OBESIDADE EM ALUNOS DE 1º A 4º SÉRIE DA REDE DE ENSINO ESTADUAL DA CIDADE DE SANTA ROSA_ RS



UNIVERSIDADE DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
CAMPUS SANTA ROSA
DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

KELI ALEXANDRA DE OLIVEIRA GOETTEMS

OBESIDADE EM ALUNOS DE 1º A 4º SÉRIE DA REDE DE ENSINO ESTADUAL DA CIDADE DE SANTA ROSA_ RS


Santa Rosa/RS
2010
UNIVERSIDADE DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
CAMPUS SANTA ROSA
DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

KELI ALEXANDRA DE OLIVEIRA GOETTEMS

OBESIDADE EM ALUNOS DE 1º A 4º SÉRIE DA REDE DE ENSINO ESTADUAL DA CIDADE DE SANTA ROSA_ RS


Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel e Licenciado em Educação Física.
Orientador: Prof.Ms. Luiz Serafim de Mello Loi


















SANTA ROSA
2010
Keli Alexandra de Oliveira Goettems


Obesidade em alunos de 1º a 4º série da Rede de Ensino
Estadual da Cidade de Santa Rosa/RS





Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.




________________________________________________
Prof.Ms. Luiz Serafim de Mello Loi (Orientador)_ UNIJUI



________________________________________________
Cléia Inês Dornelles _ UNIJUI







Santa Rosa, RS, 2010.








































Dedico este estudo aos meus pais, pelo incentivo e carinho, a minha família pela paciência.
AGRADECIMENTOS


Agradeço a Deus por ter me dado vida, força e coragem para concluir mais uma etapa de minha vida, por ter colocado muitas pessoas especiais que me ajudaram a chegar até aqui e que sempre terão o meu carinho.
Agradeço a todos os professores em especial ao meu professor orientador, que sempre esteve disposto a me auxiliar, elogiando e criticando quando necessário e incentivando para que sempre aumente meus conhecimentos nesta caminha que agora se conclui, como sendo um dos passos de minha jornada profissional.
Agradeço aos meus pais que são o meu porto seguro, que sempre me ajudarão nos momentos difíceis e devo tudo a vocês. A minha linda filha Laura que me presenteou com sua vinda ao mundo, onde cada vez que olho para você, sinto que tudo que faço vale a pena porque tenho você meu grande amor.
Agradeço aos meus colegas pela convivência e as trocas de experiências, em especial a minha amiga que sempre me ajudou dividindo as dores, angústias e muitas outras dificuldades que enfrentamos juntas durante esta trajetória.


RESUMO


Palavras_Chaves: Obesidade, Sobrepeso, Atividade Física, Obesidade Infantil.

A obesidade infantil é um problema em constante crescimento no mundo todo, problema este muito preocupante, pois além de prejudicar esteticamente pode trazer muitas doenças e problemas de saúde. Este trabalho teve por finalidade analisar o índice de sobrepeso e obesidade em alunos de 1º a 4º série da rede estadual da cidade de Santa Rosa/RS. A amostra constou 183 crianças com idade de 6 a 14 anos. A metodologia utilizada foi de natureza descritiva com informações, de referências bibliográficas caracterizando-se como de campo, sendo qualitativa e quantitativa. Utilizou-se para a análise o Índice de Massa Corporal (IMC) e a freqüência percentual para apresentação dos resultados. Após a análise dos dados conclui-se que o maior percentual do total de alunos das escolas pesquisadas encontram-se, com sobrepeso e obesidade.

ABSTRACT

Words_ Keys: Obesity, Overweight, Physical Activity, Childhood Obesity.


Childhood obesity is a problem in growing worldwide problem which is very worrying, because in addition to aesthetic damage can bring many diseases and health problems. This paper aims at examining the rate of overweight and obesity among students from 1st to 4th grade from the state of Santa Rosa / RS. The sample comprised 183 children aged 6 to 14 years. The methodology was descriptive in nature with information, references characterizing the field, being qualitatively and quantitatively. It was used to analyze the Body Mass Index (BMI) and percentage frequency for presentation of results. After analyzing the data it is concluded that the highest percentage of total students of the schools surveyed are overweight, and obesity.

LISTA DE QUADROS


QUADRO 1_ Tabela Valores Normais e Alterados de Índice de Massa Corporal
QUADRO 2_ Tabela estatura relacionada à idade

LISTA DE GRÁFICOS


GRÁFICO 1: Alunos em relação ao sexo
GRÁFICO 2: Alunos de alunos por série da escola A
GRÁFICO 3: Alunos de alunos por série da escola B
GRÁFICO 4: Idade dos alunos das escolas A e B
GRÁFICO 5: Alunos em relação ao peso
GRÁFICO 6 : Índice de IMC extratificado pelo sexo: masculino
GRÁFICO 7: Índice de IMC extratificado pelo sexo: feminino

LISTA DE ANEXOS


ANEXO I: Questionário para os pais
ANEXO II: Tabela de coleta de dados

SUMÁRIO



INTRODUÇÃO 12
1. OBESIDADE 13
2. OBESIDADE PEDIATRICA 15
3. CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE OBESIDADE DA CRIANÇA CONFORME O PESO E A IDADE 17
4. FATORESQUE LEVAM A OBESIDADE 19
5. CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE NA INFÂNCIA 21
6. PREVENÇÃO DA OBESIDADE NA INFANCIA 23
7. PRINCIPIOS BÁSICOS PARA O INICIO DA ATIVIDADE FISICA 27
8. O MELHOR EXERCICIO FISICO PARA PERDER PESO 29
9. TRATAMENTO 30
10. METODOLOGIA 32
10.1 POPULAÇÃO 32
10.2 AMOSTRA 32
10.3 VÁRIAVEIS PESQUISADAS. 32
10.4 INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS 32
10.5 ANALISE DOS DADOS 33
11. ANALISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 34
11.1 ANALISE DO QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PAIS 41
12. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES 43
REFERÊNCIAS 44
ANEXOS 45
ANEXO I: Questionário para os pais 45
ANEXO II: Tabela coleta de dados 46


INTRODUÇÃO


A obesidade pode ser considerada conceituada de maneira simplificada, como uma condição de acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo, fazendo com que haja um comprometimento à saúde. O grau de excesso de gordura, suas conseqüências para a saúde varia de individuo para individuo e é importante identificá-la, uma vez que os indivíduos obesos apresentam riscos que aumentam a morbidade e a mortalidade.
A obesidade está aumentando a cada ano, incluindo crianças. Estima-se que 10% das crianças já estão acima do peso (Sanner, s/d). A obesidade pediátrica está associada a vários riscos para o desenvolvimento futuro de doenças cardiovasculares e doenças crônicas. Existem fatores genéticos envolvidos nas causas da obesidade, o meio ambiente, os fatores culturais e sociais, a ingestão de alimentos com alto valor calórico, a diminuição da atividade física, a estrutura familiar e os fatores econômicos.
Esta pesquisa descritiva teve como objetivo verificar o grau de adiposidade de crianças de 6 a 14 anos de idade, dentro de duas escolas da rede estadual localizadas nesta cidade, devido ao aumento da obesidade em crianças, buscando assim mais conhecimentos sobre o assunto.
O presente estudo apresenta na primeira parte a revisão de literatura referente à obesidade, fatores que levam a obesidade, causas e conseqüências e a prevenção da obesidade infantil. Na segunda parte apresenta-se a metodologia utilizada, os sujeitos da pesquisa, os procedimentos e a análise dos dados coletados, após apresenta-se as conclusões.

1. OBESIDADE


Obesidade, segundo Barbosa (2004) refere-se à condição na qual o individuo apresenta uma quantidade excessiva de gordura corporal. O aumento do peso corporal é um reflexo de acúmulo de gordura em excesso no tecido adiposo, mas não significa que a pessoa esteja obesa.
Os fatores para o aparecimento da obesidade podem variar de acordo com o sexo, idade e aspectos culturais, como o causado pela ingestão de alimentos em quantidades elevadas, maiores que as que podem ser utilizadas para obtenção de energia pelo organismo, ou ainda fatores metabólicos, cuja prevalência tem atingido níveis de uma doença epidêmica (SÉRES et al. 2003).
A obesidade tem uma grande relação com doenças metabólicas, especialmente em indivíduos caracterizados por um excesso de tecido adiposo visceral. Por esse motivo, um indivíduo obeso possui uma maior predisposição para outras alterações metabólicas. As doenças que mais se relacionam com o excesso de gordura corporal são as doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes mellitus tipo II, osteoartrite, hipercolesterolemia, doença pulmonar obstrutiva crônica e ainda alguns tipos de câncer (DYWER et al., 1998; HILL et al., 2005; HOUTCOOPER et al., 1992; SÉRES et al., 2003).
Essa relação da obesidade com doenças crônico-degenerativas, pessoas que apresentam duas ou mais doenças são chamadas portadoras da Síndrome Metabólica (ou Síndrome Pluri-metabólica), também conhecida como Síndrome "X" (HILL, 2005; SÉRES, 2003; CHOPRA, 2002).
Por isso, é fundamental detectar esse excesso de massa gorda o mais precocemente possível, para que se inicie um processo de intervenção com o objetivo de evitar a instalação das complicações da doença (SILVA et al, 2003). Quanto mais tarde é feita a detecção, mais difícil será a reversão do quadro. Uma maneira de executar a reversão é através de tratamentos para sobrepeso e obesidade pediátrica, que podem ser realizados individualmente ou em grupo, trazendo resultados satisfatórios nas mudanças de hábitos e, conseqüentemente, na massa corporal total e de gordura corporal (MELLO et al., 2004). Quando não é feita essa intervenção, a tendência é que as complicações orgânicas comecem a ocorrer precocemente, e uma vez instalada, tende a permanecer ao longo da vida, sendo que a presença na infância aumenta o risco de sua persistência (POWER et al., 1997; WHITAKER et al., 1997).
Existem contribuições comportamentais, como estilo de vida e aspectos fisiológicos no desenvolvimento e na manutenção desta doença, dificultando assim identificar as potencialidades de cada uma.
A obesidade pode ser classificada em dois grandes contextos: exógena ou endógena.
Exógena: decorrente de um desequilíbrio entre ingestão alimentar e gasto calórico. Influenciada por fatores externos de origem comportamental, dietética e ou ambiental, os quais representam 95% à 98% ou mais dos casos (alimentação, estresse, inatividade física) (ESCRIVÃO, et al. 2000 apud ANDRADE, 1998).
Fatores Endógenos: a obesidade endógena, apresenta apenas algo em torno de 2% a 5% de causa relacionada a síndromes genéticas, tumores ou distúrbios endócrinos (ESCRIVÃO, et al., 2000 apud ANDRADE, 1998).
Embora não tenha sido possível estabelecer a exata definição dos períodos críticos de desenvolvimento do tecido adiposo, dados retirados da literatura sugerem a existência de dois intervalos muito importantes na adiposidade humana. O primeiro período se estende do nascimento até por volta de dois anos de idade. Já o segundo ocorre no período púbere, aproximadamente entre dez e 16 anos.

2. OBESIDADE PEDIATRICA


O excesso de gordura corporal precoce predispõe às mais variadas complicações, pois além da discriminação social, existem ainda os fatores orgânicos, relacionados às doenças futuras. Os fatores mais comuns para o estabelecimento da obesidade na infância, segundo Fisberg (1995), são o desmame precoce e a introdução de alimentos inadequados de desmame, emprego de fórmulas lácteas inadequadamente preparadas, distúrbios de comportamento alimentar e a inadequada relação familiar.
Alguns estudos foram realizados para analisar riscos de doenças em crianças e adolescentes obesos. O estudo de revisão realizado por Mello et al (2004) relatou que as complicações causadas pelo sobrepeso e obesidade pediátrica são tão graves como as ocorridas na idade adulta. Complicações articulares, cardiovasculares, de crescimento, endócrino-metabólicas e respiratórias são as principais, além do potencial risco de morte que existe nessa gravidade da doença.
A presença de familiares obesos, sobretudo os pais, é um fator determinante para a ocorrência do mesmo problema nos filhos, seja pela associação dos fatores genéticos aos ambientais, ou pela ingestão energética presente nos hábitos alimentares, o gasto energético decorrente do estilo de vida e toda a dinâmica familiar (NGUYER et al., 1996). A falta de uma vida fisicamente ativa dos pais serve de exemplo para que as crianças também possuam hábitos sedentários. Segundo Costa (2006), o risco de uma criança com os dois pais obesos se tornar obesa é maior em 80%; se um dos pais é obeso o risco é de 50%; e se nenhum dos pais é obeso, o risco é ainda menor, 10%.
De acordo com Martiniano e Moraes (2005) a obesidade infantil pode ocorrer em qualquer faixa econômica, pois a vida moderna tem criado condições para o desenvolvimento de obesidade em crianças. Existem alguns fatores que refletem o aumento de peso, desde a qualidade dos alimentos até o sedentarismo, que é um dos fatores que podem aumentar a prevalência da obesidade, bem como o tipo de atividade física que elas executam nos dias de hoje, na medida em que são impedidas de saírem de casa (por causa da violência) e, desta forma, deixam de correr nas praças, andar de bicicleta e participar de outras brincadeiras de boa atividade física interferindo diretamente no seu peso. Esse decréscimo na atividade física leva a um balanço energético desfavorável.
A família é o principal meio social de suporte ao controle e prevenção da obesidade na infância, oferta adequada de alimentos, estímulo ao lazer ativo, e controle de comportamentos como: comer depressa, comer diante da TV, refeições em horários não adequados, excesso de valorização dos alimentos, recompensas como doces, fast-food, podem ser evitados (DÂMASO; TOCK, 2005).
A Escola também pode ser encarada como um potencial responsável pelo controle e prevenção da obesidade devendo, portanto, criar estratégias nutricionais de atividade física que sejam adequadas ao controle e prevenção desta doença (DÂMASO e TOCK, 2005).
O interesse na prevenção também está na potencialidade enquanto fator de risco para as doenças crônico-degenerativas e mais recentemente pelo aparecimento de doenças como o diabetes mellitus tipo 2 em adolescentes obesos, antes predominante em adultos. Além disso, as intervenções em crianças principalmente antes dos 10 anos ou na adolescência, reduzem mais a severidade da doença do que as mesmas intervenções na idade adulta (LEÃO, et al., 2003).
Além de todos os problemas já citados, crianças obesas são freqüentemente discriminadas pelos amigos em seu ambiente escolar, levando ao isolamento e à inibição.
A obesidade infantil é um problema de saúde pública que preocupa cada vez mais, devido ao crescimento rápido de sua prevalência em muitos países e em todo mundo, o desenvolvimento de políticas e programas para melhorar a qualidade de vida da população deve ser prioridades para qualquer governo.

3. CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE OBESIDADE DA CRIANÇA CONFORME O PESO E A IDADE


O pediatra Viuniski (1999), classifica a obesidade quanto a intensidade, tipo de distribuição da gordura e causas ou etiologia. A obesidade infanto-juvenil pode ser graduada em:
? Sobrepeso: quando o peso ou IMC está entre o percentil 50 e 85 para o sexo, idade e altura. Geralmente melhora com o crescimento. É necessário o combate ao sedentarismo e um controle periódico.
? Obesidade leve: quando o peso ou IMC está entre o percentil 85 e 95 para o sexo, idade e altura. Já merece uma abordagem mais rigorosa. Devemos levar em conta outros fatores de risco, principalmente a presença de pais ou outros familiares obesos.
? Obesidade moderada: quando o peso ou IMC está acima do percentil 95 para o sexo, idade e altura, sem ultrapassar o percentil 140, e ainda não verificamos alterações clínicas ou laboratoriais. Esse paciente, juntamente com sua família, deve receber atendimento por terapeutas da obesidade capacitados para intervir nessa faixa etária.
? Obesidade grave, mórbida ou hiperobesidade: quando o peso ou IMC está com o percentil 95 para o sexo, idade e altura, associados à hipertensão, hipercolesterolemia, diabetes, alterações ortopédicas, psiquiátricas, respiratórias ou do sono, ou sempre que o peso ou IMC está acima do percentil 140 para o sexo, idade e altura.
Não é porque uma criança engordou alguns quilos que ela se tornou obesa. Para avaliar isso antes de tudo é preciso verificar a relação entre peso e estatura. Existem vários métodos que podem ser seguidos. Se a criança tem até 5 anos de idade utiliza-se a adequação do peso para a altura. Se a criança tem mais de 6 anos o calculo do IMC é feito com a seguinte equação:

P= peso
A= Estatura

Depois de encontrado o resultado do IMC, pode-se verificar o grau de obesidade na criança comparando-o com os valores constantes no quadro abaixo:
Meninos Meninas
Idade Normal Sobrepeso Obesidade Normal Sobrepeso Obesidade
6 14,5 >16,6 >18,0 14,3 >16,1 >17,4
7 15,0 >17,3 >19,1 14,9 >17,1 >18,9
8 15,6 >18,1 >20,3 15,6 >18,1 >20,3
9 16,1 >18,8 >21,4 16,3 >19,1 >21,7
10 16,7 >19,6 >22,6 17,0 >20,1 >23,2
11 17,2 >20,3 >23,7 17,6 >21,1 >24,5
12 17,8 >21,1 >24,8 18,3 >22,1 >25,9
13 18,5 >21,9 >25,9 18,9 >23,0 >27,0
14 19,2 >22,7 >26,9 19,3 >23,8 >27,9
15 19,9 >23,6 >27,7 19,6 >24,2 >28,5
16 20,6 >24,4 >28,5 20,0 >24,7 >29,1
17 21,1 >25,2 >29,3 20,3 >25,2 >29,3
18 21,4 >25,9 >30,0 20,5 >25,5 >30,0
Must, Dallal e Dietz, (1991).

É importante que os pais entendam que o problema da obesidade não ocorre do dia para a noite. Os pais poderão verificar se seus filhos estão obesos através do quadro abaixo, que demonstra a estatura relacionada com a idade da criança e o peso adequado segundo a estatura.
Estatura Idade Peso
87 cm 2 anos 12 Kg
1 m 4 anos 16 Kg
1,15 m 6 anos 20 Kg
1,26 m 8 anos 25 Kg
1,37 m 10 anos 32 Kg
1,50 m 12 anos 40 Kg
Fonte: Rodrigues e Castellon,(2006).
4. FATORESQUE LEVAM A OBESIDADE


Causada por diversos fatores, a obesidade está ligada ao sedentarismo, aos maus hábitos alimentares e também questão genética. "O importante é prevenir. É preciso crescer aprendendo isso. Comer de forma adequada deve ser uma coisa natural" (CAVALCANTI, 2003).
Mattos et al. (2003) cita que crianças acima do peso não são necessariamente as que se superalimentam. Infelizmente, muitos alimentos que elas gostam contêm altos valores calóricos. Estudos mostram que o consumo excessivo de refrigerantes e sucos industrializados ricos em calorias podem piorar o problema.
Hábitos sedentários, como assistir televisão e jogar videogame, contribuem para uma diminuição do gasto calórico diário. Klesges et al. observaram uma diminuição importante da taxa de metabolismo de repouso enquanto as crianças assistiam a um determinado programa de televisão, sendo ainda menor nas obesas. Então, além do gasto metabólico de atividades diárias, o metabolismo de repouso também pode influenciar a ocorrência de obesidade.
A falta de atividade também é um fator determinante na obesidade infantil. O fato de ficar por muito tempo assistindo a televisão não requer gasto energético e geralmente vem acompanhando de lanches ou alimentos de alto valor calórico. A Associação Americana doCoração relata que, em média as crianças assistem a 17 horas de televisão por semana. Outro estudo concluiu que o risco da obesidade é 5 vezes maior em crianças que assistem a mais de 5 horas de televisão por dia, comparando as crianças que assistem a 0 a 2 horas por dia.
Há estudos que relacionam o tempo gasto assistindo televisão e a prevalência de obesidade. A taxa de obesidade em crianças que assistem menos de 1 hora diária é de 10%, enquanto que o hábito de persistir por 3, 4, 5 ou mais horas por dia vendo televisão está associado a uma prevalência de cerca de 25%, 27% e 35%, respectivamente. A televisão ocupa horas vagas em que a criança poderia estar realizando outras atividades. A criança freqüentemente come na frente da televisão, e grande parte das propagandas oferecem alimentos não nutritivos e ricos em calorias. Grazini & Amâncio analisaram o teor das propagandas veiculadas em horários de programas para adolescentes, verificando que a maioria delas (53%) eram de lanches e refrigerantes.
Também está relacionada a componentes genético, neuropsicológicos, endócrinos e metabólicos, os quais representam aproximadamente 5% dos casos (DÂMASO et al., 2003).
Genéticos - Desde que a obesidade passou a ser estudada, o papel da genética vem sendo investigado. Embora existam muitos dados empíricos, pode haver ocorrência de apenas 7% de filhos obesos quando os pais apresentam peso normal. Por outro lado, se o progenitor é obeso, essa incidência aumenta para 40% e, quando ambos os pais são obesos, a descendência poderá apresentar até 80% de obesidade. Segundo Damaso e Tock (2005) o fator de risco mais importante para o aparecimento de obesidade em crianças é a presença desta em seus pais, pela soma das influências genéticas e ambientais, (ANDRADE, 1998) somados a influência genética, estão os fatores culturais e familiares que, através da influência da aprendizagem, predispõe a que os filhos imitem os hábitos alimentares de seus pais.
Endócrinos: muitas das alterações em pacientes obesos ainda são desconhecidas, contudo é evidente que o sistema endócrino exerce um papel relevante na etiologia e na manutenção da obesidade, assim como participa ativamente na regulação hormonal do controle de peso.
Metabólicos: A redução da taxa metabólica é provavelmente uma das mais freqüentes causas de obesidade. A taxa metabólica basal (TMB) é uma medida padronizada do gasto energético em repouso em que tal valor reflete a quantidade mínima de energia necessária para a manutenção das funções fisiológicas, essenciais ao bom funcionamento do organismo.
O autor Mattos ET AL. (2003) afirma que o fator ambiental é causa de grande porcentagem da obesidade. Os hábitos nutricionais familiares inadequados, como a ingestão excessiva de carboidratos simples (açucares e doces) e gorduras, além de lanches muito calóricos são adotados por crianças desde o inicio de sua infância. As formas de vida sedentária facilitada pelos avanços tecnológicos (TV, controle remoto, videogames, computadores entre outros), diminuem cada vez mais o esforço físico de todas as pessoas, especialmente das que não praticam exercícios para compensar a menor atividade.
Os fatores econômicos e sociais também têm sido apontados como determinantes muito importantes para a ocorrência da obesidade, De acordo com Marinho et al., (2003), a obesidade é mais prevalente entre mulheres de classe sócio-econômica baixa, do que entre as de condições mais elevada em países desenvolvidos.

5. CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE NA INFÂNCIA


Segundo Barbosa (2004), a importância do diagnóstico e do tratamento da obesidade em fase precoce da vida justifica-se, pois além das conotações psicológicas envolvidas, como descontentamento com a auto-imagem, rejeição pelos amigos, discriminação no trabalho, na família e nas escolas, pode ocorrer o desencadeamento de outras doenças, como diabetes, hipertensão, cardiovasculares, lesões ortopédicas e musculares, lesões da pele (manchas e estrias) e esteatose hepática (gordura no fígado). Além de outros problemas:
- Dificuldades para desenvolver algum esporte ou outro exercício físico devido a dificuldade para respirar e cansaço.
- Alterações no sono.
- Amadurecimento prematuro. As meninas obesas podem entrar antes na puberdade, ter ciclos menstruais irregulares.
- Distúrbios hepáticos.
- Desânimo, cansaço, depressão, queda no rendimento escolar.
- Transtornos que levam à bulimia e anorexia nervosa.
- Problemas cutâneos.
- Ocorrência de diabetes
Pesquisa realizada por Nogueira, (2009) em sua monografia de especialização com amostra semelhante a este, mostrou que em escolares de sete a 10 anos da rede municipal de Porto Alegre, a prevalência de sobrepeso foi de 14,2% e de obesidade 11,2%.
Em vários estudos realizados em países desenvolvidos, a prevalência do sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes está aumentando em número bastante preocupante.
Estudos antigos já demonstravam grande prevalência de sobrepeso e obesidade nessa população, como o estudo de Goran (2001) que encontrou 20% das crianças norte-americanas com excesso de peso corporal, ou ainda Reilly e Dorosty (1999), que avaliaram 2630 crianças britânicas e encontraram 22% aos seis anos de idade e 31% aos 15 anos com sobrepeso, e 10% e 17% aos seis e aos 15 anos de idade, obesos.
Matthiessen et al. (2008) realizaram um estudo de prevalência de obesidade em crianças e adolescentes dinamarqueses com idades entre 4 e 18 anos, avaliados em 1995 e de 2000 a 2002. Os autores encontraram um aumento em 10,9% na prevalência de sobrepeso durante este período, em todas as faixas etárias analisadas. Os resultados dos estudos demonstram que os níveis de sobrepeso e obesidade estão se ampliando ao redor do mundo.
No Brasil em 2009, a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), divulgada pelo IBGE 2010, avaliou o estado nutricional dos escolares que estavam freqüentando o 9º ano do ensino fundamental nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. O principal problema nutricional verificado pela PeNSE foi o excesso de peso, que compreende o sobrepeso (peso acima do recomendado pela OMS) e a obesidade (excesso de peso crônico, segundo a OMS), os escolares da rede privada apresentaram as maiores prevalências de obesidade.

6. PREVENÇÃO DA OBESIDADE NA INFANCIA


Segundo a literatura é possível prevenir a obesidade na infância, porém para isso são necessários alguns cuidados especiais, como irá ser tratado a seguir:
? Quanto a alimentação.
Para Sanner (2005), é importante que as crianças, já a partir dos 4 ou 6 meses de idade tenham uma alimentação variada, colorida, que possuam sabores e texturas diferentes, uma vez que seus hábitos alimentares serão formados ainda nos seus primeiros anos. Recomenda-se que os horários sejam bem estabelecidos e que se evite longos períodos sem alimentação.
De acordo com a nutricionista citada acima, para que a criança tenha uma alimentação equilibrada será necessário que consuma, pelo menos, um alimento de cada um dos três grupos abaixo em cada cardápio:
? Reguladores: frutas, verdura e legumes. São fontes de vitaminas e minerais.
? Energéticos: cereais, pães, macarrão, batata, mandioca, farinha, etc. Estes incluem carboidratos, que fornecem energia ao organismo.
? Construtores: são ricos em proteínas, cálcio e ferro e compreendem as carnes, peixes, ovos, derivados e as leguminosas como o feijão, ervilhas e lentilha, etc.
Barbosa (2004), diz que fatores que apontam para uma mudança de estilo de vida requerem dedicação e vontade para alterar o cotidiano que hoje, de certa forma, é muito confortável e prático. Para conseguir alcançar esse objetivo, é necessário trabalhar com uma grande equipe, na qual a família, a escola, médicos, nutricionistas e professores educação física trabalhem juntos, pensando na prevenção da obesidade infantil.
Os pais devem considerar as limitações das crianças em lidar com a restrição alimentar, evitar constrangimentos e repreensões desnecessárias, apoiá-las emocionalmente e evitar dietas restritas que podem prejudicar a ingestão adequada de nutrientes, principalmente de proteínas, vitaminas e minerais, atrapalhando seu crescimento normal. É recomendado que ofereçam grande variedade de alimentos saudáveis, tentando incorporar esse hábito por toda a vida. O bom senso por parte dos pais é estimular a criança a praticar atividade física, proporcionando alternativas para substituir o que a cidade grande não oferece mais. Centros esportivos, escolas de esporte e outros locais adequados deveriam estar sempre ao alcance de crianças para que elas pudessem desenvolver suas habilidades naturais. È importante saber respeitar tanto as limitações como a opção de escolha da atividade que mais agrada. O que acontece muitas vezes é que os pais querem transferir paras seus filhos seus sonhos de vencer em alguma modalidade esportiva, impondo-lhes uma carga de responsabilidade muito grande "de ser campeão".
Sabemos que a pratica da atividade física é fundamental para o desenvolvimento da criança. Qual o melhor lugar senão a escola para desenvolver, ainda na infância, o hábito saudável da prática da atividade física, preenchendo o tempo ocioso com jogos e brincadeiras, e possibilitando o seu desenvolvimento físico, mental, emocional e social.
No entanto são poucas escolas que se preocupam de verdade em incorporar esses hábitos. Ocorre que às vezes, o nosso governo os torna optativos, quando na realidade deveríamos desenvolver esforços para implementar no currículo escolar um conteúdo mais substancial quanto a educação esportiva.
Em relação a professor/aluno não deveria ficar só nas quadras. A aula teórica seria um grande benefício para crianças e adolescentes, pois por meio dela o professor passaria conceitos importantes a respeito dos benefícios da atividade física e sua importância para a saúde e prevenção de doenças. Com essas informações disponíveis, seria mais fácil entender e respeitar as limitações de alguns colegas, ajudando-os. Dessa forma, não seriam alvos de chacotas quando não conseguissem realizar as atividades propostas pelo professor (não por serem incapazes, mas por nãos serem incentivados a realizá-las).
É muito comum ouvir comentários assim, em qualquer tipo de jogo: "Ah, o gordinho, não!"," Tá bom, vai, eu fico com o gordinho, mas ele vai para o gol". Ou então, aquela situação horrível, quando o professor pede para montar a equipe. Quem é que fica por último? O gordinho.
A inatividade é um grande responsável pelo desenvolvimento da obesidade. Por essa razão, o exercício deve ser reconhecido como um componente essencial de qualquer programa de reeducação ou controle de peso. A obesidade não surge repentinamente, e manter o peso não é tarefa fácil. Antes de iniciar a atividade proposta, os pais devem ter consciência de que se trata de um processo demorado, gradativo, e os esforços deverão partir tanto da criança quanto para a família. É importante que os pais entendam que para realizar uma atividade física é necessário exigir da criança a prática de esportes extenuantes, acreditando que, dessa maneira, estarão melhorando a sua saúde. Muitos têm a idéia errônea de que a atividade física só terá valor se for intensa ou tiver caráter esportivo. Não devemos nos esquecer de que as crianças obesas são menos ativas fisicamente e que devido ao peso extra que elas carregam, acabam despendendo mais energia ao realizar as mesmas atividades que as crianças não obesas. As crianças são mais ativas do que os adultos, e a sua capacidade para exercícios físicos aumentam com a puberdade, assim como a força, a destreza e a resistência muscular.
Atualmente, as crianças consomem mais lanches do que no passado, sendo o maior aumento observado na última década. A ingestão média de calorias proveniente dos lanches aumentou de 450 para 600 calorias por dia e hoje representa 25% da ingestão energética diária. A densidade energética dos lanches das crianças também aumentou de 1,35 para 1,54 kcal/g. Este achado é importante, já que pequenas elevações na densidade energética de alimentos consumidos podem levar a grandes aumentos na ingestão calórica total. Assim, as tendências de consumo de lanches podem estar contribuindo para o aumento da obesidade na infância e adolescência.
Para melhorar a qualidade dos alimentos vendidos nas escolas públicas, diversos estados brasileiros sancionaram, nos últimos anos, leis em prol da alimentação saudável, apelidadas de "medidas anticoxinha". O objetivo é incentivar a alimentação de qualidade entre os estudantes, minimizando problemas de saúde como anemia e obesidade, por exemplo. Os estados do Paraná e Santa Catarina já sancionaram a lei que proíbe a venda, em escolas públicas e privadas, de alimentos gordurosos e produzidos com gordura saturada e trans.
As cantinas, que até então eram administradas pela própria direção da escola ou por terceiros, agora também poderão ser geridas pelos Conselhos de Escola ? formado pela direção e por representantes de pais, alunos, professores e comunidade. Cabe ao conselho fiscalizar e discutir propostas para a melhoria da cantina. Caso a unidade escolar não conte com um conselho, a venda de alimentos ainda poderá ser realizada pela direção ou mesmo por pessoas que alugarem o espaço. Mas a regra vale para qualquer um destes casos: o alimento vendido precisa ser saudável.
Estas leis estaduais estão pautadas na Portaria Interministerial nº 1.010, de 08 de maio 2006, que instituiu as diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil, fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional. Além de restringir o comércio de "alimentos não-saudáveis", esta portaria orienta escolas a priorizar alimentos de sua cultura local, produzir hortas para estímulo ao consumo de vegetais, implantar boas práticas de higiene na manipulação de alimentos e monitorar a situação nutricional dos alunos.
Não é de hoje que se busca levar políticas de saúde para dentro da escola. Muito já se avançou no Brasil quando o assunto é combate à desnutrição, por exemplo. Porém, hoje, os problemas são diversos. A obesidade juvenil é uma questão de saúde pública que precisa ser combatida desde a primeira infância. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria a obesidade infantil dobrou nos últimos dez anos, atingindo, hoje, mais de 5 milhões de crianças, o que equivale a 15% da população infantil.

7. PRINCIPIOS BÁSICOS PARA O INICIO DA ATIVIDADE FISICA


Crianças e adolescentes precisam movimentar-se; portanto, o treinamento e a prática de exercícios físicos são recomendáveis. Assim, toda atividade sempre deverá ter uma característica lúdica, e a escolha dos exercícios deverá estar de acordo com a idade e o peso, para não provocar lesões. Devemos nos lembrar de que, ao lidarmos com uma criança obesa, temos que nos preocupar com suas limitações. Com o passar do tempo, a prática da atividade física permite que as crianças ganhem maior mobilidade e confiança. O objetivo é obter um desempenho ideal das crianças, respeitando suas características psíquicas e físicas.
A idade biológica tem um papel considerável na determinação da sobrecarga e do desempenho esportivo, sobretudo na infância e na adolescência. Portanto, a carga de um treinamento não deve ser determinada pela idade cronológica (física), mesmo porque as proporções entre elas diferem entre si. Por exemplo, podemos ter duas crianças com a mesma idade, mas a sua estatura e o seu peso serem totalmente diferentes entre si.
O metabolismo das pessoas é definido geneticamente, e por isso ele é diferente para cada individuo. É comum vermos crianças que, ao contrário de outras, ganham facilmente peso, mesmo sem comer muito.
Os pais precisam entender e aceitar essas limitações genéticas para poderem incentivar seus filhos a praticar exercícios físicos, incorporar novos hábitos alimentares, além de lembrá-los de que o tratamento da obesidade é em longo prazo. Os benefícios "invisíveis" (aumento na utilização de gorduras, manutenção do peso e a perda de peso vem como conseqüência).
O exercício pode ajudar muito a criança, mas não deve ser feito em excesso. A ansiedade dos pais em querer resultados rápidos leva as crianças a exageros na realização dos exercícios que podem causar estresse, desvio de energia destinada ao crescimento, além de provocar sérias lesões. É importante que os pais entendam que não é a quantidade, mas sim a qualidade dos exercícios que promoverão o bem-estar psicológico, a integração social e uma boa saúde óssea.
Darwin (1995) dá muita importância ao exercício físico, pois, ele auxilia na prevenção de doenças e outros fatores no desenvolvimento da criança, como podemos ver:
? Modelação e desenvolvimento corporal
? Controle ponderal
? Diminuição da pressão arterial
? Prevenção de doenças metabólicas
? Bem estar psicológico
? Diminuição dos riscos de depressão infantil
? Autodisciplina, conquista de objetivos
? Sociabilização
? Torna uma criança um adulto mais fisicamente ativo
Sabemos que o crescimento pode ser um excelente aliado no tratamento da obesidade, dependendo da faixa etária da criança podemos controlar o peso e garantir o crescimento normal, mas sabemos que ele por si só não é suficiente para resolver o problema. Hoje em dia é comum encontrarmos crianças fazendo regime precocemente. É importante que os pais entendam que dietas com restrições calóricas não são recomendadas, pois podem prejudicar a ingestão de nutrientes, fundamentais quando realizamos exercícios físicos. A perda de peso, nesse caso, acontecerá devido à redução da massa muscular, e não da massa de gordura. Portanto, é recomendado que a criança tenha uma alimentação equilibrada e pratique exercícios físicos.

8. O MELHOR EXERCICIO FISICO PARA PERDER PESO


Quando realizamos qualquer tipo de exercício, nosso corpo é submetido a uma série de adaptações e ajustes, que dependem fundamentalmente da natureza, intensidade e duração. O entendimento de tais adaptações é muito importante para a conscientização dos benefícios e dos eventuais problemas que surjam.
O ponto de partida para esse raciocínio é o processo da contração muscular que origina o movimento. Quando os músculos se contraem, ocorre a transformação da energia química neles armazenada em energia mecânica, sendo que grande parte desta energia química também é transformada em calor. Assim, a realização de uma atividade física representa constante utilização da energia química dos músculos. Para sustentar o exercício, é necessário um continuo suprimento dessa energia, que é gerado por duas fontes diferentes: a obtida de mecanismos independentes da utilização de oxigênio (anaeróbica), e a produzida pela utilização do oxigênio na queima dos substratos energéticos, especialmente das gorduras e dos carboidratos (aeróbia). Portanto, o exercício aeróbio é o mais recomendado para aperda de peso.
9. TRATAMENTO


Um tratamento padrão e eficaz para obesidade infantil implica, em modificar os hábitos da criança e de toda a família. Reeducação alimentar, atividade física e mudanças comportamentais, dentro de um ambiente positivo, de acolhimento, compreensão e cumplicidade entre todas, costuma trazer excelentes resultados. Além da família, a escola também tem um papel vital na prevenção e manejo da obesidade. A criança passa ali boa parte do dia, faz pelo menos uma refeição, tem ótimas oportunidades de aprender sobre estilo de vida saudável e gastar energia.
Operar o estômago de uma criança obesa, não é tentar resolver numa sala de cirurgia o que não conseguimos solucionar na sala de jantar ou na sala de aula? Especialistas em obesidade infantil reconhecem que estamos diante de uma doença grave, de difícil manejo e que a prevenção ainda é a melhor proposta. Reconhecem ainda que a cirurgia da obesidade é um recurso terapêutico válido e excelente para obesos adultos, graves, com indicação correta e principalmente quando efetuada por centros experientes, com acompanhamento multiprofissional no pré e no pós-operatório.
A questão é esgotar todos os recursos científicos reconhecidos antes de operar uma criança, que vai passar os próximos 50 ou 60 anos com seu aparelho digestivo gravemente modificado, sem que se conheçam essas conseqüências em longo prazo, tanto do ponto de vista físico como emocional. É próprio do ser humano buscar uma saída fácil, quase mágica para seus problemas. Com a obesidade não é diferente. Sabendo que com uma real participação da família, com uma escola preocupada em ser um ambiente saudável e com um tratamento multidisciplinar, composto por especialistas em nutrição infantil, psicólogos, profissionais da atividade física, lançando mão dos recursos médicos mais modernos, pode controlar essa grave patologia, evitando, assim, uma intervenção cirúrgica, que deixa de ser um ato médico, para ser uma atitude desesperada (MANCINI, 2002).
Na obesidade infantil é importante que o tratamento seja o menos penoso possível. Nesse sentido é indispensável o apoio e a participação da família como um planejamento alimentar adequado, bem como a prática de atividade física se faz necessária e auxilia no tratamento e combate a obesidade. Convém seguir algumas normas gerais para facilitar o tratamento do obeso, seguir uma dieta balanceada, para não prejudicar o desenvolvimento e crescimento da criança, assim como os exercícios físicos precisam ser controlados e adequados a idade e condição física dos envolvidos.
Barbosa (2004), quando se refere ao sucesso do tratamento da obesidade infantil diz que ele deve se basear principalmente em um programa que inclua envolvimento familiar, modificações da dieta, planejamento de atividades e de componentes comportamentais, incluindo a prática de exercícios físicos. Porém, um fator que deve ser levado em consideração, é que a dieta não se torne desagradável para a criança privando-a da companhia dos familiares durante as refeições. È importante que os pais sejam orientados, o planejamento alimentar da família como um todo seja avaliado e modificado. Dessa forma, as crianças obesas não se sentirão marginalizadas e serão mais bem sucedidas na perda de peso. Essa forma de abordagem nem sempre é possível, mas, é importante que toda a família participe sempre do processo de adequação alimentar.
A partir deste momento, serão apresentados os resultados da coleta de dados, assim como também o desenvolvimento deste estudo.

10. METODOLOGIA

A pesquisa é de natureza descritiva com informações, de referências bibliográficas e caracteriza-se como de campo. Segundo Churchil citado por Vieira (1987) a pesquisa descritiva não tem compromisso de explicar fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. Ela nos permite observar, registrar e ordenar dados sem manipulá-los. Descobrir a freqüência como ocorre um fato, sua natureza, características, causas e relações. Para coletar dados utiliza-se a entrevista, formulário, questionário, testes e observações.

10.1 POPULAÇÃO

A população participante desse trabalho constitui-se de estudantes da 1º série a 4º série de ambos os sexos, com idade entre 6 e 14 anos, matriculados em Escolas Estaduais, ambas localizadas na cidade de Santa Rosa, RS.

10.2 AMOSTRA

A amostra constitui-se de 186 estudantes, dos quais 83 são da Escola A, sendo 43 do sexo masculino e 40 do sexo feminino. Da escola B, constitui-se de 81 alunos, sendo 41 do sexo masculino e 40 do sexo feminino. Matriculados no ano letivo de 2010.


10.3 VÁRIAVEIS PESQUISADAS.

As variáveis controladas foram sexo, idade, peso e estatura e estar freqüentando as aulas nas séries propostas para o estudo.

10.4 INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS

Para a coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos:
? Balança portátil Soehne para verificação do peso e fita métrica presa na parede para verificação da estatura, ficha para coleta de dados. Com os resultados obtidos foi calculado o Índice de Massa Corporal- IMC
Também como instrumento de coleta de dados, foi realizada uma entrevista semi estruturada com os pais dos alunos selecionados, a fim de identificar hábitos de vida dos respectivos alunos. Na entrevista, havia um rol de 9 (nove) perguntas abertas, que os pais responderam (ANEXO I)

10.5 ANALISE DOS DADOS

Os dados foram apresentados em forma de gráficos para uma melhor visualização, fazendo uso das estatísticas descritivas com frequência percentual, sendo posteriormente discutidos com a literatura da área.

11. ANALISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


Este capítulo trata da analise dos dados em relação ao Índice de Massa Corporal (IMC), considerando as características da amostra e a realização da representação gráfica e percentual destes dados.



Gráfico 1: percentual de alunos em cada sexo
Fonte: dados da autora.

O Gráfico 1 mostra a distribuição dos percentuais de alunos da amostra em cada sexo, pode-se perceber que o percentual de alunos do sexo masculino é maior que o percentual de alunos do sexo feminino.


Gráfico 2: Número de alunos por série da Escola A

Os gráficos 2 mostram os percentuais de alunos por séries. Percebe-se que as turmas de 3º série possuem um número maior de alunos, em segundo lugar as turmas de 1º série, em terceiro lugar as turmas de 4º série e em quarto lugar as turmas de 2º série.


Gráfico 3: Número de alunos por série da Escola B

Os gráficos 3 mostram os percentuais de alunos por séries. Percebe-se que as turmas de 3º série possuem um número maior de alunos, em segundo lugar as turmas de 1º série, em terceiro lugar as turmas de 4º série e em quarto lugar as turmas de 2º série.


Gráfico 4: Idade dos alunos da Escola A e B

O gráfico 4 mostra a distribuição dos percentuais da idade dos alunos sendo a maioria está com 8 anos de idade. Em segundo lugar a faixa etária dos 10 anos, em terceiro a faixa etária dos 6 anos e em quarto lugar a faixa etária dos 7 anos.


Gráfico 5: Alunos em relação ao peso

O gráfico 5 pode-se verificar os percentuais de alunos encontrados com peso normal, sobrepeso, obesidade e abaixo do normal quando relacionou-se os dados coletados com a tabela de IMC proposta por Barbosa (2004). Verificou-se que o maior percentual de alunos está com seu peso normal, após vem o percentual de alunos abaixo do normal seguidos dos alunos com sobrepeso e, logo após, os alunos com obesidade. O percentual de sobrepeso e obesidade deste estudo apresenta-se acima da média divulgada pelo IBGE (2010) do Instituto PeNSE que constatou em sua pesquisa nas capitais brasileiras a média de 23,2% de alunos com sobrepeso e obesidade.


Gráfico 6: Escola A : Alunos em relação ao peso


O gráfico 6 pode-se verificar os percentuais de alunos encontrados com peso normal, sobrepeso, obesidade e abaixo do normal quando relacionou-se os dados coletados com a tabela de IMC proposta por Barbosa (2004). Verificou-se que o maior percentual de alunos está com seu peso normal, após vem o percentual de alunos abaixo do normal seguidos dos alunos com sobrepeso e, logo após, os alunos com obesidade.






Gráfico7: Escola B : Alunos em relação ao peso


O gráfico 7 pode-se verificar os percentuais de alunos encontrados com peso normal, sobrepeso, obesidade e abaixo do normal quando relacionou-se os dados coletados com a tabela de IMC proposta por Barbosa (2004). Verificou-se que o maior percentual de alunos está com seu peso normal, após vem o percentual de alunos abaixo do normal seguidos dos alunos com sobrepeso e, logo após, os alunos com obesidade.








Gráfico 8: Indice de IMC extratificado pelo sexo: masculino

Ao analisar-se o gráfico 8 verificou-se que aos 6 anos o maior percentual de alunos encontra-se no Nível de obesidade, seguido do Nível de sobrepeso e do Nível normal. Aos 7 anos o maior percentual encontra-se no Nível normal seguidos dos Níveis de obesidade. Aos 8 anos verificou-se que o maior percentual de alunos encontram-se no Nível abaixo do normal seguido do Nível de sobrepeso, logo após encontra-se o Nível normal e o Nível de obesidade. Aos 9 anos o maior percentual está no Nível normal seguido do Nível abaixo do normal, seguido dos Níveis de obesidade e sobrepeso. Aos 10 anos o maior percentual de alunos está no Nível de sobrepeso sendo que, os Níveis de normal e abaixo do normal o percentual é igual. Aos 11 anos o maior percentual de alunos está no Nível abaixo do normal, seguidos do no Nível sobrepeso. Aos 14 anos de idade verificou-se que os alunos encontram-se somente em Níveis de abaixo do normal e Sobrepeso.


Gráfico 9: Índice de IMC extratificado pelo sexo: feminino

Ao analisar-se o gráfico 9 verificou-se que aos 6 anos o maior percentual de alunos encontra-se no Nível obesidade, seguido do Nível normal e sobrepeso. Aos 7 anos de idade verificou-se que os alunos encontram-se somente em Níveis normal e sobrepeso. Aos 8 anos o maior percentual de alunos encontram-se no Nível normal, logo após os Níveis abaixo do normal, sobrepeso e obesidade. Aos 9 anos o maior percentual encontram-se no Nível abaixo do normal seguido dos Níveis normal e obesidade. Aos 10 anos o maior percentual encontra-se no Nível abaixo do normal, seguidos dos Niveis normal e obesidade. Aos 11 anos verificou-se que os alunos encontram-se somente nos Níveis Normal e Obesidade.
Estes resultados estão de acordo com estudos de Nogueira (2009) e Pesquisa realizada pelo IBGE (2009) que encontraram nas suas pesquisas, os índices semelhantes com relação aos níveis de sobrepeso e obesidade em alunos desta faixa etária.

11.1 ANALISE DO QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PAIS


Com relação a atividade física:

Verificou-se que a maioria dos alunos, conforme relatado pelos pais, se deslocam para a escola caminhando e praticam algum tipo de atividade física fora da escola, também segundo respostas dos pais, eles são participantes ativos junto com os filhos, isso pode ser considerando um fator positivo, pois conforme Darwin (1995) o exercício físico auxilia na prevenção de doenças e outros fatores no desenvolvimento da criança.

Com relação a alimentação:
Verificou-se que em geral a alimentação dos alunos, conforme os pais, é composta de arroz, feijão, saladas, sucos, carnes e frutas e que realizam quatro refeições ao dia, isso é considerado conforme Sanner (2000) alimentação adequada, tendo em vista que a mesma diz que a alimentação deve ser diversificada e rica em alimentos considerados reguladores, energéticos e construtores.

Com relação ao tempo tela:
Verificou-se que em geral o tempo tela dos alunos é de 3 horas por dia, o que equivalente de 12, 5% do seu tempo diário, ou seja 21 horas por semana, isso e considerado um tempo elevado, pois conforme pesquisa da a Associação Americana do Coração, em média as crianças assistem a 17 horas de televisão por semana. Outro estudo concluiu que o risco da obesidade é 5 vezes maior em crianças que assistem a mais de 5 horas de televisão por dia, comparando as crianças que assistem a 0 a 2 horas por dia.

Com relação ao consumo de guloseimas:
Verificou-se que em geral os hábitos dos alunos, segundo resposta dos pais, e de consumir refrigerantes somente as vezes nos finais de semanas, com relação aos doces, foram obtidos diversos resultados como, quatro vezes por semana, três vezes por semana, aos finais de semana, somente as vezes e todos os dias. Dos salgadinhos os resultados obtidos foram: quase todos os dias, uma vez por semana, quatro vezes por mês, de vez em quando. Conforme as considerações de Mattos et al. (2003) crianças acima do peso não são necessariamente as que se superalimentam, porem o problema é que muitos dos alimentos que elas gostam contêm altos valores calóricos.
Verificou-se que a maioria dos pais não se encontra no nível de Obesidade, mas há casos hereditários de obesidade na família, isso conforme a presença de familiares obesos, sobretudo os pais, é um fator determinante para a ocorrência do mesmo problema nos filhos, seja pela associação dos fatores genéticos aos ambientais, ou pela ingestão energética presente nos hábitos alimentares, o gasto energético decorrente do estilo de vida e toda a dinâmica familiar (NGUYER et al., 1996).

12. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES


Após a analise dos dados concluiu-se que grande número de alunos das escolas pesquisadas encontram-se com sobrepeso e obesidade. Sendo que o sexo masculino o maior percentual de nível de obesidade encontra-se na faixa etária dos 6 anos. E o maior percentual de sobrepeso encontra-se na faixa etária dos 8 e 10 anos. No sexo feminino o maior percentual de obesidade encontra-se na faixa etária dos 6 e 8 anos e de sobrepeso o maior percentual encontra-se na faixa etária dos 7 e 8 anos.
Com relação a análise do questionário aplicado com os pais concluiu-se que grande número dos alunos tem uma alimentação normal baseado na pirâmide alimentar com 4 vezes ao dia, praticam outras atividades físicas em horário diferenciado da escola, tem horário de lazer com os pais. Mas há um grande consumo de guloseimas em geral, e o percentual de tempo tela é preocupante. Há caso presente de obesidade nas famílias.
Com base nos dados analisados recomenda-se que:
- Mais estudos com população maior, com idades mais avançadas, comparando o estado entre escolas e associando com o estado nutricional dos pais.
-Que a escola desenvolva mais projetos e atividade em prol do combate a obesidade, fazendo com que haja a participação dos pais, alunos e a comunidade.
- Que os pais estimulem seus filhos à pratica de atividade física fora da escola, de maneira prazeiroza e educativa, para que, assim evitem o sedentarismo.
- Que a escola e a família pratiquem e estimulem hábitos saudáveis na alimentação.
-Os pais e a escola devem estimular desde cedo a prática de atividades físicas individuais ou em grupos.
- Que a escola desenvolva atividades de recreação e esportivas para que estimulem a socialização em grupo aumentando a auto-estima das crianças.
Concluindo este estudo percebe-se que a educação física deve ser usada como principal ferramenta de combate a obesidade dentro de nossas escolas e em nossa comunidade, pois, seu custo é baixo e têm uma elevada eficiência. E somos nos profissionais da área que devemos usá-la de modo consciente, porque se estimularmos cedo nossos educandos sobre a importância dos bons hábitos alimentares e da prática da atividade física, é desta forma que podemos prevenir para que no futuro não apresentem em suas vidas, o problema da obesidade e do sobrepeso.

REFERÊNCIAS


COSTA, Célia Regina Bernardes. A influência da atividade física escolar na prevalência da obesidade infantil como um indicador para a promoção de saúde e sua relação com aspectos familiares e sócios- econômicos. Dissertação (Mestrado em Promoção da saúde). França. 2008.
MELLO, Elza. D. et.al. Obesidade infantil: como podemos ser eficazes?. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro. 2004.
PIMENTA, A.P.A, PALMA. A. Perfil epidemiológico da obesidade em crianças: relação entre televisão, atividade física e obesidade. Rev. Bras. Ciência e Mov. 9 (4): 19-24, 2001.
NOGUEIRA, Rossana Candiota. Prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares entre sete e dez anos de idade na Rede Municipal de Porto Alegre_ RS. Dissertação (Mestrado Ciência do Movimento Humano). Porto Alegre, UFRGS. 2009.
IBGE. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, 2009. Rio de Janeiro. 2010. Disponível em: BUENO, Rodrigo. Escolas se adaptam para oferecer lanches saudáveis em cantinas. Disponível: BARBOSA,Vera Lúcia Perino. Prevenção da obesidade na infância e na adolescência. Exercício, Nutrição e Psicologia. Editora Manole. 2º Edição. 182 p. 2008.
SCHUSTER, Ligia Cristina Weber. Obesidade Infantil nas séries iniciais do ensino fundamental. Monografia (Graduação em Educação Física). UNIJUI. Santa Rosa. RS. 2007
MINIKEL, Maria Izabel. Obesidade Infantil. Monografia (Graduação em Educação Física) UNIJUI. Santa Rosa. RS. 2007
FISCHER, Elisa. Obesidade Infantil. Monografia (Graduação em Educação Física)UNIJUI. Santa Rosa. RS. 2007
LENZ, Denise. Obesidade em adolescentes de 7º série de Santa Rosa. Comparativo entre escola estadual e particular. Monografia (Graduação em Educação Física)UNIJUI. Santa Rosa. RS. 2008

ANEXOS


ANEXO I: Questionário para os pais

1) Como é a alimentação de seu filho?
2) Qual o meio que vai a escola?
3) Quais são os horários das refeições de seu filho?
4) As crianças praticam algum tipo de atividade fora da escola?
5) Quanto tempo seus filhos ficam em frente a telas (TV, computador etc...)?
6) Quantas porções de frutas são proporcionadas a criança durante uma semana?
7) Como são os hábitos de consumo de:
a) Refrigerantes:
b) Doces em geral:
c) Salgadinhos:
8) Os pais estão em situação de obesidade?
9) Há casos hereditários de obesidade na família?
10) Os pais praticam atividades físicas ou tem horários de lazer juntamente com seus filhos ?
ANEXO II: Tabela coleta de dados
Data:
NOME:

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IMC: NOME:

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SEXO: (F)(M)

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IMC:


Autor: Keli Alexandra De Oliveira Goettems Kaefer


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