INCLUSÃO ATRAVÉS DA ARTE: EXPERIÊNCIA COM JOVENS E ADULTOS NA UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA



INCLUSÃO ATRAVÉS DA ARTE: EXPERIÊNCIA COM JOVENS E ADULTOS NA UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA

Heleuza Carrilho Tuka de Almeida1
RESUMO:
A educação pela arte vem se transformando significativamente nos últimos anos em uma alternativa de Educação para Jovens e Adultos. A expansão do ensino através do campo artístico está sendo utilizada freqüentemente tendo em vista a necessidade de valorização social de si e do outro. Esta inquietação está também relacionada com o arte/educador o qual propõe um trabalho de inclusão pela arte.

PALAVRAS-CHAVE:- leitura - educação pela arte - inclusão

INTRODUÇÃO:
Pesquisas recentes da psicologia revelam que cada vez mais a expressão artística é extremamente importante para o ser humano e que deve ser dirigida para todos os indivíduos.
A arte tem um papel de destaque importante na construção de uma vida mais livre. A prática artística tem se mostrado relevante para proporcionar maior riqueza interior, vitalidade e qualidade de vida.
A experiência em arte é capaz de engrandecer toda e qualquer prática da vida humana. Pode-se observar que muitas pessoas interessadas em trabalhar as atividades artísticas nem sempre podem ir a um local onde sejam oferecidos cursos e treinamentos devido a necessidade de recursos financeiros, a falta de oportunidades ou até mesmo questões de deslocamento.
O mundo em que vivemos, o mundo que procuramos construir e os estudos especificamente da área da arte, apresentam necessidades fundamentais para o ensino-aprendizagem. Por sua vez este deve contribuir para o desenvolvimento social, através de práticas culturais a serem conquistadas e aperfeiçoadas, valorizando o aluno enquanto ser individual e em constante (re)construção.
Esse projeto oferece aos alunos a oportunidade de iniciar o aprendizado nas diversas linguagens relacionadas às artes visuais não envolvendo os alunos apenas em uma atividade, mas também fazendo-os entender o que é feito nos nossos dias e o que era realizado antes através da observação e pesquisa no contexto com manifestações artísticas e culturais na história da humanidade.
Baseada na constatação das pesquisas anteriores, na premissa que as concepções de arte direcionam os modos de ensiná-la e na necessidade de realizar ações pedagógicas transformadoras nessa área, propôs-se este projeto com o objetivo de ampliar as concepções de arte levando em consideração os saberes trazidos pelos aluno e reconstruí-los de acordo com o contexto e as necessidades de cada um, procurando assim enriquecer o conhecimento de cada um.
A complementação do currículo escolar através da educação pela arte abre um espaço importante de enriquecimento por parte do aluno, que deseja ampliar seus conhecimentos em relação as artes visuais.
A arte é considerada como um importante trabalho educativo, pois procura através de tendências individuais, mostrar caminhos para formação do gosto de cada indivíduo, bem como estimular a inteligência , contribuindo para a formação da personalidade do ser humano, sem ter como preocupação a formação de artistas. É bom acrescentar que em seu trabalho criador o indivíduo utiliza e aperfeiçoa processos que desenvolvem a observação, a percepção, a imaginação, o raciocínio e o controle da motricidade ampla e fina.
No processo de aprendizagem e criatividade o ser deve pesquisar a própria emoção, libertar-se das tensões, ajustar-se, organizar o pensamento, sentimentos, sensações e formar até mesmo hábitos de trabalho, enfim educar-se e incluir-se no meio social.
De acordo com Streck, há uma realidade de exclusão com a qual vergonhosamente nos damos ao luxo de conviver. O nosso país , teve um dos maiores educadores e que revolucionou a idéia de ensino e alfabetização e que a partir de sua experiência contribui para repensar toda a educação, que foi Paulo Freire. A Universidade de Cruz Alta engajada na proposta de inclusão do sujeito e partindo de sua realidade e de suas solicitações, está elaborando e desenvolvendo um conjunto de procedimentos em arte, atendendo às necessidades dos interessados.
As abordagens nesse campo possibilitam vários "olhares sobre esta área do conhecimento que trabalha basicamente com a transformação, com a incerteza de modelos, com a investigação matérica e de linguagem, com a abertura ao inusitado"(Cunha, 2001,p.3)
Desse modo busca-se ações pedagógicas mais conscientes significativas e prazerosas transformando as atividades de artes em momentos de maior conhecimento em relação à linguagem plástica e visual.
A inclusão da arte também como projeto de (re)construção de saberes parte da necessidade de que é interessante oferecer ao aluno além de oportunidades para a pesquisa, um espaço para tratar de questões culturais, estéticas, éticas e ainda aspectos característicos de diferentes relações sociais.
Estimulada pela indagação e o interesse com o ensino da arte, busca-se investigar mais sobre a área e oferecer aos alunos da Educação de Jovens e Adultos, atividades que os entusiasmem e os façam sentir-se partícipes do processo educativo.
De maneira geral, observa-se que o estudo da arte como um todo, contribui de forma bem significativa para o processo de criação pessoal dos envolvidos e o papel que cada um desempenha na cultura e na sociedade atual.
Esses momentos, enfatiza Souza (2003,p.61) são de uma educação "que proporciona uma equilibrada cultura geral, com vivências culturais no âmbito das letras, das ciências e das arte, que levará a um melhor desenvolvimento da pessoa, no seu todo". A educação pela arte é uma ação de conhecimento e esta auxilia para que o aluno cresça em todos os sentidos. Cabe ressaltar que toda a educação deve contemplar diversas culturas unindo o conhecimento, a educação e a estética.
Nóblega ( 1999, p.21 ) destaca que:

É nesse contexto do conhecimento, educação e estética que a idéia de multiculturalismo ganha força nas diferentes representações culturais do currículo. A questão do multiculturalismo e da afirmação da identidade cultural, também apresenta uma oportunidade através da arte, para se pensar as relações entre cultura e educação.

A presente proposta na Universidade, parte da premissa de que a educação tem como desafio a inserção de todas as pessoas , em todas as áreas do conhecimento. Deheinzelin ( 1996,p.16 ) referenda que a escola "pode ser entendida como o lugar de acesso democrático ao conhecimento humano para as pessoas de qualquer idade".
Dessa forma a Educação de Jovens e Adultos tem se tornado um desafio para a UNICRUZ, que se engaja nesse projeto educativo de qualidade, que tem como princípios norteadores: a leitura da realidade, a participação coletiva, a construção do conhecimento, a vivência de valores e o currículo interdisciplinar. A partir dele se constrói situações de pesquisa , análise e sistematização que passarão a contribuir para a qualificação do ensino voltado para o tipo de aluno já citado, levando em consideração que esse aluno transporta consigo modos, estéticas demarcadas e creditadas por sua experiência de vida na sociedade, no seio familiar e no âmbito de sua profissão.
A realidade específica, o saber, as vivências variadas, as tradições, os deveres, as obrigações e a heterogeneidade sociocultural de cada um desse alunos, constitui-se em um estimulo para o professor. Entretanto, cabe ressaltar que, ao mesmo tempo que ele estiver atuando a partir da compreensão do aluno, deve procurar desbravar o universo de sua comunidade escolar possibilitando a esse aluno o conhecimento e a compreensão de outras realidades.
É essencial para o aprendizado desses alunos, a forma como o professor age, sente, pensa e enfrenta seus próprios desafios. Ao elaborar o programa de ensino, o professor necessita conhecer o saber pedagógico pois este se constitui na conexão entre o que o aluno irá saber e fazer e o que o professor pretende ensinar. Este deve estar ciente dos conhecimentos que o seu aluno já possui a partir da sua experiência pessoal. Para que ocorra realmente uma educação para jovens e adultos é imprescindível que o professor, na sua prática educativa, saiba encantar e produzir significados.
Empenhada na busca, constatação, indagação e comunicação a Universidade de Cruz Alta oferece aos seus alunos esse tipo de oferta, pois a UNICRUZ está voltada para o ensino, a pesquisa e a extensão.
A partir desses pressupostos buscou-se oferecer subsídios para que o grupo multicultural da universidade desenvolvesse uma visão sensível contextualizada, apreciativa, explorativa e crítica da arte.
Evidencia-se que essa proposta oferece oportunidades para que os alunos trabalhem questões variadas de arte. Tolpolar ( 2001,p.39) salienta que assim trabalhando pode-se colocar " o grupo simultaneamente na posição de aluno e de professor, exercitando o construir, o desconstruir e o reconstituir, estimulando-o a relacionar estas informações, reconhecendo e identificando as manifestações culturais produzidas em seu entorno".
A educação pela arte deve contemplar um trabalho de qualidade com professores qualificados e que possam transmitir ao grupo seu conhecimento e sua experiência. Já o professor, deve oferecer ao aluno subsídios para que ele pesquise, compreenda e busque apreciar a arte, na sua multiplicidade de sentidos, isto é, nas artes erudita popular, local, nacional ou internacional, nas diversas informações existentes no cotidiano de cada um. A partir daí proporcionar discussões sobre os assuntos, comparando e procurando então estabelecer uma relação entre o pensamento de um aluno e de outro, da professora e dos alunos.
Tolpolar ( 2001,p.39), enfatiza que
(...)estas propostas exemplificam diferentes formas de trabalhar questões presentes no ensino das artes plásticas, colocando o grupo simultaneamente na posição de aluno e de professor, exercitando o construir, o desconstruir e o reconstruir, estimulando-o a relacionar estas informações, reconhecendo e identificando as manifestações culturais produzidas em eu entorno.

Procurou-se então realizar um trabalho fundamentado nos três eixos dos Parâmetros Curriculares Nacionais que norteiam a aprendizagem da Arte na proposta da EJA: produzir apreciar e contextualizar. A produção deve ser realizada através da experimentação, a apreciação está ligada à produção artística de cada um e de seus colegas e a contextualização é o conhecimento do aluno em relação à sua própria criação e à arte como produto social e histórico.
Esses eixos são trabalhados de forma adequada aos projetos propostos pelo professor. De maneira geral, observa-se que o estudo da arte , a análise de uma obra e a apreciação da arte em si, contribui de forma bem significativa para o processo de criação pessoal dos envolvidos e o papel que cada um desempenha na cultura e na sociedade atual.
É importante salientar que esta proposta é o resultado de estudos realizados pela Dra. Ana Mae Barbosa, que acredita que os componentes da triangulação ensino-aprendizagem que englobam o fazer artístico, a contextualização histórica da arte e a leitura da obra de arte, são necessários às condições estéticas e culturais no Brasil. Essa educação estética pode ser entendida como as diversas formas de leitura, tanto a partir do cotidiano do aluno como de obras ou imagens de Arte.
Os componentes citados, estão ligados ao âmbito cognitivo do saber, que engloba o conhecimento das manifestações de arte, do saber fazer, que é a produção artística de cada um; e o saber ser no convívio com o outro, relaciona-se ao respeito pela produção do colega e a autocrítica em relação ao seu próprio trabalho.1 A partir daí o professor tem a função de propiciar situações que possam assessorar a ação de aperfeiçoamento em relação ao entendimento estético do grupo com que trabalha, favorecendo o interesse e as especificidades de cada aluno, estabelecendo uma relação entre ensino/aprendizagem e procurando contribuir para a ampliação da autonomia individual.
Assim, é necessário educar o olhar de nossos alunos da EJA, proporcionando-lhes atividades interessantes de leituras para que eles possam compreender a forma que a arte se apresenta aos seus olhos e, ao mesmo tempo, pensar criticamente sobre as imagens que lhes são oferecidas.
Através da educação do olhar a aprendizagem sensibiliza o aluno em relação ao cotidiano, estimula a sua consciência cultural e proporciona a realização de diversas ações que o auxiliam na leitura e anotações referentes ao mundo que o cerca.
A educação do olhar prepara o aluno para decodificar e avaliar os variados tipos de imagens que fazem parte de seu cotidiano e o capacita a uma melhor compreensão dos estímulos visuais.
Buscou-se então proporcionar momentos para que o grupo da EJA da UNICRUZ desenvolvesse uma visão sensível, contextualizada, apreciativa, explorativa e crítica de uma imagem de arte. A fim de desencadear o processo de aprendizagem e apreciação artística, foram escolhidas para a realização do trabalho obras de artistas cubistas, por estarem sendo estudadas por eles, com o intuito de compreender a arte como fato histórico contextualizado nas diversas culturas, tanto na Europa , quanto no Brasil.
Com o objetivo de comprometer a todos os envolvidos na conquista de conhecimentos e na transformação da realidade, adotando uma postura crítica e participativa, os alunos realizaram observações de leituras de textos, pesquisa em revistas e livros de arte sobre o artista escolhido e suas obras.
A proposta oportunizou que os alunos observassem as relações existentes entre arte e leitura da realidade, refletindo sobre elas e sobre como variadas representações convivem em uma obra de arte
Neste sentido, é interessante salientar que o professor mediador não ensina a ler uma imagem, ele oferece ao aluno subsídios para que ele pesquise, compreenda e busque apreciá-la, na sua multiplicidade de sentidos, isto é, nas artes erudita, popular, local, nacional ou internacional, enfim nas diversas informações existentes no cotidiano de cada um.
A realização dos exercícios propostos foi de fácil assimilação, pois possibilitou o conhecimento aprofundado sobre o cubismo através de descoberta do prazer pela apreciação artística, a experimentação de materiais variados, como a tinta, a massa corrida, a colagem e materiais de sucata propiciou ao aluno um maior envolvimento durante o desempenho da pintura foi total por parte do grupo e isso resultou em uma declaração interessante feita à autora, por Nerencia Fernandes Dutra:

"Gosto muito de pintar. Quando me concentro e começo a pintar, parece que eu vou entrando num mundo diferente. Eu não desenho para pintar, as imagens vão surgindo na minha mente e eu vou pintando. A pintura tem que vir de dentro, do interior da gente?.

Após a análise das reproduções, o grupo da EJA realizou esboços e após efetivaram a pintura utilizando tinta PVA e líquido xadrez sobre papel Paraná. Esse trabalho foi a grande sensação, pois os alunos se entregaram plenamente na realização de suas obras. Cabe ressaltar que no início, na Totalidade Seis, pouco mais da metade dos alunos freqüentavam os encontros de artes. A cada dia que passava, mais alunos passaram a participar das aulas, pois uns iam contando para os outros de suas realizações e de como se sentiam satisfeitos executando seus trabalhos artísticos. No término da execução das pinturas, a sala estava repleta de alunos, sendo que todos realizaram o trabalho com disposição e desejo de cada vez interagir e aprender mais.


Os alunos foram se interessando cada vez mais com as atividades e passaram a observar mais os elementos de seu dia-a-dia, isto é, as cores que mais gostavam, quais as mais vibrantes, os claros e os escuros, as linhas retas que fazem parte de sua casa e até as linhas sinuosas dos prédios mais antigos da cidade. O envolvimento do grupo foi aumentando durante a realização da pintura e isso ficou bem evidenciado através da solução nos trabalhos, nos quais utilizaram a criatividade, conhecimento já adquirido anteriormente e que haviam trazido para a sala de aula. Propiciou-se a partir daí discussões sobre a proposta, comparando e procurando estabelecer uma relação entre o pensamento de um aluno e do outro, da professora e dos alunos.
Cabe ressaltar que inicialmente não se tinha dimensão do quanto o trabalho envolveria os alunos. Sabe-se, no entanto que eles procuraram observar os traços significativos e característicos das imagens, averiguando as considerações feitas pelos colegas, assimilando-as e decodificando-as, fazendo uma leitura verbal do universo em questão. A experiência foi recompensadora, pois os alunos demonstraram capacidade, disponibilidade, força de vontade e muita dedicação à pintura. Salienta-se que o grupo da EJA da UNICRUZ trabalhou com afinco e dedicação para a realização desta proposta.
As leituras e as releituras realizadas pelos alunos mostram a diversidade de significados e as vivências de cada um dos envolvidos, que procuraram dar um sentido pessoal para as imagens a qual estavam observando e se inspirando.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados obtidos apontam excelentes perspectivas e são demonstrados através da relação da produção de cada um dos alunos com o seu cotidiano vivido. São comprovados também por meio da valorização da auto-estima ao reconhecer o seu potencial para elaborar um trabalho que até então acreditavam serem inaptos a realizar. Se incluírem ao grupo interagindo de forma intra-orgânica e interorgânica revelando ainda a ampliação de suas possibilidades social e cultural e a capacidade de criar de forma autônoma, através do estabelecimento das relações entre o real e o imaginário.

BIBLIOGRAFIA

-ALMEIDA, Cláudia Zamboni e Mª Helena Wagner Rossi. Leitura de imagens na Educação Fundamental. In: Projeto-Revista de Educação: Artes Plásticas/ Porto Alegre: v.3, nº 5, 2001.
-BRANDT, Ema. Para um mundo com seres humanos mais criativos...In: Projeto - Revista de Educação: Artes Plásticas / Porto Alegre: v.3, nº 5, 2001.
-BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Proposta Curricular para a educação de jovens e adultos: segundo segmento do ensino fundamental: 5ª a 8ª série: introdução/ 2002.
-CUNHA, Susana Rangel Vieira da. Transformações nos saberes sobre arte e seu ensino. Entendendo o ensino de artes. In: Projeto - Revista de Educação: Artes Plásticas / Porto Alegre: v.3, nº 5, 2001.
-DEMO. Pedro. Pesquisa: Princípio científico e educativo. São Paulo: Cortez, 1990.
-DEHEINZELIN, Monique A fome com a vontade de comer: uma proposta curricular de educação infantil, Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.
-NÓBLEGA, Jorge Geraldo. Ator de múltiplas culturas: Uma interferência teatral em classes de Jovens e Adultos Trabalhadores. POA: UFRGS, Pró-Reitoria de Recursos Humanos, Faculdade de Educação, 2º educação. 1999. nº0.
-STRECK, Danilo. Alfabetização e Educação Básica. Zero Hora. Porto Alegre,11/09/1996, sec. Editoriais.
-SOUSA, Alberto. Educação pela arte e arte na educação. Lisboa. Instituto Piaget. 1º volume. 2003.
-TOLPOLAR, Miriam. Outros olhares. In: Projeto-Revista de Educação: Artes Plásticas / Porto Alegre: v.3, nº 5, 2001.














Autor: Heleuza Tuka Carrilho De Almeida


Artigos Relacionados


Projeto Arte Educação

Educação E Artes- Arte – O Segredo Para O Sucesso Na Educação No Ensino Superior

Ensino Da Arte: O DiÁlogo De Diferentes Linguagens

Oficina De Arte Na Escola De Desenvolvimento Humano Casa Do Caminho - Edhucca

Reflexão Sobre: Avaliação Em Artes

Arte Na EducaÇÃo

O Papel Do Professor De Educação Artística