De onde vem o "Oi" que substitui o "Bom dia"?



Numa sacada genial de sua equipe de marketing, uma Operadora de Celular descobriu uma palavra-chave cuja massificação vem provar a extrema influência da mídia sobre as consciências.

Contrariando todos aqueles que acham que a Televisão não influencia comportamentos e não pode ser responsabilizada pela decadência Moral da pós-modernidade, uma marca de Operadora de Celular e a propaganda de seu nome ficaram tão incrustados na consciência do povo que já é possível perceber dúvida e até confusão na hora de determinar quem originou quem: se teria sido o hábito popular de saudar dizendo apenas "Oi" que levou a Operadora a usar a palavrinha mágica como seu "nome de fantasia", ou se foi o nome da Operadora que fez o povo usar "Oi" como saudação...

Claro que isto ainda não passou para o inconsciente coletivo que pereniza todas as coisas, mas como já é possível notar certa confusão sobre as origens, podemos afirmar que não demorará muito até que a próxima geração ensine nas escolas que "todo mundo passou a saudar pessoas apenas com o ?Oi? que uma Operadora de Celular inventou para encurtar tempo e custo de suas propagandas". E daqui a 3 ou 4 gerações, o povão "entenderá" que a Operadora foi a autora desta milagrosa palavrinha, que ao mesmo tempo saúda e cumprimenta com sinal de atenção intimista (pois "Oi" também conota o "óia" dos matutos, que também significa "olha comigo", ou "presta atenção aqui", e muito mais).

Mas a grande sacada da Operadora, conquanto seja uma idéia brilhante e arrebanhadora de multidões de clientes, prova uma decepcionante realidade, e até assombrosa, sob outros aspectos. É a questão do grau de influência da mídia sobre as massas, confirmando o caráter de formadora de opinião tão temido pelos psicólogos behavioristas, pela filosofia da moralidade e pelas teologias. E olhe que tal influência aqui está sendo firmada apenas por uma mera palavrinha de duas letras, que a rigor não diz nada e até ATRAPALHA a boa educação, que pede um "bom dia" ou um "boa noite", ao invés de um lacônico "oi", que nem chega a ser "olho" ou "olha". Por óbvio, se um mero chiadinho "oi" de uma criança, ou um mero rugido "oi" de um halterofilista ou de um "hooligan", pode fazer a cabeça de tanta gente, o que não dizer de uma novela, previamente programada para influenciar e "abrir cabeças", como seus defensores dizem?

Isto explica porque jovens que entraram em suas escolas nos EUA atirando e matando coleguinhas e professores com rifles e metralhadoras eram fiéis fãs de jogos violentos televisivos ou de PC, o que nos obriga a uma revisão urgente da Educação como um todo, da utilidade da Escola e até da atuação das ciências "psi" (psicologia e psiquiatria) na avaliação do grau de proximidade da loucura com a normalidade no universo das massas alienadas pela mídia. Ou seja: se a linha que separa a normalidade da loucura é tão tênue ou frágil, talvez seja a hora de se repensar o uso de recursos de filtragem na programação televisiva, com base nas reações da massa ? literalmente incalculável ? de telespectadores, em cuja mente a linha divisória tenha nascido tênue demais ou esteja periclitando entre um suicídio, um ato de pedofilia ou uma loucura irracional qualquer. [O pior é que, a rigor, segundo as ciências psi, ninguém estaria 100% seguro em relação à sua própria linha divisória, podendo sofrer um surto instantâneo de paranóia e agredir ou matar alguém, e os exemplos disso, inclusive no meio artístico, são terríveis e vexatórios! Somos então obrigados a concordar com a sabedoria popular, que uma vez disse "há mais louco fora do asilo do que dentro", e com a sabedoria cristã, que só entende a plena saúde mental em alguém que de fato se entregou à lavagem interior do Espírito Santo].

No nosso país, infelizmente, os donos da mídia e os diretores de programação não estão nem aí para os efeitos psicossociais de suas produções audiovisuais, contanto que seu canal dê IBOPE e os loucos e tarados não invadam SUAS casas e estuprem seus filhos menores. É sem dúvida a velha lei-do-Gérson voltando ao seu trono nas alturas e a idéia do "tudo por dinheiro" endeusada ao extremo, nem que isso traga perigos para eles mesmos. Se o leitor compreendeu o malefício que as novelas* e a mídia de um modo geral trazem para um Zé-povão semi-analfabeto ou alfabetizado-sem-leitura, pode iniciar a partir de si uma nova consciência, de mudar de canal para um canal instrutivo/educativo, ou desligar mesmo a TV e partir para ler um bom livro, pelo qual algo construtivo tenha uma chance de se apresentar a uma mente cuja linha da normalidade nunca foi tão testada com sexo e violência quanto em nossos dias.


Prof. JV de Miranda Leão Neto ([email protected])
(*) = Procure no Google um artigo chamado "O malefício premeditado das novelas".
Visite a "Escola de Aprofundamento Teológico" pelo Google.

Autor: João Valente


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