Poema
A sensação de não poder.
Não querer?
Não solucionar.
martele !
Martela !
Algo de útil e renovador
O sonho de escrever um livro
Ver-me livre de algum antigo vício
Trabalhar em algo que me faça sentir vivaz e requerida
Querida.
E o tempo?
E a faculdade?
E as mentiras com chantilly?
Mentiras são verdades bem contadas.
Nada mais.
Enfim será tão desagradável sofrer?
Se pode ao menos ter autopiedade sem culpa!
Choro os sonhos,lavo-os
Renovo-os.
As lágrimas parecem ter lá sua utilidade.
Só e acompanhada!
Sinto a pior solidão que conheço
Venho tentando ser brilhante...
Será que vale a pena?
Quero?
Queria ser a menina magra,que sem culpa troca carícias de cinema
Ou culta e respeitável mas não feia
Jamais!
Ser atraente e capaz de insanidades deliciosas!
Sem culpas !
Acho que um dia vou juntar todas as dores e botar
num livro...
Dar a luz a um amontoado confuso?
Não posso fazelo dessa maneira
È o meu passado só que passado a limpo
Encadernado
Que vontade de largar tudo
Ser atriz.
Senhora em algum bistrô!
Conhecida pelas belas poesias e cultura inigualavel
Cheia de amigos em qualquer bar de Paris.
Autor: Mayura Dornellas Silveira
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