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Não coleciono não.

Não coleciono não.

Gosto de uma garota quem nem me dá bola, mas eu não ligo. Não pedi pra gostar dela, não pedi que ela cruzasse meu caminho, nem que meu cérebro captasse a imagem daquela menina. Já não durmo pra descansar e sim para sonhar, para tentar relembrar a aquela imagem captada. Ela não sai dos meus pensamentos. E, para preservar a imagem, para que meu cérebro não a apresente com falhas, abro meu Facebook só para olhar a foto daquela menina. 
Eu não acredito em amor a primeira vista. Porém, na pessoa certa no momento certo, você estava lá nesse momento. Aprendi a aceitar o não depois do meu primeiro sim, um sim gostoso e marcante que recebi há nove anos, um sim [...] que deu origem ao meu primeiro contato labial.
Esperando o meu primeiro sim após nove anos, apenas dois nãos nesse meio intervalo. Poderia ser mais nãos, porém não gosto de colecionar não. Prefiro ficar “forever alone”, para não levar um não.


Etchevarne, Nicolas. 16 de maio de 2011.

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