UNIÃO HOMOAFETIVA
O STF reconheceu a união entre duas pessoas do mesmo sexo como capaz de gerar uma família, demonstrando que o Brasil, ainda que perdido no desmazelo de sua classe política, deseja a felicidade de todos.
Embora essa última assertiva pareça conceitual, é melhor acreditar no que é bom e justo.
E, passados esses momentos de satisfação com a cidadania plena, oferecidos os cumprimentos àqueles e àquelas que, durante anos, lutaram para que isso se tornasse real, só nos resta desejar que a comunidade, ora beneficiada, não venha a esquecer os tempos de chumbo até então vividos, e a demonstração dessa memória constante será o bom uso desse direito.
Assim, que a possibilidade de ter uma família, não seja encarada apenas como vitória, mas a oportunidade real de unir pessoas por amor.
As leis não exigem amor para a formação da família, falando apenas em união estável, decorrente do casamento legal de homem e mulher, da convivência prolongada, etc.
No momento em que se reconheceu a união homoafetiva, por seu próprio nome, o amor passou a ter a importância que sempre deveria ter tido, pois uma família sem amor é apenas um grupo de pessoas que têm afinidades de nome e interesses.
Que as famílias geradas por essas uniões venham demonstrar o quanto foi justa a decisão do Supremo. Que sejam alegres (gays), solidárias e decentes, e não se deixem contaminar pelos desacertos presentes nas famílias até hoje existentes e consideradas legais, apenas por representarem a união de pessoas de sexos diferentes.
Que suas casas sejam lares, onde habite uma felicidade tão escancarada, que possa transformar a história, curando as feridas resultantes dos tempos de anonimato e solidão.
Autor: Suely Fassio
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