elogio ao zé
A gente come a couve do Zé das Couves,
couve, abóbora e couve-flor,
cálcio, ferro, vitaminas,
anguzinho mole e torresmo.
A couve é um bem,
mais que isso, é um recurso,
o serviço do Zé é útil,
tem carne, que é a couve,
tem sangue, suor, sol, vento
e suficiente esforço físico
para manter a mente distraída
e a vida nas veias.
A gente come o fruto
da ocupação do Zé,
tido como qualquer,
reles, das couves,
mas distraidinho
em sua utilidade física.
O Zé faz parte
da história tenra da terra,
da vida úmida e cheia de cheiros.
Feijoada, suco de couve batida
com mel, gelo e limão.
O macaco foi inventando utensílios,
modelando, planejando.
Virou homem e seguiu
sempre vitorioso a construir
e utilizar sua técnica
em busca de segurança e de conforto.
Zé é um técnico em couves,
não é um número estatístico apenas.
Se é gente com fome,
ele nem cobra
e dá ainda umas taiobas, fubá novo,
roupa velha, havaiana
com tira repregada com arame.
Das Couves é um homem
no meio da evolução
do que for que seja,
numa casinha
no meio das couves,
o próprio espantalho
de sua criação.
possuidor absoluto
das suas enxadas,
criador das suas couves
e das suas justiças
e dos seus confortos
e dos seus dias,
ele é carne e utilidade.
03.03.2011
Autor: Roberto Jr Esteves Siqueira
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