O Sítio do meu pai



O sítio do meu pai
Meu pai tem um sítio onde as plantações já estão todas adultas. A sombra da goiabeira cobre todo meu rosto. A bananeira cresceu tanto que tem até dois cachos. O galinheiro, tá cheio de pintinhos amarelo. O caminho que passava pra ver as flores da minha mãe, mal cabe meus pés. Mas mesmo assim conseguir passar do outro lado pra ver o colorido da borboleta mais bela. Com olhar brilhante, parecem os olhos da tita, quando sua mãe enfeita seus cabelos com fita rosa. Do outro lado dava para ver os abacaxis enfileirados. Aposto que a minha professora ia adorar ver todos quietos. Descendo a ribanceira, quase cair com os ruídos dos peixinhos brincando de pega, pega. Sabe, devia ser assim na minha escola: cada cantinho devia ter um peixinho no rio, uma borboleta colorida junto com o jardim da minha mãe. Quando chegar à minha escola, contarei pra minha professora, quem sabe ela decide mudar em frente o sítio do meu pai! Quem deve gostar dessa estória é o Juca. Coitado, sofre tanto com o calor que perde o fôlego. Bem que a professora uma vez ou outra, abre a porta da sala pra entrar o ar... RS. To lembrando da dona flora a varredeira da escola, não para coitada parece que está sempre de bem com a vida. Sabe que ela se parece com as formigas do pé de abacateiro!Olha só quem está deitado do lado da porteira de saída: meu cachorro pitoco. Tem o Jeitão do seu Fernando o porteiro da minha escola: sempre cansado e quieto. Aposto que ele ia adorar está por estas pandas do sítio do meu pai. Ele tem um jeito de quem gosta de pescar bagre... RS. Não posso esquecer de passar no carreador que fica ao lado casa do Tonho. Ele levanta cedo pra deixar o leito na estrada de quem vai pra cidade. É lá o lugar mais bonito que existe. Na entrada do carreador, há varias árvores gigantes com os ninhos dos pássaros pendurado parecendo enfeite de natal. Acho que deus brincou neste carreador! É meu santuário como diz a minha mãe... Os pássaros cantam sem importar com o tempo. Vontade de ficar por aqui, mas tá vendo um tempo de chuva! Tenho que atravessar...

Autor: Enazilde Pinheiro Machado


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