Dúvida




"Ottis, você ficou sabendo quem vai tocar no Piano?s esta noite?", perguntou Carmen.
"Diga lá.", respondi um pouco distante.
"Cat Power! Nós poderíamos terminar nossa noite no Piano?s. O que você acha? Um bom vinho, boa música."
Não respondi, pois nem cheguei a ouvir tal pergunta. Estava jogado de corpo e alma em meu próximo romance. Sofria os temidos bloqueios criativos. O fato é que essa situação com Carmen teria que acabar: Não consigo mais olhar minha mulher nos olhos. Bárbara é uma mulher incrível e não merece essa traição. Mas como terminar uma relação extraconjugal tão longa quanto o casamento? Ela é inteligente, gosta de cinema e literatura ? Não só gostava como entendia muito bem. Era a típica intelectual retirada de "Husband and Wives" em minha vida. Quando nossos filhos estavam com os amigos, nossa diversão era tomar um drinque e divagar sobre nossas últimas leituras, últimos filmes e/ou peças de teatro. Talvez, fosse esse o motivo responsável por me fazer buscar algo, digamos... Uncult. Deus, eu amo minha mulher, mas nossa relação é perfeita demais, feliz demais e intelectual demais. Por isso encontrei alguém mais dependente. Carmen era bonita e sexy. ? Não que Bárbara não fosse; muito pelo contrário. ? Mas Carmen era muito instável e inconstante ? e quem me conhece, sabe do meu amor por esse estilo Kamikaze. Tentei por anos me separar dela, mas uma vida dupla assim não acaba tão facilmente. Ela não aceitava, não conseguia entender que tudo entre nós deveria acabar.
"Ottis! Estou falando com você."
"Desculpe, estou focado nesse romance. Mas o que você disse?", na verdade eu ouvi tudo que ela falou. Ouvi sobre o vinho, sobre o show da Cat Power. Mas já era automático; estava decidido a fingir desdém.
"O show, Ottis! O show!", e foi se aproximando. Ela usava uma de minhas camisas e estava apenas de calcinha. Deus, como é difícil de dizer não àquela mulher. Mas tenho que ser forte nesse momento e aceitar.
"Sim, o show. Não acho uma boa idéia. Meu filho mais velho vai apresentar uma peça de teatro hoje. É meu dever ir assisti-lo, mesmo sabendo que ele atua tão mal como o Robert Pattinson."
"Você pegou pesado agora. Ele pode atuar como Robert Pattinson. Desde que não dirija como Stan Lee."
"É...", limitei-me a dizer apenas isso. "Ah minha Carmen... Lembro de nossas tardes correndo na praia, dos filmes ruins que assistíamos em sua casa. Era o meu refúgio contra o intelectualismo de Bárbara. Ela nunca permitiria qualquer filme da Audrey Tatou em nossa casa. Se tem algo que ela odeia mais do que filmes ruins, são filmes de pseudo-intelectualismo.", esses eram meus intensos pensamentos.
"Mas e o show?", perguntou novamente.
"Que show?"
"Pelo amor de Deus! Você só pode estar de brincadeira. Durante 45 minutos tentei fazer você me escutar.", gritou com raiva. Deus, como amo esse seu jeito neurótico de questionar as coisas.
"Não posso ir ao show. Eu já disse que tenho o lançamento da linha de perfumes da minha mulher."
"Mas não era a peça de teatro do seu filho?"
"Que filho?"
"Seu filho, ora bolas. Seu filho mais velho!"
"Isso! Meu filho. É verdade... Não posso ir com você."
"Não pode, ou não quer?", perguntou suplicante.
"Já que você tocou no assunto... Eu não quero!", explodi. "Não quero mais viver essa vida dupla. Minha mulher não merece isso. Você a conhece e sabe que ela é uma mulher impecável."
"Mas e eu? Eu recusei propostas para ficar ao seu lado. Agora vai me abandonar como um livro do Paulo Coelho?"
"Que propostas? Sua imaginação é incrível! Você passa seus dias nesse apartamento vendo filmes ruins e vem falando de propostas. Deus do céu!"
"Isso é apenas uma fase.", Carmen novamente se aproximou tentando fazer meu lado carnal pulsar como nunca. "Vamos fazer uma viagem como nos velhos tempos. Nós dois em uma casa do campo, nus, em uma casa vazia nas montanhas; tendo apenas uma lareira a nossa frente."
"Você está louca! Não suporto essas viagens. Odeio campo, odeio montanhas! Sou da cidade. Gosto de poluição, de carros jogando seu veneno na camada de ozônio. Gosto de bares esfumaçados. Suportei por muito tempo essa sua jogada psicológica, mas agora acabou! Espero que em duas semanas você abandone meu apartamento."
"Você não vai fazer isso comigo! Eu ligo para Bárbara e conto tudo sobre nós. Acho que ela não vai ficar nada satisfeita em ver aquele nosso filme.", santo Deus! Como ela ficava sexy nesses ataques de fúria. Vou sentir saudades dos nossos encontros.
"Ottis... ouça bem: Você pode estar saturado de mim, mas não vou desistir de você. Você está avisado."
"Carmen... Pelo amor de Deus! Seja razoável! Se realmente acredita que por minha culpa você perdeu qualquer tipo de proposta, eu faço um reembolso. Quanto você quer?", disse isso e retirei o talão de cheques.
"Eu não quero seu maldito dinheiro! Quero ficar com você e vou lutar para isso acontecer! E não ligo em fazer uma ligação para sua mulher."
"Você não ousaria!", mas eu sei que ela tem a maldita coragem de fazer isso. Tenho que dar um jeito nessa situação.
"Você ia ficar muito satisfeito se eu contasse para policia sobre o seu segredinho fiscal, não ia?", Carmen era muito vingativa. Usava todas as armas que tinha em mãos.
"Não misture as coisas! Você sabe que não roubei aquele dinheiro. Eu peguei emprestado e já devolvi com todos os juros.", Deus do céu, por essa eu não esperava. Agora, mais do que nunca tenho que fazer qualquer tipo de acordo com essa mulher descontrolada. Minha vida não pode acabar por causa de um "pequeno" affair de 14 anos.
"Emprestado? Eu não acho que eles pensariam dessa forma."
Eu estava desnorteado! Não sabia mais o que fazer. Peguei minhas chaves e fui para o escritório: Não consegui escrever nenhuma linha. O miserável bloqueio criativo agora estava se tornando bloqueio mental. Depois de me arrastar durante todo o dia, cheguei em minha casa, abracei meus filhos com muita força e fui diretamente ao quarto de Bárbara. Nessa noite estava muito mais apaixonado, talvez pelo fato de ter medo de perdê-la. Tínhamos um jantar com alguns donos de uma famosa produtora. O assunto do jantar era a possibilidade de um livro meu, virar uma produção cinematográfica independente.
"Então, senhor Hammond, o que acha da minha proposta?", perguntou Angus, um dos donos da produtora depois de algumas formalidades burocráticas.
"Gostei bastante da idéia. Mas acho melhor estudar as possibilidades com minha mulher, além de maravilhosa esposa, é uma sensacional agente. Mas confesso que é quase certo de que vamos aceitar.", disse confiante. "E então Bárbara, o que achou de usarem meu livro para fazer um romance underground?"
"É claro que temos que concordar que é uma idéia inovadora, mas, certamente vamos pensar com carinho.", Bárbara era uma mulher admirável, sabia exatamente o que dizer e a hora certa de dizer.
"Bem, eu sempre fui fã do cinema alternativo. Acho que os diálogos sarcásticos podem ganhar muito mais humor no seu filme.", respondi um tanto quanto contrariado; pois é estranho ter a minha obra sendo montada por outra pessoa. É como cheirar a calcinha da namorada de um amigo. Ele até pode deixar você cheirar, mas na verdade, a diversão real é dele. (Péssimo exemplo) Lembro dos tempos em que eu corria por todos os lados com meus rascunhos. Sei como é ser do underground.
Nesse momento, Susie ? a diretora contratada para dirigir o filme baseado em meu livro; Uma senhora na faixa dos 45 anos, cheia de vitalidade e beleza ? entrou na conversa: "Com toda a minha experiência em roteiros ambíguos, esse foi o que notei a melhor mescla de humor Freudiano com drama espanhol. Embora eu prefira não abordar tanto a questão do existencialismo, pois nem todos conseguem, ou tentam entender essa área."
"Mas é claro.", respondi pensando em como tentar fazer com que meu livro não fosse reduzido a um besteirol indie, como 500 dias com ela. "Susie, me perdoe, mas qual é a sua idade?"
"45."
"Estou chocado! Você parece muito mais nova. Daria 44 no máximo!"
"Muito obrigado."
"Mas enfim, eu concordo com o seu argumento. Com a sua experiência, você vai saber o que fazer. Meu livro está em boas mãos."
"Com licença,", disse Magdalena, nossa empregada. "telefone para o senhor, é uma tal de senhorita Carmen."
"Volto em 1 minuto.", respondi e saí da sala completamente atordoado com a audácia de Carmen em ligar para minha casa. Mas de uma mulher vingativa que certa vez, colou meu testículo em minha perna, é o mínimo que posso esperar.
"Você ficou louca?", respondi ao telefone. "Ligar para minha casa? O que você quer?"
"Estou na esquina de sua casa, se você não vier ficar comigo agora, ou contar para Bárbara sobre nós, irei até aí e contarei tudo para ela e seus convidados. É isso que você quer? Tchau!"
Voltei à sala e continuei a conversa com os convidados. Fiquei totalmente atormentado com qualquer tipo de atitude de Carmen. Chegou um momento em que eu não conseguia participar da conversa. Fiquei desesperado, afundei em pensamentos sobre ela, quando minha mulher gritou: "Ottis, em que você está pensando? Estamos falando com você por 5 minutos em vão."
"Perdão... Eu acabei de lembrar que esqueci os documentos da venda de direitos do livro em meu escritório. Minha secretária ligou avisando que tinha esquecido o documento, então devo ir buscá-lo."
"Mas é mesmo necessário?", perguntou Bárbara. "Você pode fazer isso amanhã."
"Eu quero assinar o contrato hoje! Estou muito animado com esse projeto. Mas podem continuar o jantar. Eu volto assim que possível.", fui correndo ao encontro de Carmen. No curto caminho até a esquina, mil coisas passaram pela minha cabeça. Cheguei a pensar em fazer uma coisa terrível. Nunca uma coisa tão vergonhosa passou pela minha cabeça. Nunca em minha imaginei que sentiria vontade de ler A Cabana. Mas depois desse estranho desejo, cheguei a pensar em acabar de uma vez com a vida de Carmen. Não poderia colocar uma carreira de sucesso e um casamento em risco. Por um momento, senti vergonha do que passou pela minha cabeça, mas depois acabei percebendo que é normal um ser humano sentir vontade de ler um livro ruim.
Depois de uma briga com Carmen, percebi que meu lugar é exatamente ao lado de Bárbara. Mesmo que em algumas vezes, tenha dado uma de Chico Buarque. Quantas vezes senti vontade de dizer: Cala Boca, Bárbara!
Após essa noite de lamentações e ameaças por parte de Carmen, percebi que tinha que fazer com que essa água passasse por baixo da ponte do silêncio. Mas como? Como iria fazer? Não tinha nenhum tipo de experiência com esse tipo de coisa. Foi então que tinha uma brilhante idéia: Liguei para um clube brasileiro de futebol!
Por muitas vezes pensei se realmente fiz a coisa certa. Eu sentia repulsa do meu ato. Nunca imaginei que poderia concordar em fazer tal coisa. Sim, meus amigos! Eu tive coragem, acabei ouvindo a voz do diabo em minha cabeça e cedendo: Li A Cabana. Deus do céu! Foi a pior coisa que fiz em minha vida. Até hoje faço visitas regulares ao psicanalista.
"Alô, Ottis? Está tudo terminado. Aquela praga está acabada, não vai estragar mais a sua plantação.", após duas semanas, sussurrava o goleiro contratado para fazer o serviço sujo. Eu não consegui falar nada. Estava tomado por uma vergonha enorme. Um arrependimento alojou-se em minha mente. No fundo eu amava Carmen. Desliguei o telefone e voltei ao trabalho. Deus, como eu precisava de um drinque.
Ao chegar em casa, notei que minha mulher estava impecável. Era de uma beleza clássica e ao mesmo tempo Burlesca. Tinha o corpo branco, muito bem desenhado e lindos cabelos negros. Analisando a fundo, ela era qualquer coisa parecida com a Dita Von Teese, só que sem a cara de tamanduá. Depois de 5 segundos, já havia tirado o espartilho e a cinta-liga.
"Vamos para cama, meu amor? Temos que comemorar a venda dos direitos do seu livro.", O que predominava em nossa relação era a disponibilidade carnal, que ela mergulhava de cabeça.
"Mas é claro. Vou ao banheiro e já volto com as algemas.", e fui ao banheiro. Fazia tempo que meu corpo não ficava tão sensível assim. Mas ao passar pelo espelho, tomei um susto: Pensei ter visto Carmen no espelho. Fechei os olhos, lavei o rosto, e com coragem encarei o espelho novamente. Não existia nada além de meu rosto, molhado e surpreso.
"Se você for demorar muito, me diga onde você guarda as pilhas.", gritou Bárbara da cama.
"Já estou indo!"
Deitei ao seu lado e a cobri de abraços e beijos. Quando nossa fantasia ia se tornar realidade, eis que Carmen apareceu sentada no sofá ao lado de nossa cama. Eu não acreditei no que estava vendo; pisquei forte, apertei Bárbara em meus braços, olhei para o teto, mas Carmen continuava sentada na cadeira com cara de desaprovação.
"Como você teve coragem?", perguntou em uma voz horrível. Por um momento pensei que a Ke$ha estivesse fazendo a dublagem. Deus, que voz maldita!
"Vamos para o banheiro meu amor? Estou afim de algo diferente.", e carreguei Bárbara em meus braços até o banheiro. Tranquei as portas ingenuamente, pois se realmente fosse o fantasma de Carmen, de nada serviria a porta fechada.
"Nossa, hoje você está impossível!", exclamou Bárbara. Ela, por sua vez, também estava impossível nessa noite. Que azar o meu: Era uma das melhores noites com minha esposa, e tinha que dividir o quarto com um fantasma. Anos atrás, quando sugeri um Ménage, não era exatamente isso que tinha em mente.
"Eu sei, estou fantasiando uma cena de Voyeurismo. Estou com você nessa banheira, imaginando como se tivesse alguém escondido a nos espiar.", assim que terminei essa frase, Carmen começou a aplaudir.
"Você não vale nada.", riu com aquela voz horrível de Ke$ha. "É assim que você ama sua mulher? Você pensa que acabou comigo, mas na verdade, está acabando com sua vida. Eu vou ser figura presente em qualquer aventura que você venha a ter."
"Sua vadia! Desapareça da minha frente!", gritei.
"Como assim? De que você me chamou?", perguntou Bárbara, irritada.
"Não! Você pode continuar seu serviço aí em baixo. Estou falando com essa maldita criatura que está nos observando!", e olhei para Carmen, que não pôde conter o riso.
"Você e essas fantasias estranhas. Não sei como não vê fantasmas.", e continuou a diversão. Mas eu já estava desconcentrado. Não conseguia tirar Carmen da minha mente.
"Desculpe meu amor, mas não vai dar. Estou muito cansado, me desculpe.", nesse momento, tirei as algemas, guardei o chicote, apaguei o abajur vermelho, tirei a mordaça da boca de Bárbara, desliguei a câmera, livrei Magdalena das correntes e pedi para ela sair do banheiro, e por fim, tirei o salto alto, limpei as velas derretidas do meu peito, pois a fantasia teria acabado.
"O que aconteceu? Fiz algo errado? Desculpe-me se usei mais de um dedo. Na próxima vez só uso o mindinho."
"A culpa não é sua... Estou com algum problema, devo estar imaginando coisas. Vamos tomar um drinque, depois tentamos.", e fomos até a cama novamente.
Depois de algumas brincadeiras na cama e algumas taças de vinho, adormecemos e acordei durante a madrugada para beber alguma coisa, pois não conseguia dormir. Fiquei com medo de encontrar Carmen, mas por sorte, nada aconteceu. Dormimos tranqüilamente até o raiar do primeiro brilho do sol.
"Bom dia, meu amor. Essa noite acabou se tornando especial, não é mesmo? Digo, mesmo depois de você ter perdido o ritmo na banheira.", Ao dizer essas palavras, Bárbara deu um beijo demorado em meu pescoço e foi para o banheiro.
"A quem você está querendo enganar?", Disse aquela voz de Ke$ha novamente. "Você sabe que sempre te amei, e sempre vou te amar. E no fundo, nós sabemos que é comigo que você realmente gostava de ficar; é a mim que você ama de verdade."
"Mas que posso fazer?", respondi meio sonolento. "Sou casado com ela, é com ela que tenho de ficar. Temos uma família."
"Não, isso tudo é coisa da sua cabeça. Seu lugar é aqui comigo. Acabe com isso de uma vez e venha ficar comigo.", Para meu encanto, aquela voz horrível desapareceu, dando lugar a uma voz totalmente doce e persuasiva, quase hipnótica.
"Não sei o que fazer... Agora eu sei que fiz a maior besteira da minha vida. Como pude ter coragem? Diga-me!", eu estava desesperado.
"Realmente ao ler A Cabana, Você fez a pior coisa de sua vida. Só não foi pior do que quando você comprou Anjos e Demônios."
"Não! Estou falando em ter mandado acabarem com a sua vida. Como me arrependo! Mas você tem razão, Anjos e Demônios é uma merda. Como eu me arrependo... Mas não mude o foco dessa conversa; quero saber como faço para você me perdoar."
"Faça como você quiser. Estou aqui esperando por você.", nesse momento, Bárbara saiu do banheiro e foi tomar seu café; enquanto eu tentava descobrir um jeito de me liberar dessa vida estagnada e ir de encontro com Carmen, meu verdadeiro amor.
Resolvi andar um pouco. Vaguei pelas ruas sujas e empoeiradas de um bairro qualquer. Caminhei durante horas, tropecei em pessoas, falei com pessoas que não conhecia. Os únicos que ignorei foram os Mórmons! Deus, como são chatos! Aquele sotaque de DR. Hollywood! Tentei de uma vez por todas, achar um meio de acabar com todo esse sofrimento, toda essa mentira e ir de encontro com Carmen. Bárbara ligou várias vezes, mas deixei as ligações caírem juntamente com meu corpo; assim que pulei do 23º andar de um edifício qualquer no centro da cidade.
PS: Antes de acabar com meu sofrimento e ir de encontro com Carmen, levei esse romance ao meu editor para que o publicasse póstumante. Ao ouvir todo meu drama, ele fez uma pausa, respirou fundo, olhou-me nos olhos e me deu uma lição muito valiosa: "Sempre que escrever exclamando algo, use o ponto de exclamação no final. É incrível o resultado."


Autor: William Konigsberg


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