EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA O ALUNO COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA.



Compreende-se que a Educação Inclusiva demonstra o conceito da sociedade inclusiva, juntamente com a implantação de uma pedagogia aquela que, não classifica pessoas, mas que modifica os ambientes adaptando-se às particularidades de cada indivíduo. Esta sim passou a ter uma visão sobre a igualdade de todos e as diferenças nos sistemas educacionais possibilitando um aprendizado onde todos possam receber a mesma educação. É interessante apossarmo-nos neste momento do que diz Glat (2009, p.16) a respeito de que:

A Educação inclusiva significa um novo modelo de escola que é possível o acesso e a permanência de todos os alunos, e onde os mecanismos de seleção e discriminação, até então utilizados, são substituídos por procedimentos de identificação, e remoção de barreiras para a aprendizagem.

Podemos considerar a educação inclusiva como uma nova cultura escolar, onde as escolas passam por um processo de reestruturação visando à gestão de cada escola e seus sistemas educacionais. Segundo Glat, (2009, p. 16).

A política da educação inclusiva diz respeito à responsabilidade dos governos e dos sistemas escolares de cada país com a qualificação de todas as crianças e jovens no que se refere aos conteúdos, conceitos, valores e experiências materializados no processo de ensino-aprendizagem escolar, tendo como pressuposto o reconhecimento das diferenças individuais de cada origem.

Para que uma escola ou faculdade seja inclusiva, ela necessita fazer algumas modificações como: realimentar seu quadro de funcionários, reverem sua estrutura, planejar estratégias, aplicar metodologias e didáticas pertinentes a cada alunato. Podemos considerar a educação inclusiva como uma nova cultura escolar, onde os alunos surdos possam ter um ensino qualificado.

Embora no Brasil, ainda não tenha interpretes em todas as faculdades, isto causa uma barreira um obstáculo para os alunos surdos, pois os mesmos sabem que o ensino não visa ser igual para todos dentro da sala de aula. Para um professor que não tem experiência, explicar o conteúdo da aula e traduzir para a língua de sinais ao mesmo tempo, fica desconfortável. Pois para aqueles que não receberam treinamentos para exercer essa função, podem não conseguir compartilhar com o aluno surdo o aprendizado que considera correto e coerente ? para que os mesmos possam estar na mesma sintonia. Behrens, (1996 p. 21) afirma que:

O surdo não é diferente unicamente porque não ouve, mas porque desenvolve potencialidades psicoculturais diferentes das dos ouvintes. Nas expressões clínicas do tipo de "deficiência auditiva" se desconhece esta diferença e se caracteriza a surdez desta maneira: o surdo é fundamentalmente como ouvinte, porém, se tornamos o ouvinte imperfeito. Trata-se de um procedimento de diminuição, que leva invariavelmente ao conceito de menos-valia.

Pressupõe-se que existe uma necessidade de adaptação no ensino, pois cada pessoa tem seu tempo e idade mental próprios de seu organismo. Tanto que alguns aprendem melhor com estratégias de ensino de caráter visual, outras assistindo vídeos, outras lendo sozinhas, outras com o professor lendo. E até mesmo aquelas que utilizam a imaginação associando-a à disciplina ou conteúdo trabalhado em sala de aula.

Nem todos seguem o mesmo caminho para resolver um exercício. Por exemplo se estivéssemos em uma sala de aula com alunos do curso de Sistemas de Informação o professor pedisse pra os alunos desenvolver um jogo de "Dama", onde é possível utilizar a linguagem de programação Delphi.

Segundo Oliveira (2003, p. 01) o Delphi, lançado em 1994 e atualmente com várias versões no mercado, é um dos ambientes visuais de desenvolvimento preferidos por programadores, já que oferece inúmeras ferramentas para tornar o desenvolvimento para Windows, fácil, rápido e seguro.

A linguagem Delphi é muito utilizada no desenvolvimento de aplicações Desktop, aplicações de multicamadas e cliente/servidor, sendo compatível com vários bancos de dados existentes no mercado de trabalho. Esse sistema pode ser utilizado para diversos tipos de desenvolvimento de projetos, abrangendo todo serviço de aplicações Web dentre outras. Se em alguma Faculdade obtivermos um aluno com deficiência auditiva cursando Sistemas de Informação, está linguagem de programação seria a mais adequada, uma vez que, ela possui um menu com inúmeros ícones de desenho, onde o aluno terá um absorção clara do que tem que ser desenvolvido na disciplina. Concluímos que cada aluno tem sua história de vida, sua história de aprendizagem, características pessoais.

Referências:
FERNANDES, Eulalia. Surdez e Bilingüismo. Porto Alegre: Mediação 2008.

GLAT, Rosana. Educação Inclusiva: Cultura e Cotidiano Escolar. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009. Ed.Viveiros de Castro Ed. Ltda.

MARTINS, V. R. O. Implicações e conquistas da atuação do intérprete de língua de sinais no ensino superior. Educação Temática Digital, Campinas, v.7, n.2, p.157, jun. 2006.

Autor: Viviane Pereira Silva


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