"Importância do modelo de processo de trabalho aplicado na Estratégia de Saúde da família para a Gestão em Saúde na Atenção Primária à saúde do SUS".



FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA ? FACINTER

CLÁUDIA LUISA OLIVEIRA TEIXEIRA








Planejamento e Gestão em Saúde
E
Processo de Trabalho em Saúde da Família















PORTO ALEGRE
2010



CLÁUDIA LUISA OLIVEIRA TEIXEIRA












"Importância do modelo de processo de trabalho aplicado na Estratégia de Saúde da família para a Gestão em Saúde na Atenção Primária à saúde do SUS".



Trabalho apresentado à disciplina de Planejamento e Gestão em Saúde e Processo de Trabalho em saúde da família do curso Pós-graduação em Saúde Pública com ênfase em Saúde da Família, oferta agosto, 2010 da Faculdade internacional de Curitiba ? Facinter.

Profª: Elizete Maria Ribeiro
Profª: Ronald Gielow





PORTO ALEGRE
2010




SUMÁRIO



1. INTRODUÇÃO............................................................................. 04
2. FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA...................................................... 05
3. CONCLUSÃO............................................................................... 08
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................ 09























1. INTRODUÇÃO


A implementação do sistema Único de Saúde (SUS), inaugura uma nova forma de produção de serviços de atenção e cuidados á saúde. No modelo de gestão de descentralização há um rompimento da hegemonia médico-assistencial, para um novo modelo com base nos princípios e diretrizes do SUS.
No entanto, essa gestão envolve, sobretudo, uma construção coletiva, com propósitos persistentes e destemidos. Esse processo vem se pautando por desafios, demandando debates e estratégias cotidianas. O processo de construção de um modelo de gestão do SUS não é uma tarefa de fácil realização.
Os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais de saúde baseado em métodos e tecnologia pratica, fundamentadas e socialmente aceitáveis, colocadas ao alcance universal de indivíduos e famílias da comunidade. O evento da municipalização aproxima a comunidade do sistema nacional de saúde (ALMA-ATA, 1978).
Com a descentralização do processo de decisão, buscando a participação da comunidade na saúde, fundamentada na universalidade, integralidade e equidade há um novo panorama de gestão integrada e sistêmica de saúde, com processos capazes de impactar positivamente a qualidade de vida da população.
Este trabalho faz parte de um estudo proposto referente às disciplinas de Planejamento e Gestão em saúde e processo de Trabalho em saúde da Família. Com este estudo serão abordadas a importância do processo de trabalho na estratégia de saúde da família (ESF) para a gestão em saúde na atenção Primária à saúde (APS) do SUS, com enfrentamento dos problemas, possibilidades e limitações das intervenções.





2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


Em meio à crise na Saúde Publica surge à estratégia de Saúde da família apontando para mudanças na atenção à saúde como eixo que reorienta as práticas em saúde e propõe reestruturação de uma nova lógica do fazer e saber. (ARAUJO. M.S.S. e RODRIGUES. M.P 2007).
A atenção primaria propõe atenção integral ao individuo, reforçando que as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde não deve ocorrer de forma desarticulada. (SILVA, COCEIRO, FELIX, 2007).
Atenção primária em saúde é o primeiro contato da família,individuo e comunidade com o sistema nacional de saúde,constituído a continuidade do processo de atenção á saúde.
Segundo Archanjo, o Programa Saúde da Família visa à integralidade da atenção á saúde, pautado nas equipes multiprofissionais que atuam na construção do cuidado em saúde. O PSF (Programa Saúde da Família) tem sido uma estratégia prioritária de atenção à saúde no Brasil.focalizado em uma base familiar e comunitária de um determinado território.
Esse é um sistema comprometido com a população que objetiva a reorganização a pratica assistencial, com intervenções que vão alem das práticas curativas (BRASIL, 2006).
É uma estratégia que altera a lógica de prestação á assistência, e provoca transformações internas no sistema (MENDES, 1996).
O Programa Saúde da Família esta de acordo com os princípios básicos do SUS, a universalização, integralidade e participação da comunidade, apontando para uma estratégia que constrói a saúde em igualdade e solidariedade social, esta busca, tem sido um dos temas principal pontuado pelas equipes de Saúde da Família, no qual os municípios intensificam pactos e criam arranjos para a integração do sistema (ABRAHÂO 2007).
Os pactos, pela vida,em defesa do SUS e de gestão são essenciais para execução e desenvolvimento do programa saúde da família de forma eficiente,devido a compromissos e responsabilidades assumidas nas três esferas de governo.
Define compromissos entre os gestores do SUS em torno das prioridades que são impactantes na situação de saúde da população. A implementação desses pactos é um dos desafios a ser enfrentado, mas são essenciais para as mudanças no modelo assistencial.
Outros desafios são a vontade política, capacidade técnica de gestão e processo de trabalho, formação de equipes qualificadas, priorização e planejamento das estratégias, entre outras (BRASIL, 2006).
Em relação a planejamento é necessário pensar estrategicamente, produzindo tantos planos quanto forem necessários, gerando resultados com recursos disponíveis e envolvimento de diversos atores.
O processo de trabalho em Saúde da Família envolve a participação de uma equipe multidisciplinar, intersetorial e interdisciplinar que constitui meios de acesso á família e individuo na comunidade, é uma atenção continua onde a relação interpessoal entre pessoa-família, comunidade é intensa expressando confiança mutua.
No modelo da ESF (estratégia saúde da família) a equipe de saúde da família deve ser capaz de alinhar um plano de cuidados com função de um gestor. Esse plano deve estar focado na família na avaliação das necessidades individuais com base nos princípios e diretrizes do SUS. Para uma atenção integral deve ser considerado o contexto familiar e o reconhecimento das necessidades em saúde da comunidade.
Na estratégia da família, a gestão do cuidado trás indicadores que possibilitam uma avaliação do serviço.
O monitoramento e avaliação ocorrem por meio de procedimento sistematizado e contínuo das ações, intervenções e resultados do trabalho, onde são utilizados indicadores que retratam dados demográficos de morbidade e mortalidade da população residente nos estados e municípios que estão mais atualizados (RIBEIRO, 2010).
O Ministério da Saúde implantou um instrumento de avaliação a AMQ (Avaliação para melhoria da qualidade da Estratégia Saúde da Família),disponibilizado aos gestores municipais e suas equipes de saúde da família,que propõe avaliar a qualidade da estratégia da família por uma autogestão dos processos de melhoria contínua (BRASIL,2010).
È avaliado o impacto das ações junto a população,o estagio de implantação,e a capacidade de gestores e coordenadores no diagnóstico dos problemas,na elaboração de estratégias e planos de intervenção para melhoria da qualidade.(RIBEIRO,2010).






























3. CONCLUSÃO


O Programa de Saúde da Família surge como proposta de um novo modelo de construção em saúde que aproxima a pessoa-família e a comunidade do sistema nacional de saúde com estratégias abrangentes e organizadas reorientando a atenção primária em saúde.
È essencial um modelo de saúde alicerçado em condições sócio-políticas, materiais e humanas, viabilizando um trabalho de qualidade para a equipe assim como para a sociedade que desenvolvem ações em conjunto.
Este processo implica na realização de um trabalho em equipe visando a qualidade na prestação e recebimento do cuidado, com base nos princípios e diretrizes do SUS. Cabe ressaltar ainda que a implantação de uma nova política pressupõe mudanças em vários níveis(político,institucional,organizativo e pessoal) (BASIL,2006)
Com base no presente estudo pode-se observar que esta estratégia esta ainda em construção, embora desde sua implantação até os dias atuais houve apesar das barreiras enfrentadas, como indisposição política nas três esferas de governo, o não comprometimento por parte das equipes, entre outras, houve crescimento e adquiriu mais credibilidade por parte da população.
Este é um modelo voltado a ações estratégicas que coloca a sociedade como parte integrante, participando ativamente deste processo. Sua construção seda por qualificar profissionais, propondo assim um maior engajamento no programa saúde da família devido o real entendimento deste novo modelo centrado no individuo, na família e comunidade visando a promoção da saúde.
O processo de trabalho na estratégia de saúde da família em seu modo operacional caminha para a o plano da racionalização do processo de humanização e flexibilização garantido uma gestão em saúde resolutiva, participativa e com qualidade na assistência.




4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. CONFERÊNCIA Internacional sobre Cuidados Primários em Saúde. Alma-Ata. URSS, 6-12 set.1978. Disponível em: www.opas.org.br/coletiva/uploadArq/Alma-Ata.pdf.
2. BRASIL, Ministério da saúde, Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
3. RODRIGUES, M. P. ARAUJO, S. S. O Fazer em Saúde: Um Novo Olhar Sobre o Processo de Trabalho na Estratégia Saúde da Família. Artigo, material disponibilizado pela UNINTER, em material de apoio.
4. MERHY, E. E.O SUS e um dos seus dilemas: Mudar a Gestão e a Lógica do Processo de Trabalho em Saúde (um ensaio sobre a micropolitica do trabalho vivo), CEBES. Rio de Janeiro. 1995.
5. RIBEIRO, M. R. Processo de Trabalho em Saúde da Família: Monitoramento em Saúde da Família. Núcleo de Materiais Didáticos. Ead. UNINTER. 2010.
6. BRASIL, Ministério da Saúde, Manual do instrumento de avaliação da atenção primária á saúde. Ministério da Saúde. 2010.
7. NOGUEIRA,R. P.OTrabalho em Serviços de Saúde.Organização do Cuidado a partir de Problemas:Uma Alternativa Metodològicapara Atuação da Equipe de Saúde da Família ? OPAS/OMS-Ministério da Saúde.2000.






Autor: Claudia Oliveira Teixeira


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