Radiação



RADIAÇÃO NO MAR DE FUKUSHIMA
DESASSOSSEGO PARA TODAS AS BAIAS BRASILEIRAS

A mídia nacional continua mostrando o efetivo risco que atrai bactérias transportadas por organismos nas águas de lastro dos navios que ancoram em portos brasileiros, exatamente como acontece no Estado do Maranhão ? Porto da Ponta da Madeira; São Paulo ? Porto de Santos; Espírito Santo ? Porto de Vitória - Tubarão, Rio Grande do Sul ? Porto do Rio Grande e no Estado do Paraná- Porto de Paranaguá, onde milhares e milhares de toneladas de água que serviram para fazer peso (lastro) nos navios graneleiros ou não, são esvaziados.
Sempre existiu preocupação nacional, quanto ao risco de serem conduzidas por meio da água de lastro, classes exóticas de organismos que variam de milímetros, inclusive, chegando ao tamanho de 10 ou 20 centímetros, isto porque esses organismos, em estágio larval ou planctônico, se localizam, na superfície, situação que facilita ser captado pelo sugador do navio para fazer o lastro, condição regular para o navio erguer âncora.
Não vamos estender comentários sobre água de lastro, neste artigo, mas abordaremos os agentes patogênicos que já foram encontrados na água de lastro, como é o caso do "Vibrio Cholerae", dentre outras víboras do mar com habitat na Ásia. A troca de água de lastro no mar, conforme recomendado pelas diretrizes da IMO (Organização Marítima Internacional), consiste na melhor medida disponível no momento para reduzir o risco de transferência desses organismos, vista que este é o principal vetor de introdução da espécie.
No entanto, o desassossego que a Baia de São Marcos e as dos Estados citados, poderão experimentar tornar-se-á gravíssimo. No ano de 2010, as exportações brasileiras de minério, provavelmente exportados pelo porto da ponta da madeira, vizinho à baia de São Marcos, ultrapassaram a cifra de três bilhões de dólares, somente para o Japão.
Acontece que o mar de Fukushima, conforme noticiado pela mídia está com radiação 5.000.000 (cinco milhões), de vezes superior ao normal. Exatamente foi esse numero que a Tepco informou para a mídia. É isso mesmo! Mas quem informou foi a empresa cuja sigla é "TEPCO" exatamente aquela que além de esconder os fatos reais dos níveis de radiação, nas proximidades da usina de Fukushima e no mar fora outras áreas atingidas e qual proporção de nível de radioatividade. Pasmem. A TEPCO sabia dos problemas da usina de Fukushima que tem mais de 40 anos de uso e sabia das fraudes de segurança da empresa TEPCO.
Acontece que o Japão fica na Ásia e é formado por ilhas e para importar minério de ferro, irremediavelmente precisa fazer lastro no navio com água do mar. E como as Baias de São Marcos, Baia de Vitória e dos demais portos saberão se as águas do lastro dos navios grandes e graneleiros zarpados nos portos do Japão e despejados nessas baias estão contaminadas com radiação ou não e a qual nível?
Manifesto que os navios de qualquer classe não são monitorados milha a milha. A recomendação da IMO os navios cumprem? Quem com segurança, porque verossímil da prova real poderá asseverar esse cumprimento? Nunca eu soube que existe essa pessoa ou esse organismo para provar que no mar adentro existe troca de água de lastro. Desconfio e muito que a recomendação da IMO, não esteja sendo cumprida.
Lá no Japão descobriram que a TEPCO escondeu fatos seriíssimos de insegurança ligados à energia nuclear. Aqui, no Brasil, laboratórios Ciba-Geigy, Sandoz, Novartis dentre outros nacionais e estrangeiras, boicotam o proprio governo que não consegue comprar em licitações vários remédios, conforme noticiado pela ?Folha do dia 04.04.11?. Tudo conduz à insegurança e risco para todos os portos brasileiros, até porque na terra torna-se mais facil a fiscalização, mas a Tepco e laboratórios praticam a má-fé. Nessa circunstância, qual é a egurança da sociedade brasileira, que os navios em mar adentro, cumprirem recomendação da IMO?
É preciso em caráter de urgência que a Marinha Brasileira em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, (por ainda não existir legislação sobre água de lastro) estabeleça "Plano de gerenciamento da água de lastro", desta feita, com "ANALISE SOBRE O NÍVEL DE RADIAÇÃO", com o propósito de enfrentar a grandeza dos danos que poderão causar na Baia de São Marcos, Baia de Vitória, Todos os Santos etc., que há séculos sofrem degradações por atos inconseqüentes, todos eles, praticados por nós.
Rigoroso que o ESTADO BRASILEIRO, através dos órgãos IBAMA, ANVISA, USP, UNICAMP, UFRGS, UFSC, UFMA, UFPR, BATALHÃO AMBIENTAL, MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, COLÔNIAS DE PESCADORES E ONGS, conheçam a real gravidade e informe para a sociedade brasileira quais as providências que estão sendo tomado, sob pena da tristeza se abater sobre todas essas baias situadas nas Unidades Federativas e irremediavelmente, sobre a sociedade brasileira.
Luis Fernando Dominici Castelo Branco
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Autor: Luis Dominici Castelo Branco


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