CAPITAL INTELECTUAL



INTRODUÇÃO



Constitui nosso interesse em desenvolver este trabalho, a partir das observações da demanda nas empresas do capital intelectual, sendo este a principal fonte de ativos intangíveis nas mesmas. Entretanto, pretende-se analisar a política do pensamento moderno sobre a preponderância dos indivíduos nas organizações.
No mundo moderno, diante das transformações sociais, políticas e econômicas ocorridas no advento da telemática e do processo de globalização, as organizações procuram adaptar-se aos novos tempos. Nesse contexto de mudança, emerge uma organização moderna, apoiada nas tecnologias da informação, atuando em rede e fundamentada na informação. Essas mudanças visam a melhorar a eficiência das empresas, que, por sua vez, buscam resultados mais satisfatórios e maior poder de competitividade em um mercado globalizante. Para alcançar a qualidade e a eficiência desejadas, as organizações devem calcar o processo decisório em um sistema de informações confiável e capaz de dimensionar o futuro, procurando compreender as mudanças e estabelecer novos rumos necessários à redução de incertezas quanto ao futuro (Barbalho & Beraquet, 1995).
O mundo globalizado atual se caracteriza por um progresso vertiginoso nas novas tecnologias da informação e das telecomunicações. A contabilidade, ciência do patrimônio da célula social, vem acompanhando a evolução, com seriedade e responsabilidade onde o saber é instrumento da própria sobrevivência.
Mais até que o capital físico seja acionado pelo homem, a força é digna de expressão, como valor não só mensurável, mas, especialmente utilizável para a obtenção dos fins propostos pelas células sociais.

JUSTIFICATIVA

Este estudo tem por finalidade contribuir para um repensar do profissional atuante, fazendo o mesmo refletir sobre sua prática e consecução, especialmente como formador de cidadãos cônscios de seu papel nas empresas. Também pretende, na medida em que analisa profundamente o material a ser utilizado, servir de subsídio a um repensar dessa escolha, relacionando-a aos objetivos do capital intelectual nas empresas, tornando-a mais competitiva no mundo moderno.

OBJETIVO GERAL

O objetivo geral é analisar o capital intelectual nas empresas a partir dos ativos intangíveis como papel relevante na execução de políticas econômico-sociais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Fazer um levantamento eficiente das áreas onde há potenciais criativos e inovadores;
Transformar potenciais criativos intangíveis - capital humano - em bem visível no balanço, através da formalização, organização e sistematização do Capital Intelectual em capital estrutural;
Organizar sistemas de motivação e incentivo ao desenvolvimento de novas idéias, produtos e negócios;
Avaliar e preparar para a ativação os bens intangíveis, com atenção aos aspectos contábeis, regulatórios e tributários.


METODOLOGIA

Com base nos objetivos estabelecidos, estruturou-se a pesquisa em base qualitativa e em caráter exploratório, tendo como referência a análise teórica.
Utilizamos, para isso, o seguinte procedimento:
Revisão da literatura especializada nacional e estrangeira.
A pesquisa bibliográfica consiste no estudo das teorias de diversos autores sobre capital intelectual, possibilitando, assim, um conhecimento teórico que servirá como alicerce para a fundamentação de conceitos que envolvam a prática empresarial.
O desenvolvimento da pesquisa consiste na leitura de autores que desenvolveram pesquisas que perpassam a temática em estudo, a fim de embasar teoricamente a mesma.


REFERENCIAL TEÓRICO

O conhecimento conforme Padoveze (2000) é gerado e operacionalizado pelo ser humano, acumulado e administrado pela sociedade para satisfação de suas necessidades. As empresas e demais instituições, que são sociedade de pessoas com objetivos bem definidos, fazem o papel de reunir e operacionalizar especialidades de conhecimento e com isso conseguem maior eficiência e eficácia na gestão do conhecimento, para atender seus objetivos e cumprir suas missões.
O conhecimento sempre desempenhou importante papel nas grandes transformações sociais. Na primeira fase da Revolução Industrial, Paiva (1999) coloca que foram aplicadas as ferramentas, processos e produtos; na segunda fase - revolução da Produtividade -, passou-se a ser aplicado ao trabalho. Atualmente, o conhecimento está sendo aplicado ao próprio conhecimento; é a Revolução Gerencial, segundo Drucker (1996). Portanto, com a Era da Informação, passou a ser o elemento essencial para o sucesso da organização.
Atualmente, as empresas têm feito grande uso da tecnologia da informação como instrumento gerencial. Estas informações são utilizadas para repor estoques, abastecer depósitos e outros ativos físicos, economizando tempo e dinheiro. Administrar o conhecimento como faturas, mensagens, patentes, processos, habilidade dos funcionários, conhecimento dos clientes, fazendo uso intensivo de máquinas, computadores, para tal, determina o sucesso ou fracasso da empresa nos tempos de hoje.
Toffler (1980) diz que, no momento atual, que é identificado pela Terceira Onda, é a Era do Conhecimento, onde se permite uma grande descentralização de tarefas. Esta fase é caracterizada pelo poder do cérebro, na qual a informação assume o papel de principal recurso econômico.
Hoje, com a sociedade do conhecimento, nos três fatores tradicionais de produção (recursos naturais, mão-de-obra e capital), acrescenta-se o conhecimento e a inteligência das pessoas, agregando valor aos produtos e serviços. Como argumenta Drucker (1996), o conhecimento passou a ser o recurso, ao invés de um recurso.
Todavia, segundo Paiva (1999) o conhecimento passou a representar um importante diferencial competitivo, para as empresas que sabem adquiri-lo, mantê-lo e utilizá-lo de forma eficiente e eficaz. Esse conhecimento passou a gerar o Capital Intelectual que, às vezes, é bem mais importante que o Capital Econômico.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBALHO, C. R. S., BERAQUET, V. S .M. Planejamento estratégico para unidades de informação. São Paulo: Polis, 1995. 65 p.

DRUCKER, P. Sociedade Pós-Capitalista. São Paulo: Pioneira, 1993. 3 ed. 186 pp.

EDVINSSON, L. e MALONE, M. S. Capital Intelectual - descobrindo o valor real de sua empresa pela
identificação de seus valores internos. São Paulo: Makron Books, 1998. 214 pp.

EDWINSSON, L. O capital intelectual como instrumento de gestão. Administração e finanças. Case Studies - Skandia. Insight. jul/ago. 1997.

EDVINSSON, Leif, e Malone, Michel S. Capital intelectual. Tradução de Roberto Galma; revisão técnica de Petros Katalifós. São Paulo: Makron Books, 1998.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Aspectos da gestão econômica do capital humano. Revista de Contabilidade do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo. São Paulo - SP: ano IV, nº 14, p.4-20, dez/2000.

PAIVA, Simone Bastos. O capital intelectual e a contabilidade: o grande desafio no alvorecer do 3º milênio. Revista Brasileira de Contabilidade. Brasília - DF: ano 28, nº 117, p.76-82, mai/jun.1999.

STEWART, T. A. Capital Intelectual - a nova vantagem competitiva das empresas. Rio de janeiro: Campus, 1998.

TOFFLER, Alvin. A terceira onda. 16. ed. Rio de Janeiro: Record, 1980.

Autor: Andre Gustavo Cosme Dos Anjos


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