Vida Inautêntica



Quando Heidegger, fala da vida autêntica  e inautêntica , com relação ao Ser, comprendo que podemos traçar um paralelo com o super-homem  de Nietzsche, pois para Nietzsche o super-homem seria a superação humana de todos os limites impostos pela moral cristã, que nos tornam seres dependentes, sempre arraigados a mil fantasmas criados pelas religiões, pela sociedade, por valores morais, éticos, religiosos, enfim um emaranhado de teias que os humanos criaram e que não conseguem se desvencilhar, desse modo dia-a-dia, continuam sua faina sem superarem a barreira do que Hume chamou de hábitos que se acredita como verdade inquestionável, assim, enquanto o homem não entender que não existe meio termos, que ele precisa enfrentar a dura realidade existencial humana com a crueza que a realidade posta a caracteriza o homem jamais será autentico no dizer heideggeriano, o super-homem é aquele que sabe a finitude humana no seu sentido mais literal e cruel, que conhece que ao homem nada resta a não ser o nada como fim último.Mas essa consciência não deve levar o homem a apegar-se a ilusões sejam elas quais forem, e sim a partir de uma dissecação do cadáver social  o homem poderá, como Ser liberto de toda e qualquer espécie de falsidade enfrentar a existência de modo autêntico, cônscio de que nada pode contra a sua realidade humana marchar impassivel enquanto o pulso ainda pulsa.
Acredito que exista alguma semelhança entre o existencialismo de Heidegger e Nietzsche, nese sentido que a vida autentica  é quando o homem se torna o que ele é , em última análise, i esto só ´s possivel se o ser humano, perceber sua consciencia como algo que se forma a partir de uma realidade posta, ou imposta, a autenticidade nasce da desmitificação da realidade . O ser que pensa, que sabe e sabe que sabe, tem a possiblidade viver a pura vida autentica, mesmo que ela não signifique uma vida alegre.
Autor: José Carvalho


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