TECNOLOGIAS PARA ACESSIBILIDADE AOS SURDOS



O crescimento contínuo das tecnologias digitais conquista cada vez mais o seu espaço entre aqueles que a utilizam. As tecnologias digitais são potencializadas para as interações sociais que permitem, por meio das ferramentas de comunicação existentes nesta década mediada por computador (e-mail, lista de discussão, MSN, blog?s, portfólio, redes sociais etc.), uma variedade e dinâmicas lingüístico-discursivas que os possibilitam o uso da linguagem dentro e fora das salas de aulas.
É de suma importância refletir sobre o avanço da tecnologia, e o quanto a mesma está avançada e sendo útil para nossos alunos com deficiência auditiva. Como ainda não há professores interpretes em salas de aulas para o ensino superior, a tecnologia nos ajuda bastante. Pois com alguns recursos os alunos com deficiência auditiva podem esclarecer suas dúvidas, por exemplo, com a ferramenta Teleduc que é alvo de regra em todas as faculdades. Sendo uma ferramenta de ambiente e criação de cursos pela internet. O Teleduc foi desenvolvido de forma participativa, e de necessidades reais de usuários dentro das faculdades. Ele mostra características relevantes que o diferenciam dos demais ambientes para a educação, tendo facilidade de uso por usuários leigos em computação.
Partindo deste ponto, para que os alunatos com deficiência auditiva tenham um estudo com Qualidade como qualquer outro aluno, independente de sua necessidade, é imprescindível a utilização destes recursos abaixo, como afirma Torres Guedes, Fátima: (Abril 2006).

§ Software para reconhecimento da fala seja através de sons ou de imagens;
§ Estenotipia/estenografia: este método TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação). Atualmente ele é considerado, o mais adequado para a minimização em maior grau de muitos dos problemas de acessibilidade na comunicação encontrados pelos surdos oralizados;
§ Implante coclear (programação dos sons em informações digitais, o que instaura um mecanismo novo de audição);
§ Produtos de vídeo e multimídia (TV, DVDs, vídeo-conferência, etc, sempre com legenda e/ou projeção de slides e apresentação de
transparências);
§ TV digital: permite a transmissão de um programa por mais de um canal e pode permitir a inclusão de canais com legenda através do uso de recursos para a transcrição da fala, como a estenotipia/estenografia ou o reconhecimento automático da fala;
§ Educação à distância através do uso de vídeo-conferência com Internet de alta velocidade (permite leitura labial), da navegação em ambiente Web hipermediáticos criados com recursos de redundância (sítios www, intranets);
§ Utilização de materiais didáticos que explorem as possibilidades da hipermídia e contenham as redundâncias necessárias às necessidades dos usuários (necessidade decorrente seja por deficiência orgânica, seja por características dos equipamentos e conexões disponíveis ao usuário), adequando-se aos critérios definidos pelo W3C para conteúdos digitais acessíveis;
§ Presença de telões com legenda para a participação dos surdos oralizados, em igualdade de oportunidades, nos congressos, palestras, simpósios, etc. Este recurso depende das tecnologias para transcrição de falas e para sua implantação deve-se contar com o apoio e cooperação das sociedades científicas;

Percebe-se que a tecnologia está melhorando a qualidade de vida dos alunos com deficiência auditiva, proporcionando a eles diversos recursos de comunicação. Recursos que antigamente não tinha, Observa-se que a língua de sinais está ganhando espaço na sociedade, uma vez que está sendo incluída em diversos cursos no ensino superior.

Mas em virtude das perspectivas atuais, são perceptíveis que futuramente será uma língua que deverá ter no currículo escolar como as demais. Entretanto, não são todas as pessoas com deficiência auditiva que conseguem usufruir das novas tecnologias oferecidas, uma vez que os alunos que são mais novos têm uma compreensão aguçada, proporcionando para a sua mente uma absorção rápida.

Os alunos que possuem idade acima da escolaridade tendem a ter uma dificuldade de absorção de conteúdo.


Refêrencias:
BEHRENS, Marilda Aparecida. A formação continuada dos professores e a prática pedagógica. Curitiba: Champagnat, 1996.

DEMO, Pedro. O novo papel dos professores. Suplemento - Folha Dirigida. São Paulo, ano X, n. 1017, 17 a 23 de out 2003.

FERNANDES, Eulalia. Surdez e Bilingüismo. Porto Alegre: Mediação 2008.

GLAT, Rosana. Educação Inclusiva: Cultura e Cotidiano Escolar. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009. Ed.Viveiros de Castro Ed. Ltda.

Autor: Viviane Pereira Silva


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