Ser, Humano, Eternidade.



Ser, Humano, Eternidade.
Sou o mais profundo de mim representado por um espelho transparente e levemente envelhecido. Na sua existência não busco ser nada além do que um simples degrau na escada da sabedoria e humanidade.
Já na minha existência busco o infinito; um infinito singelo e ao mesmo tempo grandioso; utópico e ao mesmo tempo possível.
Que dizer da vida, que não ser ela o mais saboroso e divinal dos prazeres, ao passo que também se torna o mais viciante e mortal dos vícios humanos, culminando num desespero silencioso.
Morrer não explica nada, mas resume tudo, resume o que fomos, porque vivemos, nascemos, pelo que lutamos, sonhamos e deixamos de inspirar e expirar eternamente.
Apesar de se saber que o tempo existe e que a matéria o acompanha escravamente, o ser pensante não se quer deixar curvar a essa máquina demente.
Como aceitar que o fim existe se é no seu ápice que percebemos nossa existência e ansiamos por um novo recomeço, pois é na morte que entendemos o sentido da vida.Que nenhuma alma humana deve ser esquecida, que o existir não se resume a representação de mais um número volúvel na contagem da humanidade, mas sim que a existência eterna deve ser o destino para cada forma única e insubstituível da face humana...

Solange da Cruz Alves

Autor: Solange Da Cruz Alves


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