Mães do Trafico



Mãe do Trafico
Vejo nos rostos das mães que vagam no caminho de incertezas
Incertezas estas que não se sabe se o amanhã existirá
Vagão nas veredas da escuridão do beco e das selas
Olhares baixos, cabeças curvadas.
Rostos marcados pela dor, mas recebe conforto e solidariedade das outras mães que se encontram na mesma situação.
Fazem parte do mundo escuro e solitário, pois muitas são abandonadas pelos maridos diante da situação.
Mais amanhã quem fará parte deste mundo escuro e solitário
Somos como ovelhas espalhadas no campo, não existindo neste mundo globalizado classe social, onde nossos filhos são a presa.
E como protegê-los diante da situação em que se encontra a sociedade.
Somos mães ignoradas pela sociedade e condenadas por muitos como fracassadas.
Já não choramos lagrimas e sim sangue, as que consegue escapar de ter que reconhecer seu filho numa rua qualquer ou num necrotério, Deus a benções.
Mais as que ficam e perde seus filhos que o senhor tenha misericórdia e conforte seus corações.
Pois vivem aparentemente conformadas externamente, mais internamente vivem em sofrimento, pois parte delas morre com o filho perdido, vivem como zumbi, tentando fugir dos olhares dos acusadores que suga sua pouca energia para continuar.
Senti-se como um leproso, cujo poucos se aproximam com medo de adquirir a doença, mais mal sabe ele que a doença está dentro de nós, pois já não vemos o próximo como a nós mesmo e não nós importamos ao vermos um corpo estendido no chão, afinal de conta não é ninguém da nossa família, temos costume de dizer se morreu mereceu, mais quem somos nós para dar tal veredito e o amanhã qual corpo estará ali.
Pense nisto, reflita e descongele o seu coração.


Autor: Emilia Raymundo De Souza


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