Dia do Amigo



Riqueza humana

Sou rico, não nego. Tenho muito, estou certo disso. Mas não falo de dinheiro, patrimônio, esses ouros de tolos. Refiro-me a meus amigos. Sou privilegiado. Aprendo com minhas amizades e tenho muito orgulho de cada uma delas. Costumo brincar com os colegas dizendo-lhes que o importante não é saber, mas ter o telefone de quem sabe. Quando tenho dúvidas sobre informática, pergunto a Wesley Julliate. Com o historiador Augusto, aprendo que há História na Literatura e Literatura na História. Com o geógrafo Adilson, aprendo que vivemos na era da favelização das mentalidades, ou seja, pobreza de espírito. Também com Adilson descubro a Síndrome do Colonialismo, essa mania de se valorizar o que é de fora. Isso vem dos tempos em que tudo de bom estava na metrópole, e não na colônia. Com o jornalista e poeta Ronald, vivencio que a poesia não tem interpretação intelecto-evolutiva. Do amigo-irmão Júlio Campos, recebo mensagens poéticas de grande sapiência, da mesma forma que recebo de Botelho reflexões sobre as coisas boas da vida, além de com ele desfrutar aquele indescritível pescoço de peru. Para debates sobre o PT, convivo com provocações do biólogo Geraldo. A garagem do professor Heider é lugar de atualidades. Quando tenho dúvidas acerca da Língua Inglesa, minha esposa, a Enfermeira Virgínia, eu vivo a partir dela e de minhas filhas Sofia e Alice, está sempre pronta a me socorrer. Já tive o teacher Jailson a meu lado, porém quis o destino que ele não envelhecesse. Mas, se as dúvidas de inglês persistirem, o amigo Saulo Andreon pode ser contatado. Se o assunto é política, o professor Rogério Cipriano tem sempre uma provocação crítica, aguçada, que incomoda e enriquece. O escritor Rogério Rezende, de talento inconteste, autor do clássico A República do Tacape, que li, reli e recomendo, provoca-me dizendo que há muita cerveja na intelectualidade brasileira. Para entender a conjuntura política, Dudé está sempre mais atento que todos. Se o assunto é ligado a aplicações financeiras, tenho, ao meu lado, o grande amigo Everaldo do Banestes, Ex- Presidente da Associação de Moradores de Santa Fé, assim como eu. O companheiro Helder explica que loteamentos irregulares eram os principais problemas de Cariacica. Do professor José Augusto Carvalho, recebo lições de Português, e com as colunas de Fábio Flores aprendo mais sobre educação e cultura. Com Braguínia, dialogo sobre questões da Língua Portuguesa e do Ifes. Para os momentos de culinária e lazer, desfruto a amizade alegre de Elzinho. No bar do Vítor, grande amigo, saboreio o Feijão com Tudo Dentro. O Churrasquinho do Germano, no Bar do Adilson, me põe em contato com os prazeres da carne. No Recanto das Garças, o amigo Jânio mostra o que é atendimento VIP (Very Important People). Na Pizzamore, o amigo Samuel, além de excelente Pizza Portuguesa, tem sempre uma boa notícia sobre a Casa de Apoio. Que bela feijoada! Tão boa quanto à do Chico. Na quarta Mequetrefe, os amigos, liderados por Fabinho Medina e Mezenga, tecem comentários acerca de tudo e de todos, sobre todas as coisas. Quando o assunto é Pedagogia, conto com o Diretor Márcio Villela e com meus pedagogos Gláucio Motta, Marcia Celante e Cida. Se o assunto é obra em minha casa, tenho o primo Milte e o amigo Edinho de prontidão. Se precisar de grade, o vizinho Reinaldo não me deixa na mão. Com meus vizinhos Douglas e Danúbia, compartilho festas e moquecas na casa do Adilson. É o Júnior quem cuida de meu carro, e é Valfrido, amigo desde o ensino fundamental, que cuida de minha moto. Meu sobrinho Felipe lava meu carro. Para ser provocado politicamente nos encontros familiares, não abro mão do Tio José Onofre, Ex-Prefeito de Venda Nova do Imigrante. Isso segue sempre acompanhado da alegria do Tio Noé. A Tia Catharina dá exemplos de solidariedade que falam mais que palavras. O apartamento de Meaípe é nosso, e a casa de Campinho também. Barcelos tem sempre uma leitura nova a apresentar. Para uma palavra de Paz, o Tio Valdir, pastor, esteve sempre presente em minha vida. Felizmente, os amigos estão também na família. O sítio do Pr. Cleber é maravilhoso, e Eliezer é fera na cozinha e no churrasco. A casa de Setiba é histórica: obrigado, "Seu Adelson". Como não pode faltar um vascaíno, o Paulinho sempre aparece. O tio Zé Luciano me passa a importância da Psicologia, em todas as festas, e não são poucas, felizmente. Outro grande amigo é Gerson, das muitas peladas no campo de Espírito-Santense, campo este que precisa de mais atenção da PMC, por sua história em Cariacica. Está de parabéns o amigo Zequita, que não deixou essa história ser apagada. Em se tratando de futebol e amizade, o mestre Tainha é um amor de pessoa. Como pode perceber o amigo leitor, sou privilegiado e tenho certeza de que todos podem ter amigos. Basta querer. Não posso citar todos, mas não posso deixar de citar minha mãe, D. Geni, porque é ela grande amiga, presente em tudo que me envolve. Outra de que não posso me esquecer é a tia Irene, que cuida de mim como minha mãe, assim como também o faz minha querida sogra, D. Léa. Além disso, existem meus livros, cheios de amigos-poetas-cientistas que me acompanham. Escrevi este texto no dia vinte de Julho, Dia do Amigo, porque a amizade deve ser considerada a maior riqueza de um homem. Que todos valorizem seus amigos e celebrem a vida ao lado deles, esquecendo essa bobagem de que na vida fazemos poucos amigos, porque, se soubermos agir, descobriremos que somos interdependentes e buscaremos amizade em tudo aquilo que nos envolve, em todas as nossas relações sociais, e assim a vida será muito melhor! É por isso que o renomado escritor inglês Shakespeare escreveu: "Depois de algum tempo, você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida".

Jean Carlos Neris de Paula




Autor: Jean Carlos Neris De Paula


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