A Pá na Eira, o Trigo no Celeiro e a Palha entre o Fogo



A Pá na Eira, o Trigo no Celeiro e a Palha entre o Fogo

João respondeu a todos: "Eu os batizo com água. Mas virá alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de desamarrar as correias de suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo. Ele traz a pá em sua mão, a fim de limpar sua eira e juntar o trigo em seu celeiro; mas queimara a palha com o fogo que nunca se apaga" Lucas.3:16-17.
Pergunta-se a respeito da passagem de Lucas.3:17 se esta declaração da parte de João talvez tenha um significado mais profundo concernente aos resultados provenientes do batismo no Espírito Santo, e assim portanto procura-se encontrar uma explicação mais adequada que se enquadre de maneira mais coerente ao texto em questão.
Contudo penso ser está passagem uma revelação convergente ao dia do juízo referente a ocasião em que se sucedera o arrebatamento da Igreja de Cristo, não enquadrando-se em aspecto algum aos processos respectivos do batismo no Espírito Santo como alguns procuram, de um jeito ou de outro, manter tal afirmação. É claro que para isso terei a obrigação de apresentar as devidas evidencias necessárias afim de desta forma comprovar obviamente o que acabo de argumentar.
Comecemos então com relação a palavra Pá e qual o encaixe significativo que na verdade esta ocupando nesse texto, aqui esta palavra denota autoridade suprema inquestionável como podemos observar em Efésios.1:22-23. "Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés e o designou cabeça de todas as coisas para a Igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e qualquer circunstância" Podemos perceber a finalidade de João, ao afirmar por revelação que a pá encontra-se nas mãos do Senhor Jesus, denotando com isso o principio fundamental de que todo o poder nos céus e na terra centralizam-se em suas mãos. Com isso subimos o 1º degrau na escala do esclarecimento analítico textual do principio que estamos procurando esclarecer.
Agora é necessário tentarmos obter um conhecimento mais satisfatório do real objetivo que levou João a mencionar a palavra eira em seguimento coordenado com a palavra pá. A qual finalidade louvável ele quis chegar? 1º precisamos saber qual o significado desta palavra. Eira de acordo com o Dicionário Houaiss significa; área restrita onde se represa a água do mar (região litorânea) em que pelo processo da evaporação ocorre-se com isso o acumulo de sal afim de ser peneirado para comercialização. Sabemos com isso o que é Eira. Porém que contextualização esta palavra teria a margem das Escrituras Sagradas? Em Mateus.5:13 lemos o seguinte: "Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens." Deduzimos nesse ínterim que quando João fala a respeito da Pá e da Eira esta se referindo que se futuramente na Igreja de Cristo alguém se apresentar insipidamente na salina de sua ceara para nada mais servirá se não para ser lançado fora na grande tribulação sendo pisado pelos homens.
Nisso os que tomarem parte no encontro magistral referente ao celeiro da mansão celestial estarão caracterizados como trigo de acordo com Mateus.13:29-30 "Ele respondeu: Não porque ao tirar o joio, vocês poderão arrancar com ele o trigo. Deixem que cresçam juntos até a colheita. Então direis aos encarregados da colheita: juntem primeiro o joio e amarem-no em feixes para ser queimado; depois juntem o trigo e guardem-no no meu celeiro."
Neste empreendimento progressivo galgamos três degraus a mais na escala de nosso desbravamento seqüencial pelo enriquecimento espiritual transcendente aos ditames do saber escritural.
Já chegamos à conclusão sob o que significa há Pá na Eira e o Trigo no Celeiro. Mais diante disso qual explicação poderemos dar quanto a Palha no meio do Fogo. Pois esse será o nosso ultimo degrau de ponta crucial para o desenlace deste nosso estudo. Precisamos começar conscientizando-nos de que no arrebatamento da Igreja teremos um corpo glorificado resplandecente e isso se dará diante do irrefutável fator de troca no que um corpo corruptível será substituído por outro incorruptível ficando as mazelas provenientes do corpo anterior completamente purgadas na chama da renovação divina celestial.
Assim a palha de João e o fogo inextinguível nos remete à ICoríntios.3:12-15 "Se alguém constrói sobre esse alicerce (Cristo) usando ouro, pedras preciosas, madeira, feno ou palha, sua obra será mostrada, porque o dia à trará a luz; pois será revelada pelo fogo, que provará a qualidade da obra de cada um. Se o que alguém construiu permanecer, esse receberá recompensa. Se o que alguém construiu se queimar, esse sofrerá prejuízo; contudo será salvo como alguém que escapa através do fogo."
Estabelece-se neste aspecto característico o seguinte impasse; qual a interpretação correta desse texto e em que ângulo ele se encaixa ao discurso finalístico de João? O construir aqui esta no sentido de nossa perseverança e testemunho no evangelho de Cristo. Ouro, prata e pedras preciosas indicam o peso em inestimável riqueza aos olhos de Deus, vinculado a nossa fidelidade, e ao lermos o termo empregado por João "sob a palha" encontramos a resposta que queremos, pois é neste ponto onde vemos a chave de ligação para com a pregação de João no rio Jordão.
Escapar salvando-se através do fogo representa nunca desistir de lutar até o sangue, empregando dedicada força de vontade, por mais deslizantes que possam ser os nossos passos na trajetória incansável do combate mortal contra nossos erros sem nunca nos deixarmos levar pelo caminho da escravidão. Paulo tinha bastante experiência nesse assunto ao escrever inspiradamente ICoríntios.9:26-27 "Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem esmurra o ar. Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado." As partes de nossa vida que deixaram marcas redundantes por meio de nossos atos achados pesados na balança, só poderão ser compensados dependendo do quanto realmente nos empenhamos lutando para mudar o panorama desse quadro, alcançando nossa redenção as margens da inconformação compulsiva em não ser uma marionete de inconstâncias em nosso testemunho cristão.
Eis aqui a Palha da qual referiu-se João e eis o Fogo da redenção proveniente da parte do Santo Espírito de Deus inerente a vida de todo cristão, que nos encorajamentos de sua incansável sede ao aprendizado por parte de seus erros por mais dolorosos que possam ser abre o precedente ao dia do juízo como um escape através do fogo da absolvição. A mensagem de João centraliza-se ao alcance desse prisma, desvinculado sobre maneira de qualquer dedução encaminhada aos parâmetros de um convencimento prematuro, as conclusões precipitadas do que se quer acreditar pelo que se recusa a aceitar.
Iremos então transliterar a passagem de Lucas.3:17 afim de tentarmos evidêncializar o que se poderia escrever em outros termos de maior compreensão conclusiva. "Ele contem a centralidade de todo poder em suas mãos, afim de que no dia do juízo possa lançar fora da salina de sua seara todo sal que houver se tornado insípido, ajuntando no arrebatamento o trigo no celeiro da mansão celestial; queimando, no esforço de cada um em lutar contra as seqüelas de sua pecaminosidade, com o fogo continuo do juízo da absolvição, toda impureza."








Paulo Roberto Freitas dos Santos
Licenciado em Teologia

Autor: Paulo Roberto


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