Henry Dunant Versus Acm Versus Cruz Vermelha



HENRY DUNANT VERSUS ACM VERSUS CRUZ VERMELHA
Dr.Wagner Paulon
2008

Henry Dunant nasceu em 8 de maio de 1828, em Genebra, Suíça. Seus pais formavam uma família de cristãos respeitados que levavam a sério, não só os deveres de cidadãos, como de seguidores de princípios humanitários, que norteavam uma Europa cheia de conflitos ideológicos e bélicos.

Sua infância foi segura e feliz. Filho de uma família rica, logo na sua juventude sentiu o despertar de sua cultura humanitária. Mais tarde, Henry Dunant, como bom suíço, foi trabalhar no setor bancário. Por trabalhar com afinco, Dunant tornou-se vitorioso no seu ramo de negócio, mas não abandonou os conceitos que aprendeu com sua família e em sua igreja e entregou-se de corpo e alma à atividade humanitária.

Seu primeiro desafio foi a fundação da ACM - Associação Cristã de Moços de Genebra foi seu primeiro feito, rumo à luta pelo amor ao próximo. O primeiro grande feito de Henry Dunant foi transformar a ACM em um grande movimento mundial, levando a organização, fundada pelo pregador americano D. L. Moody, num polo de formação de jovens comprometidos, não só com uma filosofia religiosa, mas voltados para o amor ao próximo, fosse ele quem fosse, ou que fé praticasse.

O amor nos escombros da guerra, Dunant, apesar de se envolver nos movimentos humanitários, continuou a ser um empresário bem sucedido. Por razões de negócios, viajou muito para Argélia e África. Investiu na Argélia, obtendo concessões para explorar minerais.

Mais tarde, na Itália, Dunant acabou vivenciando uma trágica guerra, após Napoleão III, imperador francês, realizar operações de guerra naquele país.
Foi nessa oportunidade que Henry Dunant viu os horrores dos conflitos bélicos, próximo à região de Solferino, na Itália. Ficou aterrorizado com o estrago da guerra, milhares de feridos e mortos. Pelos mortos, pouco podia fazer, mas os feridos eram sua preocupação.

E assim começou a amparar os feridos de guerra, atividade que, até então, poucos se importavam: os feridos no campo de batalha. Ele começou a organizar serviços de socorro numa igreja, a qual passou a ser uma espécie de central de atendimento. Quinhentos soldados já estavam sendo atendidos, enquanto que uma centena estavam do lado de fora, à espera de socorro.

Apesar de sua falta de tempo, Henry Dunant começou a trilhar os caminhos que o levariam a fundar a Cruz Vermelha. A idéia que tantas pessoas poderiam ser salvas se alguém as ajudasse, não saia do seu pensamento. No entanto, Dunant percebeu que não bastava ter pessoas que estivessem prontas como voluntárias. Precisava organizar o serviço de socorro.

O sonho finalmente se torna realidade e aos poucos, tomava forma as idéias de Dunant. Os governos começaram a ser alcançados, comprometendo-se em enviar remédios, profissionais e outros tipos de suprimentos, além de aceitarem a neutralidade do pessoal envolvido em simplesmente salvar as vítimas das guerras. E para não haver confusão ou engano com relação às pessoas que estavam nas frentes de batalhas, com o objetivo de salvamento, foi sugerido que estes não usassem uniformes militares, mas, sim, uma indumentária que pudesse distingui-los dos outros soldados e um símbolo específico, uma cruz vermelha.

No dia 23 de outubro de 1963, acontecia a primeira conferência em Genebra, com trinta e um delegados representantes de dezesseis países. Apesar das discussões e alguns debates sobre a neutralidade, as idéias de Dunant conseguiram tomar forma e serem colocadas em prática.
Assim, surgiu a Cruz Vermelha Internacional. Seja na guerra, na paz, em meios a conflitos de qualquer natureza, a Cruz Vermelha passou a ser um símbolo de socorro e amor ao próximo.

E é essa filosofia que norteia até hoje as atividades da Cruz Vermelha em todo o mundo, inclusive no Brasil.
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Autor: WAGNER PAULON


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