Menino pai do homem
Menino pai do homem
Era um vez um menino,
Que viajava num raio de luz.
Corria o mundo, sem parar...
Buscando felicidade encontrar.
Parou na gota de orvalho,
Perguntou: És feliz?
Esta não lhe respondeu.
Apenas caminhou p`ras suas irmãs
E caiu como uma gota.
Chegou perto da rosa,
Perguntou: És feliz?
Esta desabrochou, perfumou-se
E morreu.
E assim, por todo tempo
Em busca da verdadeira felicidade.
O menino o mundo percorreu.
De norte a sul, de leste a oeste
Seguia seu destino,
Sempre a perguntar, incansável,
Às pedras, árvores, pássaros e gentes.
Não obteve resposta à sua pergunta.
Mas não se entristeceu por isso.
Somando todo silêncio que obteve,
Toda eloquência que ouviu.
Toda indiferença,
Todo escárnio.
Tirou pra si algumas conclusões.
E no seu diário, escreveu:
Ser feliz é receber o poder...
de pensar
de amar
de querer
de rir
de imaginar
de criar
de planejar
de falar
de ouvir
de rezar.
Ser feliz é ter o poder de escolher
entre o amar e odiar
rir e chorar
perseverar e desistir
louvar e difamar
curar e ferir
dar e receber
agir e procrastinar
crescer e apodrecer
orar e amaldiçoar
viver e morrer.
E quando surpreendido nos seus mistérios,
Parou de perguntar sobre felicidade
E passou a ensinar como um rabugento.
Sê feliz ? basta ser natal.
Sê feliz ? basta ter natal.
Um segundo a cada minuto.
Um minuto a cada hora.,
Uma hora a cada dia.
Um dia a cada mês.
Um mês a cada ano.
Todos os anos da tua vida.
Em fim ? é tão simples: A M E.
aalbuquerque Rio, 16 dez 1985.
[email protected]
Autor: Apolinario Albuquerque
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