado a utilização das mercadorias internas possibilitando ainda que mitigado o crescimento econômico.
Com isso alguns autores demonstram que a desvalorização da moeda nacional corresponderam a fases de crescimento da produção, o que sem dúvida impõem uma intensificação da capitalização de recursos financeiros, causando por reflexo um efeito positivo no mercado interno.
Parece-nos como ponto primordial da formação piramidal a diversificação do emprego da capital, ressaltando a oportunidade de empregos suplementares como estradas de ferro, comércio, bancos, intensificando por simbiose a divisão do trabalho e melhorando as mercantis, concretizando um marco entre a ruptura das relações com o mercado mundial.
Destarte, com a substituição de importações foi instituído paulatinamente um desequilíbrio na economia externa, reduzindo a arrecadação da principal fonte tributaria (as tarifas alfandegárias), o que foi compensado pela pelo imposto de consumo, ou seja a renda não é mais apenas gasta com importações, mas também com industrialização de matéria prima própria (interna).
Diante desse contesto é possível vislumbrar a existência de uma relação (direta ou inversa) entre café e indústria. Digo isso porquanto, a crise economia cafeeira apresenta reflexos antagônicos positivos e negativos sobre a industrialização. Ora impõem o declínio cambial, outrora protege a industrialização nacional.
Todavia é necessário esclarecer que a possibilidade de investimento ficou restrito pelo alto valor dos produtos importados, o que nos remota se trabalhadores do café estão desempregados na crise, reduz-se o mercado para os produtos da indústria, a contrário senso, o êxodo rural, amplia-se a oportunizando a concessão de vagas no setor industrial
Desta feita compreendemos a expansão da estrutura produtiva na indústria brasileira foi um processo gradual, não se trata de uma ruptura profunda com o passado, e sim indiscutivelmente um momento de transformações importantes, como fruto de uma crise externa, aliado ao processo de crescimento industrial.
Bibliográficas
CARDOSO, RH. 1960. Condições sociais da industrialização: o caso de São Paulo. Revista Brasiliense, (28), março/abril.
http://www.ppgeconomia.ufpa.br/documentos/EconomiaBrasileira.pdf
disponível 18/03/2011 às 23:20
Autor: William Rosa Ferreira
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