Língua Portuguesa Brasileira



Língua Portuguesa Brasileira


Nascida num país impuro, cuja cultura remete as mais lindas e profundas riquezas trazidas de universos diferentes. Pertencente a uma pátria alvejada por a branca pele monarca e purificada pelo sangue azul da nobreza Poucos são os que conseguem aceitar suas origens. No entanto até hoje, todos continuam falando: "E o meu nego, onde está?" Por que se esconde? Falamos tanto... Recebemos carinho e doamos afeto, difundimos demasiadamente os reflexos e raios verídicos de sentimentos... Sem nem sabermos de onde surgiram expressões tão simples e tão significativas nas relações humanas: bumbum, cafuné, calundu, dengo, calunga,... Palavras cheias de calor, afetividade, intimidade... Elas rompem qualquer formalismo e frieza ... São esplêndidas em essência e ricas em popularidade, mas poucos parecem perceber... Quem não já adormeceu graças a um jeitoso cafuné, não venha negar agora, que você nunca teve calundu, só para conquistar um dengo... Ou ficou toda encabulada, quando te chamaram de calunga... E tem mais o banho tão sedutor, pelo qual somos atraídos, também vem dos hábitos daqueles que muitos consideram impuros... Brancos não gostavam de banho, não sabia?
A última flor do Lácio, conhecida como aquela que se impõe sobre as demais com poder e autoridade... É bela na sua forma, mas não sustenta sua autoridade devido à pretensão deslavada e descondida que espalha sem ter noção da incrível distinção entre poder e autoridade.

"Antes e depois amei e fui amado muitas vezes; mas nem depois nem antes, e por nenhuma mulher fui amado jamais como fui..." Guardemos esta confissão deixada por o Machado, voz eterna da Literatura brasileira...
Não temos o direito de desclassificar um sentimento só porque é advindo de uma criada criatura escravizada. Nem desumanizar um ser que tanto sabe amar somente porque sua língua não é a do Lácio.
Rompem-se os séculos, criam-se constituições, mas pouco se muda. Muito se fala, a hipocrisia continua. Sempre escondida por trás de um desconfortável: "não sou racista não, mas..."
Língua Portuguesa brasileira nascida em meio à coroa, a flecha e a feijoada, dinâmica, flexível, espessa, complicada nas fontes de consultas, mas completa e simples nas rodas de conversa, pois para cada situação, há uma expressão, sem excluir a nenhum grupo, a língua a todos comunica... Viva a língua, a nossa Língua Portuguesa Brasileira, a Língua Euafromérica.

Ana patrícia R. Nogueira, 03 de junho 2010.







Autor: Ana Patrícia Rodrigues Nogueira


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