A Contabilidade Gerencial aplicada nas microempresas



Verifica-se que a Contabilidade Gerencial na maioria das microempresas ainda se restringe a planilhas de entradas e saídas, o processo de identificação das informações contábeis e financeiras por parte dos administradores deveria ser mais abrangente e detalhado, permitindo aos mesmos subsidiarem a tomada de decisão de forma mais eficiente, mas muitos empresários centralizam as informações e às vezes nem a registram.
O gerenciamento contábil é uma ferramenta utilizada para nortear as organizações de qualquer porte e integrar as demais áreas da empresa: Contabilidade Financeira; Contabilidade de Custos e Administração Financeira. De fato, essa integração facilita o trabalho do contador no que concerne a coleta de dados mais seguros e relevantes para o processo de organização e desempenho das empresas.
A Contabilidade Financeira tem como principal objetivo oferecer informações úteis sobre as entidades para seus usuários internos e externos. Essas informações financeiras nas pequenas empresas são elaboradas através de relatórios mais simples, ao contrário das S.A, que obrigatoriamente com a Lei 11.638/2007, devem apresentar relatórios mais detalhados e de maior complexidade.
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV - demonstração das origens e aplicações de recursos.
IV ? demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007).
V ? se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº11. 638, de 2007).

A situação financeira nas microempresas é evidenciada principalmente pela demonstração do fluxo de caixa e demonstração do resultado do exercício, essas demonstrações são as mais feitas pelos contadores para avaliar a eficiência administrativa das empresas e as mais exigidas pelos bancos para a análise e concessão de crédito e financiamentos.
Porém há outras análises e demonstrações que averiguam a saúde financeira das empresas. Segundo Marion (2008) que para se conhecer a situação econômico-financeira é preciso avaliar três pontos fundamentais: Liquidez, Rentabilidade e Endividamento, ele afirma que:
"Os índices básicos de Liquidez (Corrente, Seca e Geral), Rentabilidade (da Empresa e do Empresário) e Endividamento (Quantidade e Qualidade) são suficientes para ter uma visão superficial da empresa a ser analisada" (p.15).
Marion também afirma que "esses indicadores não são exclusivos para se obter informações específicas, a Demonstração do Fluxo de Caixa, por exemplo, propicia subsídios sobre o endividamento das empresas" (p.16).
Consequentemente, é de se supor que para a elaboração desses relatórios os administradores devem repassar aos contadores as devidas informações que envolvem a área financeira da empresa. Primeiramente o contador deve apurar se a empresa dá lucro, confrontando o contas a pagar e o contas a receber, pois a empresa só terá razão de continuidade se der lucro.

Tatiane Pereira Costa



Autor: Tatiane Pereira Costa


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