Recuso-me



RECUS0-ME

Recuso-me a viver
Na intorpecência
Com medo de tropeçar
De cair na indecência
De uma sociedade vulgar
Gente que tem preconceito
Achando que não tem defeito
Sentindo-se cheio de razão
Nem mesmo se conhecem direito
E por dentro tão pobres, são.
Recuso-me a fingir
Que sou superior
Com medo de cair
Do mais alto degrau
Sem poder me erguer
Achando-me tão inteligente,
Tão cheia de moral,
Quem pensa assim é doente
A ponto de não perceber
A gravidade desse mal.
Recuso-me a acreditar
Que a falsidade existe
Dentro da pessoa triste
Que não consegue enxergar
Tentando não ser amarga
Ou até se permitir amar
Procurando viver bem
E até encontrar alguém
Que a faça feliz
E quem sabe, até sonhar.


Autor: Maria Da Gloria Freitas Rodrigues


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