Tudo o que vai volta.



Um garotinho de cinco anos conversava com sua mãe, a caminho da escola. De mãos dadas, desviando calmamente das poucas pessoas com quem encontravam-se no caminho. A mulher olhou bem para seu filho. Era uma ocupada empresária, mal ficava em sua casa, e aquele pequeno "passeio" era uma excessão. Não era exatamente sensível para com os problemas de desconhecidos, e tão pouco importava-se com isso.
Ao atravessarem uma rua, a mãe já um tanto apressada, foi impedida pelo filho de continuar. Ele disse: "Mamãe, aquele homem ali está pedindo dinheiro pra comprar comida! Coitado! Não vai ajudar?" E a mulher respondeu: "Você ainda é um pouco novo pra entender isso, mas algumas pessoas pedem dinheiro para sustentar vícios, e fingem que é pra comer. Além disso, se ele trabalhasse não passaria fome." O menininho não acreditou muito nisso, mas mesmo assim calou-se e foi para a escola.
Alguns anos se passaram, e a mulher perdeu o emprego. Depois de muito procurar, já com cerca de 40 anos, (idade não muito aceita no mercado de trabalho) e acabou indo à falência. Separada do marido, o único filho fora morar com o pai, e ninguém ofereceu-se para ajudá-la. Sozinha e sem emprego, chegou a passar fome, até que foi pedir dinheiro. As únicas respostas que recebeu, foram parecidas com esta: "Duvido que seja para comprar comida. Além do quê, se estivesse trabalhando, não precisaria de dinheiro. Vá trabalhar."
Autor: Natália Almeida Carmo


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