DO COMEDOR SAIU COMIDA, E DO FORTE SAIU DOÇURA.



1. Quem diria não é? Os "heroes" dos Trabalhadores da Educação, o SINTERO lançou em 2007 uma campanha para colher mais de 40 mil assinaturas de cidadãs e cidadãos rondonienses, visando dar entrada em um Projeto de Lei de Iniciativa Popular que garantisse a implantação da gestão democrática plena nas escolas estaduais. Todavia, as preocupações de outra ordem, entre elas a de como se manter no poder durante o governo Cassol desviaram para bem longe toda a sua força na ocasião. Eles, simplesmente, esqueceram! Deixaram de molho para outro momento qualquer. Um novo governo assumiu e a velha vontade do grupo, que dirige o sindicato desde sua fundação, de permanecer no poder fez com que, de novo, eles se preocupassem em ganhar um aumentinho qualquer nos vencimentos da lascada categoria, postergando o bendito projeto.
2-Recentimente, mas precisamente no dia 14 desse mês de maio, o SINTERO encarnado no corpo da CUT lançou uma nota no jornal eletrônico: "tudo Rondônia" para defender ardorosamente como nunca fez antes um legítimo e coitado "trabalhador da educação e filiado ao SINTERO", "que vive de salário de professor, não tem casa própria, anda de bicicleta para o trabalho, cheio de dívidas no crédito consignado do Banco do Brasil, desdentado porque não pode pagar um dentista, mal vestido, enfim, um lascado: o companheiro Elisafan Sales responsabilizando absolutamente e unicamente o ex-governador Ivo Cassol por todas as desgraças vividas por todos os funcionários públicos desse estado até agora. A nota da CUT chega a adjetivá-lo com termos do tipo: "algoz", "torturador", "perseguidor", "desrespeitador" e "opressor". Resumindo, Cassol foi o comedor dos trabalhadores em educação e das demais categorias. O forte que "ponhou" na rosca de todos! Mas forte que o mais forte de todos os sindicatos juntos daqui de Rondônia: o SINTERO! Poxa, como decifrar tamanho "enigma"? Nem Sansão foi tão criativo!
3- Mas, qual enigma mesmo? Quem é o comedor de onde sai a comida e o forte de onde sai a doçura? Quem, justamente, protagonizou e vai fazer acontecer o tão sonhado projeto de Gestão Democrática nas escolas públicas de Rondônia? Será que são os "paladinos" de sempre? Os "heroes" dos trabalhadores da educação: SINTERO, CUT, os Deputados estaduais do PT Hermínio Coelho [motorista], Epifânia Barbosa[professora] e Ribamar Araújo [Bioquímico]? É claro que não! Inacreditavelmente e paradoxalmente, o responsável pela realização do sonho de quem trabalha nas Escolas Públicas é justamente o supracitado "COMEDOR", o "FORTE" pintado como maldito por esses supostos opositores, mas, para a história, se servem de comida e de doce para muitos trabalhadores da educação que depositam quase todas as suas esperanças na possibilidade de eleger quem vai mandar neles dentro das escolas em que trabalham.
4- O Deputado Luizinho Goebel do PV, mas que foi do PPS na era Cassol. Ele mesmo! O leal escudeiro, o Sancho Pança as avessas do MALEDETTO ex-governador do Estado Ivo Cassol e Cahulla. O Deputado Luizinho que ajudou o governo Cassol a bater como nenhum outro governador bateu num sindicato na história desse estado. O cara que ajudou a humilhar os trabalhadores em educação e a mostrar que a direção do seu sindicato é medíocre diante de tamanha categoria. Ele mesmo! Fez o que a direção do SINTERO deixou de fazer quando teve a chance. Agora, a categoria perdeu o bonde da história. A chance de ajudar a instituir um processo democrático pleno dentro do sistema como um todo conforme muitos desejam.
5- No livro de Juízes capítulo 14, verso 14, da bíblia judaico-cristã o enigma criado pelo dito homem mais forte de todos na época, o super-homem dos hebreus, não durou muito tempo para ser decifrado pelos seus inimigos filisteus. Sansão tinha uma fraqueza; havia uma criptonita que o enfraquecia e o deixava a mercê dos seus inimigos: as mulheres. No nosso caso, o calcanhar de Aquiles dos nossos "heróis" é a vaidade, a autoconfiança, o orgulho, a prepotência, a malícia, a hipocrisia, o cinismo descarado e, pior, o apego ao poder. Mas nunca houve algo de bom e honesto, além disso, que impedisse que o nosso desejo por uma "gestão democrática" fosse viabilizado justamente por um fantoche de quem, durante oito anos, repetiram para nós, continuamente, que era nosso inimigo, o monstro, o horror dos professores as merendeiras desse estado. O comedor de onde sairá a comida e o forte de onde sairá a doçura. O enigma agora é saber se iremos ficar saciados e agradecidos pela "democracia" que disso virá. Quem se arisca a decifrar?

Autor: Moisés Peixoto


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