Depois da tempestade...



Raimundo Senzala

Ultimamente eloqüentemente a natureza vem cobrando sabiamente o que lhe é de direito.
Todos estão a reclamar e mais profundamente sem entender o que está acontecendo no círculo de horrores catastróficos que tem se abatido sobre a humanidade. Pois é, minha gente, para o que as cobranças necessárias à evolução do homem, a amplitude das catástrofes é apenas um grão de areia sob o que está por vir.
As pedras há muito que estão rolando montanha a baixo. Os leitos dos rios começam a se rebelar contra a maldade desatinada dos seres terráqueos. Há pouco o criador dirá: Acabou-se o desejo humano de ganância. É para já. Quando os mares estiverem mortos e a terra bruscamente despedaçada nem a poeira atômica absorverá nossos corpos putrefatos. Nem por isso ou aquilo tipo a violência dos maremotos, terremotos e outras formidáveis e inevitáveis cobranças têm merecido do homem o respeito necessário. Porém, o homem sob a égide de sua ignorância atribuirá toda gama de desajuste ecológico às causas físicas como recurso próprio da natureza.
Depois das inundações que levaram de roldão milhares de vítimas no Brasil na Índia e em outras regiões por aí afora onde temos presenciado um clamor público constante, naquele exato momento, naquela exata hora, depois que tudo passou caiu no rol do esquecimento. O carnaval está aí como sinônimo de uma solidariedade de conotação banal.
Evoé,evoé Momo.
Por razões em que poucos puderam entender porque Jesus em sua época na terra falou aos povos por parábolas, hoje, embora, em plena contemporaneidade nós continuamos sem entender nada. Ainda se mata covardemente para atender aos ideais dos instintos bestiais. Estão presentes nesta faixa os adeptos do racismo, do preconceito e aqueles que por questões de na terra estarem nascido apenas, como forma humana.
Você seria capaz de lembrar das suas atrocidades praticadas contra os cristãos nas arenas que serviram de prato suculento para as feras famintas da Roma antiga?
Será que você pode ao menos auscultar em sua memória os desatinos que povos sofreram nas câmaras de gases letais, e, experiências absurdas no que possa se compreender como holocausto?
Naturalmente, você jamais se lembrará da sua participação cruel nos domínios da escravidão. Já parou pra pensar em quantas famílias você ajudou a desintegrar no seio d?Àfrica, com o seu processo hediondo da compra de reis, rainhas, príncipes e princesas ou a toda gente humana da qual o seu coração construído no arcabouço do ódio, da ganância financeira para exibir a roubada ourivesaria pranteada de sangue humano nos salões de festas coloniais?
Quem sabe até que você nunca lembrou que fizeste parte do desenvolvimento do processo o qual ditou para o negro a indecência de ser negro?
Quando você liderou as legiões romanas para assaltar e destruir a mais antiga biblioteca do mundo em Alexandria ao lado de seus algozes e, em que legaram para o mundo da diáspora o que hoje continua sendo tão sacrificada?
Quando cuspistes na face de Jesus, por acaso tivestes remorso de seu ato indecoroso? Com certeza você jamais teve consciência da lei de causa e efeito, ou seja, a lei divina do livre arbítrio. Sinceramente, eu acredito que ao tomares conta do que aqui está escrito você estará gargalhando dentro do seu brutal niilismo.
Bem, você merece piedade, pois, a lei da reencarnação tem sido inevitável, embora, você ainda não possa alcançá-la. Que pena! Em todas as barbaridades, em todos os atos hediondos que cometeste ontem, aos poucos, as catástrofes e as cobranças naturais de suas dívidas passadas assim estão sendo cumpridas. Não importa que sejas negro, ou branco ou, de qualquer cor. Ainda que seja jovem, recém-nascido, e que tenhas maturidade não esqueças que diante dos seus problemas, quer sejam de ordem financeira ou não, todos estão constantemente a perguntar consigo próprio: O que foi que eu fiz? O que foi que eu fiz?
Autor: Raimundo Sampaio Costa


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