O essencial que não dá espaço
É bonito quando a gente percebe que o outro não precisa que a gente faça algum coisa por ele, mas sim, que a gente seja alguém para ele. Que o outro não quer nada além da presença, do amor, do carinho, do respeito, da amizade. E nessa coisa linda de ser quem o outro precisa, mesmo sem ter nada a oferecer (até porque o outro não quer que façamos, mas que sejamos), a gente aprende que se pode ser mais humano, mais presente, mais amigo... A presença de um na vida do outro não passa pelos bens materiais, pelos ganhos financeiros, pelo "status" social, pela posição ou cargo que ocupa... Longe disso... A presença, e esta jamais passará, fica cravada no peito, pregada na parede da memória, imortalizada na retina da alma, marcada, profundamente, dentro do coração... E é bonito quando a gente percebe isso. Faz a gente ser melhor como pessoa, porque pôde ser para outra pessoa alguém de valor. Esse é o aprendizado que deixa, o essencial da vida. Não é o fazer por fazer, mas o ser para agregar, para ajudar a crescer e dar condição do outro ser alguém melhor, alguém que se ama inexplicavelmente, mas acima de qualquer sentimento, ama incondicionalmente, em todos os momentos da vida. E o essencial é isso, esse sentimento que não dá espaço para rancores, para ressentimentos, para o egoísmo, para o egocentrismo, para a incapacidade de acolher antes de querer tudo para si. Esse é o essencial da vida, amar sendo amor para alguém...
Autor: Johney Laudelino Da Silva
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