INTERESSSES CULTURAIS DO LAZER E EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA RELAÇÃO SIMBIÓTICA NO CONTEXTO ESCOLAR DO ENSINO FUNDAMENTAL II DA ZONA NORTE DE NATAL/RN



INTERESSSES CULTURAIS DO LAZER E EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA RELAÇÃO SIMBIÓTICA NO CONTEXTO ESCOLAR DO ENSINO FUNDAMENTAL II DA ZONA NORTE DE NATAL/RN


Alenuska Glícia de Lima Silva
Salete Gonçalves


RESUMO
O presente estudo buscou investigar como os interesses culturais do lazer estão inseridos nas aulas de Educação Física pelos docentes do Ensino Fundamental II da zona norte da cidade do Natal ? RN. Para isso, averiguou-se como/ se estes conteúdos estão sendo desenvolvidos nas aulas em questão e como o lazer está presente na formação e qualificação destes profissionais. A pesquisa teve caráter exploratório e qualitativo, como método utilizado foi feito um levantamento bibliográfico e pesquisa de campo. Constatou-se que a realidade e as perspectivas nas aulas de educação física em relação ao conteúdo do lazer estão ainda muito precárias, os profissionais não estão qualificados no assunto, seja por falta de capacitação, seja por falta de interesse em eleger em suas práticas algo inovador. Pode ser percebido que enquanto capacitação na área inerente ao conhecimento do lazer, os profissionais apresentam-se inexperientes quando o assunto é atividade lúdica, ressaltando o aspecto do conhecimento das técnicas, neglicenciando as inúmeras possibilidades que este conhecimento pode proporcionar.


Palavras ? chave: Escola. Educação Física. Interesses culturais do Lazer.


INTRODUÇÃO
A tradição nas aulas de Educação Física é que as atividades recreativas devem ser propostas até o primeiro ciclo do Ensino Fundamental, já a prática esportiva é orientada a partir do segundo ciclo até o Ensino Médio (BRACHT 1992; VAZ 2005). Sendo observadas poucas ações inovadoras, principalmente no universo lúdico, que despertem um maior interesse na prática da atividade desempenhada.
O papel do profissional desta área é trabalhar com um conjunto de vivências planejadas com intencionalidade, onde o aluno é co-participante ou participante ativo na construção das atividades propostas. Possibilitando a manifestação de diferentes interesses culturais, promovendo novos olhares e saberes, bem como explorando os inúmeros significados dessa experiência, ter-se-ia um instrumento de ensino eficiente e eficaz. Nessa perspectiva, o docente poderia utilizar a animação cultural:

Assim entre as possibilidades que contribuem no processo de intervenção educacional estão: a busca de novas formas de encarar a realidade social, direta ou indiretamente, oferecidas pelo acesso a novas linguagens culturais; a percepção da necessidade de consumo e participação direta nos momentos de lazer; a recuperação dos bens culturais destruídos ou em processo de degradação em resultado da ação da indústria cultural; e a própria humanização do indivíduo, que passa a se entender como agente e não apenas como paciente do processo social (MELO e ALVES JÚNIOR, 2003, p.52).

Logo, a utilização de atividades lúdicas nas escolas, pode contribuir para uma melhoria nos resultados obtidos pelos alunos, essas vivências seriam mediadoras de avanços e contribuiriam para tornar a sala de aula e/ou os espaços destinados as atividades da educação física um ambiente favorável à aprendizagem.
Com isso, as experiências lúdicas são reconhecidas como elementos significativos que podem contribuir para a compreensão de um novo mundo social, possibilitando intervenções sócio ? educativas, um espaço sugestivo para alterações de valores, de condutas e atitudes.
De acordo com este cenário, a Educação Física deve proporcionar ao aluno conhecimento sobre a cultura corporal de movimento, que implicam compreensão, reflexão e análise crítica da consciência corporal com um todo. A compreensão e futura assimilação desses conhecimentos deverão ocorrer em relação às vivências das atividades corporais com objetivos veiculados ao lazer, saúde, bem estar, expressão de sentimentos, entre outros. Esta meta deve ser atingida por todos os alunos, pois permitirá uma maior autonomia no usufruto das formas culturais de movimento, de uma maneira geral.
Ao tratar - se dos estudos do lazer é preciso, a priori, se fazer uma distinção entre abordagens diretas e indiretas. A abordagem indireta do lazer verifica-se, pelo menos, em duas situações: a primeira, quando o foco principal de análise é um de seus conteúdos culturais, ou seja, ao analisar as atividades artísticas ou práticas, como físico - desportivas, os autores freqüentemente abordam conteúdos ou situações de lazer; a segunda, quando o foco principal de análise é caracterizado por componentes de obrigação, como, por exemplo, as relações familiares, o trabalho escolar e, sobretudo, o profissional (MARCELLINO, 1998, p.19-20). A abordagem direta do lazer verifica-se quando ele é enfocado com base na sua especificidade (MARCELLINO 1998, p.14).
Com isso, o lazer pode estar inserido nas aulas de educação física correspondendo à relação ecológica simbiótica, onde trará resultados positivos que envolverão outros interesses culturais também, promovendo maior autonomia e socialização entre os discentes. Já que numa relação oposta (predatória), quando um se sobrepõe ao outro, onde haveria uma quebra naquela relação, no caso da Educação Física tradicional, que investe apenas no esporte, técnicas, promove uma desmotivação no alunado, e se formos ao extremo do lazer, na verdade da recreação (concebendo apenas o recreare enquanto reprodução) que também perde o seu sentido.
Diante desse cenário, como os interesses culturais do lazer estão inseridos nas aulas de educação física pelos docentes do Ensino Fundamental II da Zona Norte da cidade do Natal ? RN?
Para isso o objetivo geral desse estudo é investigar como os interesses culturais do lazer estão inseridos nas aulas de Educação Física pelos docentes do Ensino Fundamental II da Zona Norte da cidade do Natal ? RN. E como objetivos específicos:
? Diagnosticar a realidade e perspectivas das aulas de Educação Física nas escolas pesquisadas;
? Averiguar como/ se os interesses culturais do lazer estão sendo desenvolvidos nas aulas em questão;
? Verificar como os conteúdos culturais do lazer, a recreação e animação sociocultural estão presentes na formação e (re) qualificação desses profissionais.
Buscando atingir tais objetivos, os procedimentos metodológicos caracterizaram-se através de uma pesquisa de caráter exploratório, descritivo qualitativo, pois procura aprimorar idéias ou descobrir intuições, os atores não são passivos e sim, atuantes indispensáveis no desenvolver das atividades (DENCKER, 1998).
Neste estudo, o instrumento de pesquisa escolhido para a coleta de dados foi o formulário com perguntas semi-estruturadas direcionadas aos professores de educação física. O universo são os profissionais de educação física que atuam no Ensino Fundamental II da Zona Norte da cidade do Natal/RN e a amostra será de forma aletória não probabilística por acesso, foram entrevistados 16 docentes da zona em questão englobando escolasmunicipais e particulares.
O motivo pelo qual se optou por esta temática, foi para tentar compreender a relação entre o lazer e a educação física escolar e buscar respostas no tocante à forma como os profissionais que atuam nessa área planejam suas aulas. Acredita-se que numa perspectiva lúdica, onde os alunos poderiam assimilar melhor os conteúdos passados durante as aulas, sem priorizar as informações técnicas e mecanicistas que ainda permanecem em vigência em algumas escolas.

REVISÃO LITERÁRIA
Perpassando pelos conceitos, conteúdos e educação do lazer
O lazer se refere a uma área específica da experiência humana com benefícios próprios, incluindo liberdade de escolha, criatividade, satisfação, diversão e busca pelo prazer. Engloba formas abrangentes de expressão e de atividades cujos elementos são tanto de natureza física quanto intelectual, social, manual ou artística, conforme Dumazedier (1976):

O lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais. (DUMAZEDIER, 1976, p.34)

Dessa forma, constitui um meio privilegiado para o desenvolvimento pessoal e social, constituindo um aspecto importante de qualidade de vida. Por outro lado também é considerado um produto cultural e industrial que gera empregos, bens e serviços. Fatores políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais podem interferir nas vivências do lazer.
Além desses aspectos, o lazer promove a saúde e o bem - estar oferecendo variedade de oportunidades que possibilitam aos indivíduos e grupos escolherem atividades e/ou experiências que se adequem às suas próprias necessidades, interesses ou preferências. Pode-se dizer que as pessoas atingem seu pleno potencial quando estão envolvidas nas decisões que determinam as condições de seu lazer. É importante também ressaltar que essa melhoria também depende de ações conjuntas assistidas por políticas públicas que engloba saúde, habitação, alimentação e educação.
Quando se pensa em interesses do lazer, remete-se à classificação de Dumazedier (1976), que coloca como sendo interesses artísticos, aqueles ligados as festas tradicionais, cinema, teatro, música, ficção e as artes plásticas; já os interesses intelectuais estão intimamente ligados ao intelecto, leitura e ao conhecimento vivido; os interesses físicos estão relacionados às atividades que demandam esforço físico, movimento e cultura do corpo; os interesses manuais, ligados à capacidade de transformar objetos, como artesanato, bricolagem, jardinagem e artesanato; e os interesses sociais, nos quais há a troca relações humanas, os relacionamentos interpessoais, a busca de divertimento e informação através dos pares.
Complementando esses interesses, Camargo (1992) inseriu os turísticos que são definidos como uma relação direta a viagens, mudança de ambiente, a curiosidade de conhecer novos lugares, espaços, ter acesso a história de determinadas regiões. Recentemente, os interesses virtuais que demandam todos os jogos e estruturas virtuais que a internet pode proporcionar foram inseridos por Schwartz (2000; 2001).
Vale salientar que nenhum desses interesses se manifesta sozinho, eles atuam em conjunto, apenas alguns se sobressaem notadamente, porém outros também estarão presente em menor grau.
Sabe-se das possibilidades que o lazer pode oferecer aos seus praticantes e que o mesmo pode promover desenvolvimento, nessa perspectiva Marcellino (1990) esclarece que na relação lazer ? educação, o lazer propicia mudanças nos indivíduos que poderá refletir em suas escolhas, ações, no seu modo de ver e intervir no mundo, contribuindo para o desenvolvimento e transformação das pessoas e da sociedade. Mas também, este autor faz um alerta da utilização do lazer como manutenção da ordem e poder de alienação.
A educação para o lazer deve ser adaptada às necessidades locais e às exigências das determinadas regiões, levando-se em conta os vários e diferentes sistemas sociais, culturais e econômicos. Esse processo corresponde a um aprendizado contínuo que engloba o desenvolvimento de atitudes, valores, conhecimentos, recursos de lazer, entre outros. Os sistemas de ensino formais e informais se posicionam de forma central para implementação da educação para o lazer, incentivando e facilitando o envolvimento do cidadão no processo.
Além dessas questões, os estudiosos colocam que é preciso somar esforços, procurar vencer as barreiras sociais e culturais que restringem a prática do lazer a uma elite social que se preocupa com a acumulação de bens materiais e visualiza o lazer apenas como produto de consumo:
Deve-se educar "para o lazer", aproveitando o potencial das atividades vivenciadas no "tempo disponível", acelerando o processo de mudança que possibilitará a instalação de uma nova ordem no plano cultural e social ? chamada Revolução Cultural do Lazer. As atividades de lazer podem constituir um dos canais possíveis de transformação cultural e moral da sociedade; o lazer pode modificar a realidade de uma casa, rua, bairro, tem a capacidade de transformar o cotidiano em um ambiente onde se possa aproveitar e desfrutar dos benefícios que mesmo pode oferecer contribuindo para a qualidade de vida. (TRINDADE, 2006, p. 87).

É importante focalizar a educação para o lazer, onde os educadores deverão estar atentos para esta questão, procurar aproveitar o máximo das potencialidades do indivíduo, sensibilizando ? o para o seu desenvolvimento interpessoal, intelectual que busque o aprimoramento do conhecimento através das vivências de lazer.
No que concerne ao lazer enquanto veículo de educação, Marcellino (1990) afirma que as atividades de lazer proporcionam o desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos, segundo ele, no âmbito educacional supera ? se a visão utilitarista ou salvadora, oferecendo mais oportunidades para estimulação da criatividade e da criticidade diante de atais experiências, mostrando também outras possibilidades de ações culturais.

O lúdico no universo do lazer e da educação física: uma possibilidade
O lúdico perpassa a cultura humana, uma vez que até os animais brincam (HUIZINGA, 1971). Para este autor o lúdico significa "ilusão, simulação", então podemos dizer, ao destacar assim o objeto lúdico, a criança está se destacando, isto é, simulando outro mundo que é somente dela, distanciando-se do mundo dos adultos, onde ela pode exercer sua "soberania". No jogo, a criança cresce, liberando-se do domínio sob o qual ela era nada mais que um submisso e como se sente pequena, tenta se realizar no seu mundo lúdico, evadir-se.
Marcellino (1990) aprofunda essa discussão ao entender que o lúdico significa uma prática pedagógica que relaciona a necessidade de trabalhar para a mudança do futuro através da ação do presente, sem negar ou abrir mão do prazer (...) e de modo específico, com relação ao início do processo de escolarização, isso significa respeito ao conteúdo e à forma de cultura da criança. Logo, podemos perceber que o lúdico apresenta uma concepção teórica profunda e uma concepção prática, atuante e concreta.
No tocante ao ensino da Educação Física no Brasil e o elemento lúdico existem cinco tendências: a Higienista (1930); a Militarista (1930-1945); a Pedagogicista (1945-1964); a Competitivista (pós 64) e, finalmente a Popular. (GHIRALDELLI JR, 1989). Todas elas convergem para uma mecanização no universo da recreação, o que traz as reproduções à tona, o lazer concebido como conjunto de técnicas, tal como um livro de receitas.
Gerando um quadro de dificuldades e incertezas na apresentação de propostas metodológicas da área da Educação Física. Nos últimos anos, procurou-se criar estratégias e apresentar novas formas reflexivas do entendimento e aplicação da Educação Física na escola. Logo, este esforço, observa-se que tem sido pequeno diante as dificuldades gerais que a área possui em relação ao entendimento de toda a comunidade sobre a disciplina em questão.
A crise de paradigmas interfere na escola, crescendo o desejo de participação nas decisões, trata-se de busca por novas formas de organização na escola, de modo a propiciar condições favoráveis ao trabalho criador do educando, respeitando sua fase de vida (QUEIROZ, 2008).
Deste modo, as diferentes abordagens sobre a prática lúdica no contexto escolar como alternativa de resgatar a alegria e o prazer de aprender poderão contribuir para ampliar os conhecimentos e possibilitar caminhos para um profissional mais dinâmico e reflexivo, capaz de atender às necessidades dos educandos, pois diariamente, o tempo e a história nos impõem à busca por novas práticas pedagógicas que auxiliem e facilitem o processo dinâmico que é a aprendizagem (QUEIROZ, 2008).
Segundo Macedo (2005), as atividades de educação física que são atribuídas às crianças no processo de ensino - aprendizagem gira em torno de três propostas: as oficinas de percurso lúdico motor, os circuitos, os jogos e brincadeiras. Denomina ? se oficinas de percurso lúdico motor os movimentos e brincadeiras exploratórias (saltar, correr, arremessar) desenvolvidas pelas próprias crianças que podem ocorrer tanto a nível individual como em pequenos ou grandes grupos. O objetivo destas vivências está intimamente ligado à autonomia e a escolha, para que o aluno possa desenvolver plenamente um percurso lúdico criador (MACEDO, 2005). Já os circuitos motores são as habilidades relacionadas com o deslocamento, o equilíbrio e a manipulação realizadas pelas crianças com diversos materiais, na intenção de repetir um trajeto previamente determinado. Por último, os jogos e brincadeiras são propostas lúdicas que através dos saltos, da locomoção, da velocidade, dos lançamentos, do equilíbrio, do ritmo, da coordenação e de outras diversas habilidades, permitem, entre vários fatores, o desenvolvimento do corpo e do movimento.
Logo, os profissionais envolvidos nesse processo necessitam desenvolver currículos e modelos de capacitação de recursos humanos convergentes com as necessidades do futuro, preparando estes profissionais para o desenvolvimento de novas abordagens na oferta de serviços do lazer, seja dentro ou fora do universo escolar.

PRINCIPAIS RESULTADOS
Os profissionais acreditam que o lazer é um fator importante na elaboração de um planejamento escolar, porém a procura por este aprofundamento se mostra quase que inexistente, uma vez que os profissionais não demonstraram interesse pelo tema. Quando indagados sobre quais interesses culturais são mais desenvolvidos nas suas aulas, os entrevistados apontaram o físico-desportivo, seguido pelos sociais e intelectuais, conforme pode ser obesrvado no gráfico 01.


Gráfico 01: Interesse preponderante nas aulas de educação física
Fonte: Pesquisa de campo (nov/2008)
No tocante a formação desses profissionais verificou-se primeiramente há quanto tempo o docente está formado e inserido no mercado de trabalho, logo em seguida também foi questionado sobre a reciclagem dos conhecimentos adquiridos pós-faculdade. Como resultado, identificou-se que a maioria formou-se entre 04 a 06 anos (conforme gráfico 02) e não possuem pós?graduação e os que ainda tem alguma qualificação, não remete-se ao aprimoramento do conhecimento do lazer, com isso mostra o difícil acesso a renovação por vivências que contemplem mais interesses culturais, remetendo?se apenas a recreação pela recreação, ocupação do tempo dos alunos sem fundamentação mais aprofundada, reproduzindo técnicas e obdecendo a receitas de bolos (BRACHT, 1992).

Gráfico o2: Tempo de formação
Fonte: Pesquisa de Campo (nov/2008)

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se concluir que as aulas de educação física em relação aos conteúdos culturais do Lazer estão ainda muito precárias, os profissionais não estão qualificados, seja por falta de capacitação, seja por falta de interesse a eleger em suas práticas algo de novo e de diferente, inovando com os outros interesses culturais do lazer.
Foi notório na observação das aulas a predominância do físico ? desportivo, interpretando-se que a prática de atividades físicas, se constitui em uma atividade que traz benefícios à saúde em termos gerais, além de ser um excelente artifício para a interação entre os alunos, talvez esta exclusividade ao interesse se seja por uma afinidade maior dos profissionais da área. E por último pôde também ser percebido que enquanto qualificação/capacitação/especialização nessa área, os profissionais de educação física se apresentam um pouco inexperiente quando o assunto é atividade lúdica ressaltando o aspecto do conhecimento do Lazer, quando refere-se a exploração de possibilidades que o conhecimento pode proporcionar.
Sugere-se que as universidades priorizem também disciplinas que contemplem este conhecimento e que o aluno enquanto graduando se empenhe no assunto, pois poderá ser uma excelente estratégia na elaboração de um planejamento inclusivo, onde todos, sem exceção, participem.

REFERÊNCIAS
BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992.

CAMARGO, L. O. C. O que é lazer. São Paulo: Brasiliense, 1992.

DENCKER, Ada de Freitas Maneti. Métodos e técnicas de pesquisa em turismo. São Paulo: Futura, 1998.

DUMAZEDIER, Joffre. Lazer e cultura popular. São Paulo: Perspectiva, 1976.

GHIRALDELLI JUNIOR. Paulo. Educação física progressista. São Paulo: Loyola, 1988.
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens. São Paulo: Perspectiva, 1971.
MACEDO, Lino, PETTY, Ana Lucia Sícoli. e PASSOS, Norimar Christe. Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 2005.

MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lazer e educação. 6 ed. Campinas: Papirus, 2000
______. Pedagogia da animação. 2 ed. Campinas: Papirus, 1998
________. Lazer e educação. Campinas: Papirus, 1990.
MELO, Vitor Andrade de e ALVES JÚNIOR, Edmundo de Drummond. Introdução ao Lazer. Barueri, São Paulo: Manole, 2003.
QUEIROZ. De S. Joristela. O lúdico no contexto escolar: um resgate ao prazer de aprender. Disponível em: http://www.partes.com.br/educacao/ludico.asp. Acesso em:15 mar 2008.
SCHWARTZ, Eda; NOGUEIRA, Vera Maria Ribeiro. Exclusão social: a desigualdade do século XX. Revista Ser Social. Brasília, n.6, p. 95-118, jan./jun., 2000-2001.

TRINDADE, D. C. Humanização Hospitalar: A contribuição do profissional de Lazer em instituições psiquiátricas. Disponível em: http://www.cefetrn.br/ojs/index.php/HOLOS/article/viewFile/90/94. Acesso em 05 jun 2008.

Autor: Alenuska Lima Silva


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