Origens da Humanidade



ORIGENS DA HUMANIDADE

3.1 EVOLUÇÃO HUMANA.
Desde muitos anos os estudiosos têm buscado saber o que é o homem, qual a sua origem e desenvolvimento. Para conhecer o ser humano é exigido que se estude as diferentes fases pelas quais a humanidade passou, desde o Homo primitivo ate a o homem atual. A paleontologia humana e a arqueologia, juntas estudam a evolução biocultural da humanidade, tentando compreendê-la melhor.
3.2 ERAS E PERIODOS GEOLÓGICOS
Os mais antigos documentos da historia do homem primitivo remontam a uma antiguidade bem remota, como a Era Cenozóica, abrangendo dois períodos tendo seu inicio há cerca de 70 milhões de anos, o primeiro desses períodos e o Terciário dividindo-se em cinco épocas: Paleoceno, Eoceno, Oligoceno, Mioceno e Plioceno, (de 70 a 2 milhões de anos). O segundo e o Quaternário dividindo-se em duas épocas: Pleistoceno e Holoceno. Sendo que dentro da Era Cenozóica as épocas Mioceno e Plioceno são de suma importância para o estudo dos antecessores do homem.
3.2.1 PERÍODOS
O Pleistoceno é considerado a etapa mais importante da evolução humana estendendo-se de 2 milhões de anos a 10 mil anos passados. Os paleontólogos dividem esse período em três épocas principais: pleistoceno inferior, médio e superior. Para se definir essa cronologia foram utilizados três métodos: Dados climáticos, paleontólogos e mudanças culturais.
3.2.2 CLIMA
O pleistoceno teve um clima muito instável, com varias fases sendo elas úmidas, de chuva pesadas e com períodos de glaciações intercalados de períodos de secas. Por causa dessa instabilidade muitas formas animais e vegetais emigraram ou extinguiram-se causando uma seleção natural entre os seres vivos.
3.2.3 GLACIAÇÕES
Glaciações é cobertura de grandes zonas de terra por uma grossa camada de neve e gelo. Quatro glaciações ocorreram no Pleistoceno: Gunz, Mindel, Riss e Würm, separadas por períodos interglaciares, sendo as mais rigorosas Riss e Mindel com o aquecimento solar começaram a surgi florestas no norte a Europa e da América.

3.3 CLASSIFICAÇÃO ZOOLÓGICA DO HOMEM
Zoologicamente o homem pode ser classificado como pertencente do: Reino Animal do Filo dos Cordados, subfilo dos vertebrados, da classe do mamíferos, subclasse dos Eutérios, infraclasse dos placentários, da Ordem: primitiva ,subordem: antropóides, Infra-ordem: catarríneos, da Superfamilia: homínida, família: hominídea, do Gênero: Homo, espécie Homo sapiens, da variedade Homo sapiens sapiens.
3.3.1 PRIMATAS
Primata significa primeiro em posição ou ordem. Lineu considera esta a mais alta ordem dos animais. Simpsom propõe da seguinte maneira as subordens dos primatas: prossímios e antropóides.
3.3.2 FÓSSEIS HUMANOS
Fósseis são conceituados por Mendes (1965:3) como "restos ou quaisquer outros vestígios deixados por seres que habitavam a Terra nos tempos pré-históricos". O processo de fossilização depende de certas condições ambientais, nas quais os organismos devem ser: conservados, protegidos e preservados. Os tipos mais comuns de fossilização dos seres humanos, são: petrificação, impressões, pegadas ou pistas.
3.3.3 PROCESSOS DE DATAÇÃO
Para verificar a idade dos fósseis são empregados vários processos de datação radiométricos: carbono catorze, potássio orgânico, flúor, urânio, entre outros.
3.4 FASES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
O homem é um primata que, de antropóide, transformou-se em hominídeo. Embora pequeno o número de fósseis, o primitivo Ramapithecus, colocado na condição de ancestral do homem, foi encontrado em várias regiões: Índia, Paquistão, Turquia, Quênia e Ungria. De modo geral, podem se reconhecer quatro fases estruturais básicas: pré-hominídea, homo erectus, homo sapiens e homo sapiens sapiens.
3.4.1 AUSTRALOPITECUS
O australopitecus, também chamado de homem-macaco pertence à família dos Homínidas e à fase pré-humana. Ele era erecto, bípede e habitava em terrenos muito mais abertos que seus antepassados. Os cientistas de modo geral reconhecem apenas um gênero, o australopitecus, e duas espécies: o A. africanus e o A. robustus, embora os Leakey apresentem um outro, o Homo habilis. Porém, os pesquisadores acreditam ter sido o A. robustus uma ramificação do caminho principal da evolução humana.
3.4.2 HOMO ERECTUS
O Homo erectus viveu no Pleistoceno Médio, entre um milhão e 100 mil anos antes da época presente. Situa-se entre o Australopitecus e o Homo sapiens, na escala da evolução humana. Pesquisas mostram que o Homo erectus se espalhou em outros continentes e sobreviveu na Ásia mais do que em qualquer outro lugar do mundo. Destacam-se o Homem de Java, o Homem de Pequim, o Homo erectus mauritanicus e o Homo erectus heidelbergensis.
3.4.3 HOMO SAPIENS PRIMITIVOS
O Homo sapiens primitivo ou pré-sapiens viveu no pleistoceno Médio e Superior. Foi exumado em algumas regiões: o homem de Vertesszöllös, encontrado em Budapeste, na Ungria; o homem de Swanscombe, descoberto na margem do Rio Tâmisa, na Grã-Bretenha; o homem de Steinheim, oriundo de uma cova pedregulhosa perto de Stuttgart, na Alemanha.
3.4.4 O HOMO SAPIENS DE NEANDERTHAL
Teve sua origem há cerca de 150 mil anos no período glacial de Würn, tendo sido encontrado em alguns países da Europa, África e Ásia. Ele é relativamente pequeno, medindo de 1,55 a 1,60m. Possui crânio mesocéfalo, com cérebro volumoso, vivendo geralmente em cavernas e abrigos rochosos. Usava o fogo para aquecer, iluminar e talvez cozinhar. Tinha como fonte de sobrevivência a caça e a coleta, fazendo uso intensivo do osso e da madeira, além da pedra lascada. O último refúgio do neanderthau foi encontrado em um conjunto de cavernas na pedreira de Forbis, em Gibrauta, no sul da Espanha. São diversas as teorias relacionadas à origem dos neanderthalenses. Algumas se detêm ao exame do registro de fósseis antigos e outras à sequência mitocôndrica do DNA.
3.4.5 HOMO SAPIENS SAPIENS
O grupo final de homens fósseis é conhecido pela designação de Cro-Magnon. Viveu durante o Pleistoceno Superior, de 35 a 10 mil anos passados. Ocupou a Europa, Ásia e África, chegando mais tarde à América e à Áustrália. Na Europa, compreende duas raças principais: Cro-Magnon e Chancelade. Já Grimaldi e Combe-Capelle são variantes das duas raças. Possui uma tecnologia material avançada, resultante de uma cultura intelectual mais criativa, dando desenvolvimento à notável arte das pinturas multicoloridas das paredes das cavernas, murais de baixo relevo, gravuras, estampas em osso e madeira, esculturas, modelagens, etc.
3.5 RAÇAS HUMANAS
O estudo das raças é um dos campos da Antropologia Física que vem preocupando os estudiosos desde o século XVIII. Embora haja muitos esforços realizados pelos cientistas nesse sentido, ainda não se chegou a um consenso sobre o que seja raça em virtude da relatividade do tempo, extrema diversidade das características físicas e distribuição espacial do homem. Há, porém, um ponto em comum: todos concordam em que o homem pertence ao mesmo gênero, Homo, e à mesma espécie, sapiens. Vários estudiosos tentaram fazer uma classificação de raças, dividindo a espécie humana em grupos, considerando características como físicas, grupo sanguíneo, territórios geográficos, entre outras. Dentre eles, destaquem-se os seguintes:
- Linneu (1758) classificou em quatro grupos: europeu, africano, americano e asiático.
- Blumenbach (1806) baseou-se na cor da pele e dividiu a humanidade em cinco raças: branca, amarela, negra, vermelha e parda.
- Deniker (1900) reconheceu 27 raças e 22 sub-raças, reunidas em quatro grupos principais: primitivas, negras ou negróides, brancas e amarelas.
- Montagu (1945) apresenta três grupos principais: negróides, caucasóides e mongolóides.
3.5.2 CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO
Os critérios utilizados pelos cientistas para a classificação dos grupos raciais baseiam-se na estrutura do corpo e características físicas. Os elementos mais comumente usados, são: cabeça, nariz, cabelos, lábios, pêlos, entre outras.
3.5.3 FATORES DE DIFERENCIAÇÃO
As diferenças existentes entre grupos isolados são explicáveis pela atuação de fatores determinantes da mudança evolutiva. São eles: seleção natural, mutação, isolamento, pendor genético, hibridação, seleção sexual e seleção social.

Autor: Marques Júnior Soares De Sousa


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