Bullying na Escola



INTRODUÇÃO

A pesquisa pretende mostrar a importância de reconhecer e estudar o bullying, fenômeno esse que causa tantos transtornos psicológicos, pois vemos que em pleno século XXI o preconceito ainda cresce de forma assustadora, deixando marcas de horrores e violência em muitos indivíduos.
O bullying é um assunto a ser tratado com muito cuidado e jamais pode ser descartado ou ignorado, pois muitos se referem a esse fenômeno como uma brincadeira, mas no decorrer da leitura, você leitor verá que o bullying é uma brincadeira que não tem graça, e uma criança ao ser agredida vai passar a desenvolver intensos transtornos psicológicos. Desse modo, é que nos como educadores e pais temos que ficar atentos, e saber reconhecer quando uma criança esta sendo perseguida e agredida.
Muitas pessoas afirmam ter sido vitimas desse tipo de violência que vem mascarado na forma de brincadeira. Esse comportamento há tempos atrás era considerado como um ato inofensivo, atualmente é confirmado que pode acarretar sérias conseqüências no desenvolvimento psicológico dos indivíduos, gerando desde queda na auto-estima, ate casos mais extremos, como o suicídio e outras tragédias.
O bullying é um dos temas, mas discutidos mundialmente no âmbito escolar, já que na grande maioria as perseguições parte dos estudantes que não conseguem entender as diferenças e desigualdade que existe no mundo social, e estão sempre em busca de diversões, mesmo sabendo que isso não se trata de uma brincadeira inofensiva, mas sim um ato de covardia que vai deixar marcar na vida de sua vitima como uma cicatriz.
O bullying ocorre por vários fatores, mas, na maioria dos casos, o que predomina é o ambiente familiar, se uma criança vive num clima de desrespeito, ela pode passar de vítima, em casa a agressora, na escola e oprimir os colegas. Isso pode resultar em depressão e dificuldade para relacionar-se, em outros casos o agressor se sente superior a todos e enxergam as suas vitimas como pessoas anormais, ou seja, fora dos padrões considerados "normais" para a sociedade oprimente.
Por tudo isso, o aprofundamento sobre o tema e a compreensão sobre suas manifestações é de suma importância tanto por pais, alunos, professores, para a construção de um processo de relações entre os alunos pautados por princípios éticos, tais como autonomia, solidariedade, amizade, respeito, diálogo, disciplina, cooperação e honestidade.

1 TEMA

Bullying na escola.

2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Reconhecer e estudar o fenômeno causador de transtornos psicológicos no processo de ensino aprendizado, focado nos alunos que cursam o segundo período de Educação Infantil em uma escola municipal, da cidade de Ariquemes/ RO.

3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Qual é a origem e conseqüência dos transtornos psicológicos dos alunos vítimas do bullying e, porque é importante conhecer e estudar os fenômenos causadores deste mal durante o aprendizado?

4 HIPÓTESES

- Diagnosticar quando uma criança esta sendo agredida;
- Conscientização do mal que o bullying causa as suas vitimas;
- Políticas que poderiam minimizar ou extirpar as conseqüências do bullying na escola.

5 OBJETIVOS

5.1 Geral
Estudar e analisar os principais motivos que levam o ser humano, ainda em uma idade tão tenra, a prática do bullying.
5.2 Especifico
- Levantar quais são os principais autores que se dedicam ao estudo do fenômeno bullying no Brasil;
- Verificar os conceitos e princípios do bullying na escola;
- Conhecer os principais motivos que levam as crianças a praticarem o bullying.

6 JUSTIFICATIVA

Toda criança ao ser matriculada na escola sente-se acuada, pois esta tendo que conviver com outras pessoas que não pertenciam ao seu ambiente familiar. Este fato, mesmo que isoladamente, já representa grandes desafios aos alunos ingressantes na vida escolar, eis que mudam os paradigmas de convivência. No entanto, tudo pode ser agravado quando a criança ainda é vitima de bullying, desestruturando assim todo o projeto de aprendizagem. Por isso os educadores devem estar atentos quando uma criança esta sendo atingida por tais fenômenos, assim como também identificar o agressor.
Através de estudos podemos constatar que o bullying é um dos fenômenos que mais atrapalham o desenvolvimento do ensino aprendizado e na estrutura emocional da criança. Diante destes aspectos, nossa escolha pelo tema, com o objetivo de contribuir com o estudo do bullying e principalmente diminuir sua incidência no ambiente escolar.


7 METODOLOGIA

O processo de investigação desta pesquisa ocorrerá em dois momentos, primeiramente teremos um procedimento técnico com a pesquisa bibliográfica, o que faremos através de levantamentos teóricos acerca do fenômeno, em livros, teses, artigos, revistas e na internet.
O segundo momento será procedido através de pesquisa empírica, que acontecerá em uma escola da rede pública municipal situada no município de Ariquemes, Estado de Rondonia. A mesma será feita com o intuito de buscar conhecimentos sobre os maus causados pelo bulling, visando conscientizar nossas crianças dos traumas que o bullying traz para a vida futura social e psicológica de suas vitimas, com o objetivo de minimizar o índice do bullying.
Sendo assim, a pesquisa será objetivada em dois aspectos, o de observação e entrevistas, o que faremos através da aplicação de questionários. A observação será procedida como indicam Lüdke; André (1996) de caráter controlado e sistemático, elaborando um planejamento e uma preparação rigorosa do observador prevendo o que vai se observar e como se dará esta observação, estes critérios se fazem necessários segundo as autoras porque as observações que cada um de nós faz na nossa vivencia diária são muito influenciadas pela nossa história pessoal, o que nos levam a privilegiar certos aspectos da realidade e negligenciar outros.
Desta forma, a observação será um instrumento de grande valia na investigação por propiciar um contato pessoal com os pesquisados, possibilitando, assim a flexibilização do raciocínio ampliando o horizonte das buscas e dos dados.
A aplicação de questionários consiste na coleta de dados, onde se obtém o registro escrito dos entrevistados e constituirão os dados que tabulados e discutidos à luz dos demais coletados através das observações e das entrevistas, tudo isso confrontados com as teorias pertinentes que farão parte da pesquisa e do fenômeno investigado.

8 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O bullying é um fenômeno conhecido e estudado mundialmente e temos observado que a preocupação dos educadores, inclusive a nível mundial, tem aumentado, fato que justifica um grande material de estudo sobre a matéria. Embora esteja presente mais nas escolas, não é um fenômeno restrito ao âmbito escolar, pode ser encontrado em qualquer seguimento da sociedade.
A palavra bullying tem origem inglesa, mas os outros países incluíram a mesma em seus vocabulários para definir a violência verbal, psicológica e física vivenciada por muitos. O bullying existe há muito tempo, mas só começou a ser estudado através dos acontecimentos que surgiram e deixaram marcas de sangue e sofrimento em muitas famílias, como por exemplos os massacres em escolas citados por Silva, no seu livro mentes perigosas nas escolas.
Geralmente, as vitimas do bullying são pessoas que estão fora dos padrões considerados "normais" para a sociedade opressiva, como as crianças com um peso acima dos parâmetros normais, os que possuem um peso inferior, as crianças com dificuldades visuais, as que se dedicam aos estudos mais que os padrões da classe e, as com um comportamento fechado, com dificuldades na comunicação.
Os agressores são as crianças com estrutura física avantajada, os populares, aqueles que não aceitam ser contrariados ou frustrados que, ao sair da escola, manifestam atitudes violentas, inclusive em alguns casos violência físicas, as quais imprimem em relação a crianças do sexo oposto. Os agressores desde muito cedo já apresentam sinais, pois na maioria das vezes não aceitam regras e possuem em sua personalidade traços de desrespeito com grandes tendências de praticar atos de maldade em relação aos seus colegas e também ao educador. Neste sentido vale ressaltar o seguinte ensinamento:
As manifestações de desrespeito, ausência de culpa e remorso pelos atos cometidos contra os outros podem ser observadas desde muito cedo (por volta dos 5 a 6 anos). Essas ações envolvem maus-tratos a irmãos, coleguinhas, animais de estimação, empregados domésticos ou funcionários da escola (SILVA, 2010, p.44).
Nas escolas existem três classes que se pode distinguir de forma bem clara: os populares, que na maioria das vezes são os agressores; os neutros que são os telespectadores, que assistem as agressões e ficam caladas por medos de se tornarem as próximas vitimas e; por fim, os excluídos, que são as vítimas escolhidas pelo agressor, as quais sofrem agressões físicas e morais diariamente e na maioria das vezes não denunciam aos pais ou professores por medo e vergonha.
Por essa razão é que os educadores devem exercer seu papel com competência, estando atentos a todas as atitudes entre os alunos, inclusive no relacionamento entre eles, visando apurar se de fato são brincadeiras ou atitudes que podem afetar a parte psicológica do aluno, trazendo assim prejuízos ao processo educacional da criança.
Não e tarefa fácil evidenciar os agressores, os telespectadores e as vitimas, pois quase sempre eles se recusam a falar a respeito do assunto. Sendo assim surge a importância de estudos para indendificar e combater esse fenômeno que sempre existiu, mas sua proporção vem aumentando a cada dia a nível global.
Diante de estudos pode se afirmar que as vitimas do bullying apresenta dois tipos de reações, as adoecedoras e as transcendentes.
As reações adoecedoras, onde as vitimas não recebem apoio e não resistem a tantos insultos e agressões e acabam por desenvolver doenças psíquicas que podem até mesmo provocar o suicídio. De acordo com Silva (2010) o jovem que não recebe apoio familiar ou incentivo escolar para desenvolver seus talentos, dificilmente conseguirá despertar seu poder de resiliência e acionar mecanismos de defesa positivos que o levem à superação dos obstáculos.
E as reações transcendentes são quando as vitimas conseguem superar suas angustias, dores e sofrimentos e transformam em aprendizado, e aproveitam o tempo em que são excluídos e se dedicam em algo que gostam e se identificam, com isso acabam se transformando em vencedores. Não se pode dizer que ao se tornar um vencedor as cicatrizes serão apagadas. Pois Silva (2010) afirma que mesmo a vitima tendo no futuro um sucesso profissional ou uma realização material não consegue apagar tal violência sofrida na infância ou adolescência, seja ela psicológica ou física.
Por esse motivo é que pais e professores devem ficar atentos a todos os acontecimentos que se relacione ao processo do desenvolvimento da criança, pois na maioria das vezes quando uma criança começa a desenvolver um comportamento diferenciado dos demais, ele pode esta sendo uma vitima do bullying, sendo assim ficam aqui alguns comportamentos apresentados em vitimas:
- falta de interesse pelos estudos;
- dores de cabeça, principalmente na hora de ir porá a escola;
- perca e má conservação de materiais escolares;
- hematomas pelo corpo;
- exclusão nos ambiente social;
- falta de amigos;
- medo em acesso.
De acordo com Silva os:
Pais e professores costumam ter nas mãos a varinha de cordão que aciona o poder da resiliência adormecida em cada ser humano. A observar atenta, a compreensão e o estimulo são capazes de despertar talentos inatos e fazer prosperar-los com ajuda e apoio adequados (SILVA, 2010, p.).
Portanto pode se afirmar que a educação e o caráter de uma criança esta nas mãos de seus educadores, sejam eles os pais ou professores, pois a biologia cerebral não nasce pronta, em outras palavras: o pensar e o agir de cada individuo não estão previamente moldados. Desta forma, as características de cada indivíduo vão sendo formadas a partir das inúmeras e constantes interações do indivíduo com o meio, compreendido como contexto físico e social, que inclui a dimensão interpessoal e cultural. Nesse processo dinâmico, ativo e singular, o indivíduo estabelece, desde o seu nascimento e durante toda a sua vida, trocas recíprocas com o meio, já que, ao mesmo tempo em que internaliza as formas culturais, as transforma e intervém no universo que o cerca.
Assim, as características do funcionamento psicológico como o comportamento de cada ser humano são, nesta perspectiva, construídos ao longo da vida do indivíduo através de um processo de interação com o seu meio social, que possibilita a apropriação da cultura elaborada pelas gerações precedentes.
Cada indivíduo aprende a ser um homem. O que a natureza lhe dá, quando nasce, não basta para viver em sociedade. Ele necessita do aprendizado que irá adquirir no decurso do desenvolvimento histórico da sociedade humana. (PEREIRA, 2008 apud LEONTIEV, 1978, p.267).
Nesse contexto, pode se disser que o individuo ao ser educado deve ser disciplinado, estimulado e valorizado, pois cada um de nos temos um modo peculiar de viver, e isso não significa que somos menos ou mais do que outro individuo. De acordo com Silva cada individuo possui uma personalidade e são os traços dela que definem, em grande parte, nossos interesses, gostos, nossas aversões, reações perante os acontecimentos da vida e, sobretudo, o modo como nos relacionamos com as demais pessoas, e a personalidade resulta da interação do temperamento com a grande variedade de situações.
Muitas pessoas acabam se desviando do modo como foi educado por ter em seu interior psicológico a marca da violência, é nesses casos que surgem os suicidas, que antes de praticarem o ato cometem crimes bárbaros fazendo-os se sentir heróis. Nesse sentido Silva enfatiza a importância de salientar que tais perversidades não são justificáveis sob nenhum aspecto. Podemos e devemos aprender a combater a pratica do bullying, mas não é possível justificá-la ou tolerá-la.
Dessa forma, os agressores devem analisar bem suas atitudes perante suas vitimas, pois alem de ser o responsável da autodestruição de um ser humano, pode se tornar o responsável pela morte de vários seres humanos. Não que se queira culpar os agressores por todos os terrores existentes dentro do âmbito escolar, mas atribue-se sim uma grande parcela de culpa aos agressores, pois diante de estudos pode se afirmar que um ser humano que já tem um histórico em sua família de pessoas com problemas psicológicos, pode com as agressões constantes desenvolver um quadro doentio de esquizofrenia, doença essa que afeta as emoções, o pensamento, as percepções e o comportamento do indivíduo.
Todo sujeito tem o direito de buscar para si o melhor, desde que essa busca não gere violência. Violência essa nascida da busca de satisfação no poder do simples sobreviver sem ter condições culturais, sociais, econômicas e financeiras, roubando, matando, traficando como forma de vida ou apropriando-se de gordas verbas e vantagens publicas, buscando a todo e qualquer custo à satisfação e prazer que o poder representa. Esse homem é aquele que nas escolas agride fisicamente e psicologicamente pessoas que nada tem haver com a idéia de "ideal" que o mesmo exige que todos os indivíduos que a cerca tenha.
Os problemas de disciplina, que também podem ser chamados "de convivência", nas escolas, é um reflexo de uma crise de valores que está se produzindo em nossa sociedade em geral, sendo assim os valores devem ser transmitidos de forma que o individuo não se corrompe e destrua mentes, sonhos e vidas, praticando e incentivando o bullying.






9 CRONOGRAMA


Meses / 2011

02/11 Escolha do tema e justificativa.
02/11 Devolver as duplas os passos elaborados nas aulas passadas;
O grupo deverá iniciar a elaboração da delimitação do tem e da formulação do problema.

03/11 Recolher os passos feitos pela dupla;
O grupo devera elaborar o objetivo geral e especifico as hipóteses e justificativas;

04/11 Devolução dos passos elaborados e avaliados nas aulas passadas para a dupla;
A dupla terá 04 semanas para elaborar a metodologia, fundamentação teórica, cronograma e referencia;

05/11 Entrega do projeto devidamente digitado nas normas da BNT;
Sugerir alguma alteração (caso haja) para que fique melhor entendível ao publico;
A partir desta data os grupos deverão estar se reunindo para colocar em pratica o projeto proposto;
Pegar na coordenação do curso ofício de encaminhamento para entregar nas escolas onde o projeto será desenvolvido.









REFERÊNCIAS

LUDKE, Menga e André, Marli. Pesquisa em Educação: Abordagem Qualitativa. São
Paulo: EPU 1986.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. ver. e ampl. de acordo com a ABNT ? São Paulo: Cortez, 2000.
ROLIM, Marcos Flavio. Bullying O Pesadelo da Escola. Porto Alegre: ed. Dom Quixote, 2010.
MELO, Josevaldo Araújo de. Bullying na Escola: como identificá-lo, como preveni-lo, como combatê-lo. Recife: ed. Edupe, 2010.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes perigosas nas Escolas bullying. Rio de Janeiro: ed. Objetiva, 2010.
PEREIRA, Márcio. Desenvolvimento Psicológico segundo Vygotsky: Papel da Educação [1]. Portal da Educação. Disponívelem:. Acesso em 20 de abril de 2011.

Autor: Rosenilda Lima Gomes


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