Conhece o Mario?
Certo dia em Porto Alegre, eu estava numa livraria e papelaria para comprar material de pintura, tela, tinta e pincel, quando, ao olhar para o lado, vi um senhor de cabelos grisalhos diante de uma estante examinando os livros ali exposto. Logo reconheci Mario Quintana e me surpreendi ao vê-lo ali, como eu, fazendo compras.
Ás vezes as gente não se dá conta de que gente famosa é de carne e osso, é tão humano quanto nós, os anônimos.
Fiquei curioso em saber que livro o poeta estava comprando. Disfarçadamente me detive junto ao balcão, fingindo estar lendo uma revista e quando ele se dirigiu ao caixa, colocou o livro sobre o balcão. Notei que era sobre arte, se não me engano, arte moderna. Ele pagou pelo livro e logo saiu com a sacolinha na mão, descendo a Rua da Praia. E eu, bobo, não falei com ele e nem pedi um autógrafo!
Mario Quintana faleceu em 1994 e antes disso não pude fazer-lhe a homenagem que faço agora.
Aliás, os poetas não morrem, repousam nos braços de Euterpe e continuam vivendo na obra que fica. Eu ainda posso ver Mario em vídeo e em seus poemas onde ele sempre estará.
O Mundo de Mario
Pulando na calçada
Brincando de amarelinha
Lili Inventa o Mundo
A Vaca e o Hipogrifo
No Esconderijo do Tempo
Abrem o Baú de Espantos
Dele salta O Sapo Amarelo
Com um Sapato Florido
Outro Sapato Furado
Corre apressado para brincar
Com a menina
Na Rua dos Cata-ventos
E no céu, imaginem só!
À sombra de um jacarandá
Mario e os escravos de Jó
Jogavam caxangá.
Autor: Antonio Stegues Batista
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