Sub - Bacia Rio Cotinguiba e Fazenda Boa Luz
Curso de Geografia
Hosana Almeida da Silva
Sub - Bacia Rio Cotinguiba e
Fazenda Boa Luz
Trabalho apresentado à disciplina
Climatologia Dinâmica sob a
Orientação da Prof. Fábia Verônica
para a obtenção parcial da
2º avaliação.
Data: 10/05/2006 Turma: N 02
ARACAJU
2006
Características Hidrográfica do rio Sergipe
O rio Sergipe percorre aproximadamente 210 km, desde suas nascentes, em Nossa Senhora da Glória, até desaguar no oceano Atlântico, em Aracaju. Seus principais afluentes pela margem esquerda são os rios Pomonga, Parnamirim, Ganhamoroba e Cágado; e, pela margem direita, os rios Poxim, Sal, Cotinguiba, Jacarecica, Morcego, Jacoca, Campanha, Lajes e Melancia.
A qualidade da água do rio Sergipe apresenta uma grande variação no conteúdo de sais, que diminui sua concentração de montante para jusante, em conseqüência do aporte de águas com baixo teor de salinidade provenientes das regiões situadas no trecho inferior da Bacia, formadas por rochas sedimentares e nas quais a incidência de chuvas é maior. Estes dois fatores possibilitam uma boa recarga, circulação e elevada renovação das águas subterrâneas que alimentam os afluentes e proporcionam a esse rio um regime permanente. Por outro lado, no médio e alto curso do Rio Sergipe as águas se apresentam de baixa e média qualidade físico-química e com vazões inferiores às do curso inferior, em decorrência da prevalência de rochas cristalinas, de caráter metamórfico.
A Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe está constituída por 26 municípios, dentre os quais oito possuem a totalidade de suas terras inseridas nesta Bacia, enquanto que 18 municípios estão incluídos de forma parcial, conforme os quadros e figura 1, a seguir.
Municípios Totalmente Inseridos na Bacia
Laranjeiras
Malhador
Moita Bonita
Nossa Senhora Aparecida Nossa Senhora do Socorro
Riachuelo
Santa Rosa de Lima
São Miguel do Aleixo
Municípios Parcialmente Inseridos na Bacia
Aracaju
Areia Branca
Barra dos Coqueiros
Carira
Divina Pastora
Feira Nova
Frei Paulo
Graccho Cardoso
Itabaiana Itaporanga D?Ajuda
Maruim
Nossa Senhora da Glória
Nossa Senhora das Dores
Ribeirópolis
Rosário do Catete
Santo Amaro das Brotas
São Cristóvão
Siriri
Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe
Aspecto da populacional da Bacia de Sergipe
A população residente no território da Bacia compreende 1.010.523 habitantes, equivalendo a 56,6% do total do Estado, prevalecendo o contingente feminino, representado por 51,7%. A maioria expressiva da população, 86,8%, reside em áreas urbanas, ao passo que 13,2% situam-se na zona rural, fato que comprova o acelerado processo de urbanização em curso na Bacia, nas últimas décadas, responsável pelo grande passivo ambiental da região. O ritmo de crescimento populacional na Bacia persiste sendo superior à registrada para o conjunto do Estado. No período de 1991 a 2000, a taxa de crescimento anual da população residente na Bacia foi de 2,36%, ao passo que no Estado situou-se em 2,01%. O incremento populacional na Bacia está fortemente condicionado às elevadas taxas apresentadas pelo município de Aracaju. Com efeito, a densidade demográfica da Capital, de acordo com os dados do Censo Demográfico 2000, é de 648,3 habitantes por km2, enquanto que esta relação na Bacia é de 148,6 e no Estado, de 80,9 hab/km2.
A população da Bacia do rio Sergipe está distribuída em 116.689 domicílios. Deste total, 85,2% possuem água encanada, mas somente 38,7% estão ligados à rede geral de esgoto. Essa situação é agravada pelo fato de que parte significativa do esgoto coletado não passa pelos tratamentos requeridos pela Resolução Nº 20, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), sendo despejados em corpos d? água, que se tornam cada vez mais degradados e impróprios aos diversos usos. No que se refere à coleta de lixo, aproximadamente 80% dos domicílios são atendidos por este serviço, o que não assegura condições adequadas de saneamento, tendo em vista que os resíduos urbanos são depositados em lixeiras a céu aberto, em flagrante desrespeito ao meio ambiente
Fonte: IBGE; Censo Demográfico - 2000.
Figura 2 - População Residente por Gênero ? 2000.
Aspectos Climáticos da Bacia do Rio Sergipe
O quadro climático predominante na Bacia é o semi-árido, que envolve em torno de 58,0% da área total, enquanto que as regiões agreste e sub-úmida representam, respectivamente, 24,0% e 18,0%. Desse modo, as elevadas temperaturas contrastam com a extrema irregularidade na distribuição espacial das chuvas. Na faixa litorânea (18% da área), o clima é classificado como úmido. As chuvas, normalmente, se concentram nos meses de março e agosto. Na grande Aracaju, a precipitação média anual é de 1.333mm e a temperatura média anual é de 25,2%ºC.
A água é um bem que sofre com as alterações que ocorrem na natureza. Ela está sempre em movimento e por isso a mesma água que hoje encontramos nas nuvens, amanhã encontraremos nos rios. A esse movimento chamamos de ciclo hidrológico, que envolve outros fenômenos: a evaporação das águas do mar, lagoas, açudes e outras fontes, que se transformam em nuvens; a precipitação (chuva), que devolve a água das nuvens ao solo; o escoamento das águas das chuvas, fenômeno que conduz as águas para os rios, canais, açudes, lagoas e demais cursos d?água; e a infiltração, que se refere à parte da água absorvida pelo solo, subsolo e que alimenta os mananciais, tanto os superficiais (rios, lagos, lagoas etc.) como os subterrâneos (lençóis freáticos e profundos).
Rio Sergipe (N.S. das Dores)
Sub-Bacia do Rio Cotinguiba
Compondo o quadro da hidrografia do estado, a sub-bacia do rio Cotinguiba é uma das principais formadoras da bacia do rio Sergipe. Com largura média de 8m, estendo-se por cerca de 232,5 Km2, posicionada entre 100 44? 56" e 100 51? 5" de latitude sul e 370 04? 56" e 370 21? 52" de longitude ocidental.
O rio Cotinguiba tem sus nascente principal no município de areia Branca (Serra Comprida), com altitude em torno de 400m e sua desembocadura ocorre no município de Nossa Senhora do Socorro bob a forma de estuário.
O gradiente encontrado foi de 3,54m Km para a drenagem principal desenvolve curso de 21 Km, com direção geral NW-SE até formar-se afluente pela sub-bacia de 6ª ordem conforme o critério de hierarquização de drenagem (STRALER 1952) o rio cotinguiba faz parte da Bacia do Rio Sergipe.
A sub-bacia ocupa parcelas de quatro municípios sergipanos. Riachuelo, Nossa Senhora do Socorro, Laranjeiras e Areia Branca.
O município de Laranjeiras tradicional área canavieira do estado concentra-se a maior parcela de área 45,81%, seguido de Nossa Senhora do Socorro 26,15%. O município de Riachuelo apresenta uma área pouco expressiva 2,75% e o município de Areia Branca situada na região agrestina perfaz 25,29% na sub-bacia.
De acordo com o Zoneamento definido pelo IBGE (1991), esta poção de território sergipano pertence as Mesoregiões Geográficas do Agreste Sergipano (Microrregiões do agreste de Itabaiana, Aracaju e Baixo Cotinguiba).
A urbanização apresenta uma trajetória ascendente em todas as Microrregiões Geográfica do estudo de Sergipe. Os índios mais elevados são encontrados nas Microrregiões Geográficas de Aracaju 98,31% e Baixo Cotinguiba 81,24% das quais fazem parte os municípios de Nossa Senhora do Socorro, Laranjeiras e Riachuelo.
As Rochas sedimentares ocupam quase a totalidade da sub-bacia, com exceção dos setores aluvial, costeiro de pequenas ocorrências de rochas metamórficas nos divisores oeste da sub-rocha, nascentes do rio Cotinguiba.
A substituição da vegetação primitiva pela cultura canavieira e a atual substância desta pela citricultura e a atividade pecuária se revela prejudicial ao solo, uma vez que este apresenta baixa fertilidade natural risco de erosão. A atividade agrícola contempla a pratica de uma lavoura pratonal (cana-de-açúcar, laranja) e familiar (milho mandioca e feijão).
Em 1995/96 os municípios que integram a sub-bacia apresenta mais de 55,12% de suas áreas ocupadas com pastagens, que ocupa uma área expressiva de 17,798 há, sendo que as naturais ocupam, maior extensão frente às plantadas, no total da sub-bacia com maior importância relativa nos municípios de Riachuelo 64,10% e Areia Branca 42,49%.
Histórico da Boa Luz
José Lauro Menezes, conta que em 1967, seu pai o agricultor José Ramos da Silva, sugeriu-lhe a compre de uma fazenda de 7.000.00m2, situada na cidade de Laranjeiras, distante 15 Km de Aracaju.
Encantado com a beleza do local José Lauro Menezes não negou em fechar o negócio. Onze anos mais tarde passou a gestão da propriedade ao filho Lauro Antônio Teixeira Menezes.
Com a visão empreendedora Laurinho Menezes observou, a beleza natural da fazenda e o que pode ser explorada, onde agregar a criação de um platel de cavalos da raça manga-larga machador, fundado assim o Haras Boa Luz.
A partir do grande sucesso da bi-anual do leilão do "Manga-larga Machador", começa a amadurecer a idéia de um projeto de turismo rural, que em 28 de Setembro de 1998, materializou-se com o inicio da constituição de um pesque-pague.
Gradualmente, novos atrativos foram sendo adotados com: Parque-aquatico, hotel, rodeios, playgraund, pedalinhos, piscinas, passeios de charretes e trenzinhos, e muito mais, juntos formaram a Boa Luz Parque Resort, que agrega aos elementos típicos do campo, diversão e entretenimento.
Pela estrutura do relevo situado na fazenda grupos de universitários tem visitado o local, tanto para lazer como fins científicos.
Referências Bibliografias
JULIO, Cláudio Machado de Mendonça. A sub-bacia do Rio Cotinguiba. Agricultura e meio ambiente (SE).
MANOEL, Everton de Oliveira Santos. Diagnostico da mata ciliar medi curso do Rio Cotinguiba - SE.
HISTÓRICO DA BOA LUZ. Disponível em:
BACIAS HIDROGRÁFICAS. Disponível em:
BACIA HIDROGRAFICA DO RIO SERGIPE. Disponível em: . Acesso em 10 abril 2006.
Autor: Hosana Almeida Da Silva
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