BALÃO 36




Balão 36



Que aquarela é esta ? que tipo de sono é este que me faz acordar e resonhar todos os dias.

Que mundo foi este criado por nós mesmos? Afinal quem você é? Não sei mais quem é ti por nada saber. Me engano, tento mudar em mim. Tento não crer no que posso ver. No que posso, no que não posso. Vem minh?alma pra perto de mim.. e eu estou aqui.

Tanto esperei por te-la. As eternidades sempre lhe acho. Não lhe achei tarde.

Temos tanto ainda a rir, tanto a ser, tanto a amar.

Não me negues tua face, teus trejeitos e jeitos. Não me negue o que tenho, o que sou.

Te quero como querem os loucos, te amo como amam os pais e filhos, os namorados e os maridos. Te quero bem, meu bem. Venha perto, deixe me sentir vivo, amado, querido, me deixa te amar, expressar você.

Teus olhos são meus faróis na noite pescada, roubada pela escuridão. É neles que posso me perder e me achar. Neles vejo as folhas, vejo os frutos, vejo o gosto, vejo tudo.

Neles posso navegar no infinito sem morrer afogado, pois sei que certamente me salvarás.

Tua boca me chama por ortografias e visões. Me convidam a morder como quem beija, voraz, veraz, manso, calmo, ameno. Boca que sabes o tamanho, a profundidade e o gosto. Minha mulher, meu e teu corpo, me comporto. Como te desejo pra mim, é tudo que quero, anseia meu corpo por algo mais que corpo.

Permito tomar o teu lugar, tudo é meu, tudo é nosso, tudo é teu.

Para os abraços no frio, deixa-me te envolver apertado no acalanto dos ventos, nas matas altas que nos cercam, há apenas pouco espaço pra nós. só cabe nós, a cena é tua.

Não sei comparar te por nada ter tido como tu. Tenho medo da tua volta.

A ti, acordo do tempo, me perco no tempo, me lanço no mundo, sem medo. Me dás a certeza que sou real. É meu porto que é minha. É minha estrela, a do príncipe Arthur. Não sei mais quem é quem. Me perdi na razão e emoção, no querer e não ter, me perdi aqui. Foram se as balanças que comprei, as pedras me levaram, os pratos quebraram.

Minha pequena, menina. Meu motivo de Armany. Meu perfume favorito é o teu.

Se é pra ti, trago as cordas, os acordes, sopa de mar, chá de sereno.

Que tanta distancias quando estamos tão próximos. Subo e elevo meus olhos aos montes para lhe responde-la, pra lhe chamar pra jantar.

Que intensidade dos fatos, dos sentimentos, que fatalidade!

Conto de fada impossível, eu sei. Que viagens astrais ..nem sei mais quando estou em meu inconsciente, ou consciente, ou subconsciente..tudo é da mesma maneira quando acordo ou quando durmo. Estas sempre aqui, dentro de mim por pertencer.

Com jeito, dobro teus cabelos místicos, quero meu espaço em ti.

Teu sorrisso me faz tão bem, me fazes sorrir quando ri.

É corpo, é alma, é coração. É o poeta. Sou eu.

Me veja aqui, clamo por tua presença neste balão, vem pra tua casa, teu lar, teu doce lar. Vem pra teu lugar, vem voar, viagem de balão, balonismo, up fly, balão 36.



Autor: Sara Luz


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