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Não sei se haverá esperança até o fim do fôlego, ou se a vida será capaz de responder todas as minhas indagações, sempre perco muito imaginando como as coisas serão no futuro, ou como foram no passado. Me pergunto se vale a pena tudo que faço ou se valerá um dia. São questionamentos simples, para uma mente "jovem", diria eu, poderiam e deveriam ser mais complexos, mas a incerteza de uma mente produtiva não é capaz de comprometer o cérebro assim, tão pretensiosamente.
Talvez as pessoas agradeçam um dia tal preocupação, se e somente se esta fizer alguma diferença em suas vidas e, isso, é banalmente compreensivel. É interessante notar que a realização de alguma melhoria sempre interessa a todos, até mesmo aos que se dizem não interessados, assim como também afeta a todos direta, ou indiretamente. E pensando melhor não somente uma melhoria, eu diria qualquer modificação. É claro que modificações drásticas interessam muito mais, assim como afetam muito mais.
A verdade é que é difícil compreender porque deveriamos pensar ou nos preocupar na modificação de algo se podemos viver perfeitamente sem ter que fazer nenhuma alteração. E essa é uma questão, no mínimo, intrigante. Afinal não há como tomar uma iniciativa sem que antes algo nos "incomode", e se nada nos incomoda continuamos a viver a velha e vulgar rotina. O desenvolvimento de uma idéia que a priori parece banal, pode se concretizar em algo fantástico, mas não é nada fácil chegar a uma "idéia com final brilhante", diria que muitas vezes não se chega, o que é bastante desanimador de um ponto de vista matemático. Contudo sem atribuir à matemática a falha "mecânica" de muitas dessas idéias, e voltando para o perfil modificador destas, podemos dizer que este é um fator considerável para a acomodação e conformidade das pessoas com a rotina. A falta de vontade de pensar em algo inovador, de pesquisar, de estudar, de formular teorias, de descobrir é também um fator que atenua este comportamento. Claro que não justifica o não desenvolvimento e digamos que se não justifica pelo menos explica.
Não acredito que as pessoas venham a mudar de comportamento assim de uma hora pra outra, ou que comecem a pensar de maneira diferente. Mas acredito que daqui há alguns anos comecem pelo menos a pensar mais, e eu realmente tenho esperança disso, só não sei até quando.
Autor: Rute Abreu


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