Roupas Rasgadas






Na imensidão do silencio da casa vazia
Salpicavam fantasmas pelas paredes do cérebro.
Buscava um sentido naquelas gargalhadas
No deboche do falar ser distante.

Vagando pelas lagunas do tempo
Da presença, da ausência
Petrificavam os sentimentos.
A água tentava lavar as rochas do desencanto.

Na ausência da consciência
Na velha inocência
Perdia-se
Soturno
Desesperava-se

As gargalhadas, o falar com desdém
A atitude soberana das tramas
Penetraram fundo naquele ser outrora meio criança
Nas noites sem sono revira-se na cama, levanta.

E agora, as roupas estão rasgadas
O quarto esta revirado
Deita, levanta.
Há fantasmas por todos os cantos.



Autor: Odair Ribeiro


Artigos Relacionados


Eu Te Vi Primeiro

Se Pudéssemos Voltar A Ser Criança.

Tu Que Dormes

Sombras No Quarto

Ausência

CoraÇÃo De Papel - Hantaro - O Hamster

O Amor E As Plantas