QUE MUNDO É ESSE ?



QUE MUNDO É ESSE?

É certo que todos nós morreremos um dia e a morte ocorre de forma continua. Todavia, é difícil mantermos a mente sã quando nos defrontamos com tantos sofrimentos e acontecimentos na natureza em face da própria destruição pela humanidade.
Esse tema tem por fim mensurarmos um pouquinho daquilo que Deus fala em relação à vida terrena, uma vez que há conexão do homem com o pecado, o qual originou a morte.
I ? INTRODUÇÃO
Olhando o mundo como um todo se percebe que há algo estranho, inquieto, feroz, surpreendente, angustiante. É como se fosse um tsunami geral, ocorrendo em vários pontos da terra, que atinge as pessoas com mortes e sofrimentos de forma intensa e freqüente.
Os cristãos que lêem a Bíblia Sagrada não se surpreendem com esses acontecimentos de guerras entre as nações e do aumento da maldade humana. Em que pese à existência desses acontecimentos estarem nas Escrituras Sagradas como prenúncio da volta de Jesus, ainda sonhamos com a paz e a felicidade das pessoas, independente do credo que professem profissionalismo, cultura ou daqueles desprovidos de estudo.
Nos fala a palavra de Deus: "Se te converteres ao Todo Poderoso, serás restabelecido; se afastares a injustiça de tua casa e deitares ao pó o teu ouro e o ouro de Ofir entre pedras dos Ribeiros, então o Todo Poderoso será o teu ouro e a tua prata escolhida"( Jó 12:23-25).
II ? VIVER A PALAVRA DE DEUS
Hoje, o Evangelho está sendo pregado em todo o mundo, pois está escrito que "todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra se dobrará um dia e saberá que Jesus Cristo é o Senhor"(FP 2:10). Em que pese essa propagação do evangelho, a palavra de Deus não está sendo vivida pelos Cristãos, pois até os pastores têm uma vida derrotada, seja pelas próprias atitudes de usurpação, seja pelos anseios de poder ou pela renúncia completa em perquirir uma vida vitoriosa, feliz.
Por todos os escritos deixados por Davi, creio que ele foi o único que conseguiu viver a palavra e descrevê-la na sua essência, pois ele tinha profunda vivência com Deus, a ponto de dizer que "ainda que ele andasse pelo vale da sombra da morte não temeria" porque tinha a convicção de que Deus estaria com ele.
Esta fé também foi demonstrada por Elias ao desafiar os postes ídolos, representados pelos profetas de Ball; por Elizeu ao tomar posse do poder dobrado de Elias; por Daniel ao enfrentar os temíveis leões, por Abraão ao obedecer a voz de Deus, e muitos outros.
Mas, porque assistimos pacificamente o esfriamento do amor, aceitamos a derrota em nossas vidas e até contribuímos para a infelicidade de outras pessoas? Está dito na palavra que se "deixamos de fazer o bem ao próximo estaríamos pecando". E para onde nos leva o pecado senão para a nossa própria morte material e espiritual?
Amados, a resposta está nessa assertiva: faltam líderes comprometidos com Deus para guiar a Igreja de Cristo Jesus. Temos de tudo dentro das Igrejas e pactuamos com a falência múltipla dos valores Cristãos. Aqui não falo de costumes, mas de certas atitudes e da falta de fidelidade e comprometimento daqueles que pegam o arado e fogem para pregar outro evangelho (Doutrinas), diferente daquele que Jesus nos ensinou. (Ler I Coríntios 3:10-23 e 4:1-8 ? Gálatas 6:6-10)
Os líderes se renderam ao poder terreno (Gálatas 1:10), enveredaram-se pela camada mais espúria da sociedade, que é a classe política, esquecendo-se dos votos feitos a Deus Pai e a Jesus Cristo, que é a salvação do homem. Está escrito na palavra que é impossível ao homem amar a dois senhores, ou seja, não se pode servir a Deus e as riquezas. E a política é o caminho mais fácil para se chegar às riquezas e também para a perdição da alma (I Coríntios 10:23/24).
Vivemos mergulhados na mentira, nas fraudes, ostentando uma falsa justiça, pois a Lei criada por parlamentares, somente os beneficiam. Quando um cidadão comum recorre à justiça, essa mesma lei recebe interpretação diversa em várias instancias e quase sempre a derrota recai para o menos favorecido.
Que tempo é esse em que numa democracia o capitalismo toma fôlego e os governantes governam ao bel prazer, manipulando bilhões, empregando mal esses recursos, submetendo assim toda a sociedade o ônus do pagamento de impostos e tributos de ordem elevadíssima? Todos somos escravos do Estado, uma vez que o "Patrão Estado" subtrai no mínimo 40% da renda de um trabalhador de classe média no Brasíl.
Os banqueiros e os ricos do País continuam na usurpação dos menores e as taxas de juros e impostos são assustadores, causando um aumento desenfreado da criminalidade estatizada. Onde estão os recursos arrecadados para a educação e a saúde?
Nós precisamos buscar refúgio nos braços de Jesus para prosseguirmos nessa luta desigual e impiedosa. Ainda existem pessoas do bem e aquelas que são fiéis a Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
Quem nos dá honra é Deus e não o homem natural. O trabalho poderá não ser tão gratificante mas é algo essencial a vida das pessoas. Os frutos do nosso trabalho poderão gerar riquezas e essas são bem vindas quando adquiridas de forma lícita. Todavia, observa-se que os mais ricos se tornaram riquíssimos em detrimento do suor dos mais pobres. Daí porque Jesus nos falou ser tão raro um rico herdar o Reino dos Céus, porque nesse lugar não se abrigam injustos.
Assim nos fala a palavra de Deus: "Ai dos que decretam leis injustas, dos que escrevem leis de opressão para negarem justiça aos pobres, para arrebatarem o direito dos aflitos do meu povo, a fim de despojarem as viúvas e roubarem os órfãos!" (Isaías 10:2).
Existiram homens que serviram a Deus e que eram ricos. A diferença existente entre aqueles homens e os de hoje é que aqueles temiam a Deus, eram guiados pelas mãos do Senhor, cumpriam as normas divinas, exerciam a justiça, não escarnecia do seu próximo e desejavam o bem e não mal.
Os que se dizem representantes e ministros de Deus (99%) querem o poder e a gloria de Deus, administram a obra do Senhor como se fora sua e não têm amor aos pobres, mas faz questão de estar na companhia de ricos e poderosos. Daniel não desejou a companhia do Rei, nem tão pouco comer das iguarias das fartas mesas, mas absteve-se das riquezas para ser fiel a Deus. Moiséis, o maior profeta do Velho Testamento, preferiu a simplicidade a viver na casa de Faraó.
Porque será que um sermão não mais penetra no coração das pessoas? Elas entram nas Igrejas em busca da palavra, mas, ali encontram shows com bandas, cantores profissionais, danças e teatro, campanhas de arrecadação de recursos, ficando assim postergada as Escrituras a um tempo mínimo de 20 a 30 minutos para a ministração da palavra. Daí, haja paciência ficarmos duas horas ouvindo e vendo os irmãos baterem palmas... Que edificação poderá trazer esses rituais a uma pessoa que necessita de ajuda espiritual, libertação de um vício, depressão e outras mazelas do mundo moderno?
A credibilidade dos lideres evangélicos está baixíssima em virtude da transformação ocorrida nas Igrejas. Hoje, não existe silêncio no templo para orarmos e meditarmos. O Culto começa e as pessoas continuam em pé, rindo, falando alto, sem nenhuma referência. Onde está o respeito à Casa de Deus? Será que o lazer, comemorações são mais importantes que ouvirmos a palavra e intercedermos uns pelos outros ?
Muitos já se acham salvos, mas a salvação é um processo contínuo, onde o viver de uma pessoa seja revestido de tudo aquilo que nos é recomendado nas Escrituras de fazer. Ser apenas ouvinte e conhecedor da palavra e agir com antagonismo no coração a esse mandamento é pior que se essa pessoa nunca tivesse conhecido a Deus.
Quando criança ouvia minha mãe falava a mim e aos meus irmãos: "não andeis com qualquer pessoa, antes, observem quem são". Essa recomendação nos é válida no dia a dia e o crente deve sim acompanhar-se de pessoas que praticam a justiça, pois Deus ama o direito.
A questão do dízimo é muito questionada pelos irmãos, principalmente porque as Igrejas nunca têm recursos, a maior parte não tem obra social, não apresentam um balanço dos gastos, etc. Paulo nos falou acerca da sementeira e da colheita. Não há dúvida que o dízimo é uma ação voluntária, segundo a palavra de Deus, que recomenda que essa contribuição seja dada de coração e não com tristeza. O que os Pastores não entendem é acerca da aplicação desse recurso e a maioria emprega mal e os utiliza em próprio benefício e não dá aos pobres, conforme manda Deus.
Quando começo a falar do evangelho a uma pessoa, a primeira pergunta que me é feita é acerca da questão do dízimo, se acho certo ou errado a exploração das Igrejas, visível nas diversas redes de televisão. Então eu falo sempre que elas freqüentem Igrejas que dêem estudos bíblicos e que leiam as Escrituras Sagradas porque a minha visão é que o dízimo é uma parcela daquilo que recebemos (remuneração) e o sentido se configura como uma gratidão a Deus por tudo aquilo que Deus nos dá. Por outro lado caímos no campo da subjetividade uma vez que as condições de cada pessoa é diferente uma das outras.
Imagine uma família de duas ou mais pessoas receberem por mês dois salário mínimos para pagar aluguel, água, luz, impostos, transporte, vestimenta e alimentação. Seria suficiente esse salário a essa família? Outro exemplo é uma família que ganhe 10 salários mínimos mas que tenham filhos na escola, a esposa não trabalhe e o líquido dessa família fique em torno de 3.000,00. Se a família já vive no limite, economizando nas despesas e cobrindo os extras das contas a pagar, será que Deus os castigaria se essa família não fizer essa doação?
Outro exemplo é uma família de classe média que dá o dízimo religiosamente todos os meses e de repente um filho casado perca o emprego necessitando da ajuda dos pais. Mas, os pais não têm reserva mensal do salário da família e aí, diante da situação, resolvem ajudar o filho casado com o valor doado a Igreja. Creio, que para Deus, essa oferta será mais valiosa que a costumeira uma vez que o coração dos pais demonstrou ser sábio, até porque Deus nos recomenda que "repartir o nosso pão com o faminto, recolher em casa os pobres desabrigados, cobrir o nú e não nos escondermos do nosso semelhante" (Isaías 58:7).
Viver a palavra de Deus é saber empregá-la no nosso dia a dia com sabedoria. Nós não podemos pegar um texto do Velho testamento, por exemplo, e aplicá-lo a nossa realidade atual, uma vez que o mundo é composto por povos e costumes diferentes. Mas o amor ao próximo é um mandamento universal e aqueles que não exercem esse amor não conhecem a Deus (I João 4:7-8-20).
III ? Conclusão
Não existe um padrão de vida estabelecido por Deus ao homem. Deus respeita a individualidade de casa pessoa cabendo a cada uma decidir entre bem e mal (Gálatas 4:18), uma vez que ao homem foi dado o livre arbítrio.
Mas a palavra nos diz que Deus nos escolhe ainda no ventre de nossa mãe (Isaías 44:1) de forma que desde a infância uma criança já demonstra atitudes que a torna diferente de outras. Aqueles que amam a Deus têm sede de justiça e nunca se colocam do lado da impiedade. E muitos praticam maldades e ainda o fazem em nome de Deus.
Jesus nos afirmou: "Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte eternamente" (João 8:51). Isso significa dizer há salvação, que a Bíblia se cumpre, pois é a palavra de Deus. Em Hebreus 9:27 está escrito que "aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo". Logo, temos a morte por certa, salvo se Jesus vier e nos arrebatar enquanto aqui estivermos. Do contrário, seguiremos o caminho dos mortos.
O julgamento de nossas ações não caberá ao homem fazê-lo mas ao próprio Deus. Uma pessoa poderá não viver pecando e cometer um pecado para morte e, em não se arrependendo, estará sujeita a juízo. Enquanto outras poderão ter cometido inúmeros pecados, mas converteram-se aos pés de Jesus, vindo a ser uma nova criatura. Por certo, diz a Bíblia, que estas serão primeiras no Reino dos Céus, à frente de muitos que já se julgam santos.
As tragédias assistidas por nós em toda a terra são frutos da ação do homem, seja pela falta de sabedoria, seja pela falta de temor a Deus. Quantos deuses já se levantaram sobre a terra e foram destruídos? Quantos caminham sobre laços de morte sendo conhecedores da palavra de Deus?
Está recomendado ao homem pregar o evangelho a toda criatura uma vez que a vontade de Deus é que o homem se salve e retorne ao seu convívio. Esta separação nossa do Criador se deu pela desobediência de Adão e Eva e se propaga até os dias de hoje (Isaías 59:1-2).
Ao ouvirmos a palavra de Deus esta tem o efeito de gerar fé em nosso coração. "Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé e, se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma". (Hebreus 10:35 a 39)
"Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb 12:14). Façamos a nossa parte em amor e temor; sejamos luz e testemunhas das obras de Deus. Somente um coração grato poderá ter olhos para contemplar os feitos do Pai. Que a paz de Jesus seja com todos !
Zenaide Alcantara de Sousa
Irmã em Cristo Jesus



Autor: Zenaide Alcantara De Souza


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