Se Meu Umbigo Falasse



Mahatma Gandhi e Madre Teresa de Calcutá, dizem, foram uns poucos espécimes de seres vivos que não se preocupavam muito com o seu próprio umbigo. Eles e os seres que não possuem umbigos obviamente.

Esses que não possuem umbigos,mpre vêmque as pessoas se alegrem.ento transformutras pessoas tambe cara e logo descubro que o irm ficam a vontade para só se preocuparem com a parte do seu corpo que eleger como prioritária.

Porque todo mundo que eu conheço, seja uma barata (uma que tenha umbigo!) que se esconde no ralo, os personagens que vemos na televisão e mesmo os meus colegas de serviço, todos sem exceção, só pensam em seu próprio umbigo.

De tanto participar de reuniões, eu adquiri uma técnica para entender o posicionamento de certas pessoas que, às vezes, parece indecifrável.

Se um cara defende fortemente (já começa por aí) a liberação de maior espaço para as feiras-livres, por exemplo, tento me informar sobre a vida desse cara e logo descubro que o irmão dele é proprietário de uma banca na feira.

A diretoria de um sindicato que conheço é formada por professores e, como num passe de mágica, todas as melhorias possíveis e impossíveis sempre acontecem em primeiro lugar, para essa classe de profissionais em detrimento das demais.

Quando abordo um determinado tema, geralmente quando alguém vem criticar com muita veemência o seu foco ou a opinião ali expressa, é fácil demais perceber que essa pessoa está sendo corporativista ou, mais especificamente, "umbiguista". Não que eu não queira críticas, até porque se alguém critica o que escrevi já me deixa envaidecido, pelo simples fato dele ler o meu texto.

Todas as características que me definem, sejam genéticas, familiares, profissionais, locais, sociais, religiosas, políticas, etc., passam pela minha crítica mais vezes do quequalquer outra, ou simplesmente tento transformá-las em alguma coisa engraçada, seja para não serem tão pesadas ou simplesmente para que as pessoas se alegrem.

O nosso umbigo, que é e sempre será o canal que nos alimentou, a âncora que nos prendia ao mar uterino e a região de nosso corpo que primeiro teve contato com o uma parte de nossa geradora, merece sim ser relevado e muito bem protegido.

Mas me parece bem mais salutar e inteligente se passarmos a pensar que outras pessoas também tem umbigos e que é mais racional se protegermos em conjunto, todos os umbigos da terra.

Até porque sujeira no umbigo dos outros é piercing.

Sérgio Lisboa.


Autor: Sérgio Lisboa


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