A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL EM UMA PACIENTE ADOLESCENTE



ERLANIA DO CARMO FREITAS¹


RESUMO

O Lúpus Eritematoso Sistêmico- LES é considerado como uma doença auto-imune que afeta todos os sistemas orgânicos. A função renal é alterada causando dessa forma excreção excessiva de proteínas e, com freqüência insuficiência renal. O presente estudo de caso tem como objetivo mostrar a importância do acompanhamento nutricional do paciente cursando Insuficiência Renal Crônica- IRC, quais as condutas dietoterápicas e manobras dietéticas que devem ser feitas pelo profissional de nutrição frente a esta doença. Para realização deste estudo foi colhidos dados de um paciente adolescente, sexo feminino, internado em um hospital estadual da cidade de Vitória da Conquista ? BA. Os dados foram colhidos mediante termo de consentimento assinado pela acompanhante da paciente no segundo trimestre do ano de 2010 durante o período de estágio curricular supervisionado oferecido pelo colegiado do curso de nutrição da Faculdade de Tecnologia e Ciências- FTC. Para realização do trabalho optou-se pela pesquisa documental de autores renomados na área, onde foram levantadas informações referentes ao tema e em segundo plano o estudo de caso, onde possibilitou a comprovação da teoria apresentada. Este artigo se justifica para destacar a necessidade do profissional de nutrição frente a estas doenças. Durante o estudo foi observado que a paciente encontrava-se em precário estado geral com de anasarca, queixando-se de dispnéia, mal estar, dores no pescoço, articulações, cabeça e membros inferiores. Foi diagnosticado o LES há 2 anos e IRC em estado conservador há mais de um ano. Paciente revela não seguir terapia medicamentosa nem nutricional para controle das doenças. Este estudo vem salientar quanto à necessidade do paciente em seguir os objetivos dietoterápicos frente a estas patologias. A dieta do paciente portador IRC visa à manutenção do estado nutricional e redução degradação dos rins. Os profissionais de nutrição deverão monitorar o peso do paciente constantemente, visto que o ganho rápido de peso pode ser conseqüência da retenção hídrica. Deverão acompanhar os níveis de eletrólitos séricos através dos exames bioquímicos em especial potássio, magnésio e fósforo. Diante do exposto pôde identificar a responsabilidade do profissional de nutrição frente às oscilações de nutrientes que devem ser monitoradas em pacientes com insuficiência renal crônica, através da alimentação. De acordo com Waitzberg ( 2006) para diminuição dos níveis de potássio dos alimentos, estes deverão ser cozidos com bastante água para depois prepará-los; não deve ofertar sopas para estes pacientes, pois o caldo possui grandes concentrações de potássio. Deve-se orientar bem o paciente quanto ao consumo de refrigerantes ou bebidas na vigência de restrição hídrica e estas também podem ser ricas em fósforo. Cuppari (2005), cita que a dieta deve ser rica em ferro para controle da anemia, porem com cuidado pois as fontes de ferro são ricas em fósforo; ser ricas em cálcio também com cuidado com o fósforo; ricas em vitaminas hidrossolúveis principalmente em fase de diálise.
Palavras Chaves: Lúpus eritematoso sistêmico. Insuficiência renal crônica. Nutrição.


¹ Nutricionista do Instituto de Nefrologia de Brumado, BA. Graduanda em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB. Especialista em saúde publica, pós graduanda em Nefrologia e Nutrição clinica Funcional e Fitoterapia.


REFERÊNCIAS :

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Autor: Erlania Do Carmo Freitas


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