Bacia do Rio Amazonas



Universidade Tiradentes
Curso de Geografia

Hosana Almeida da Silva

Bacia do Rio Amazonas

Trabalho apresentado à disciplina
Climatologia Dinâmica sob a
Orientação da Prof. Fábia Verônica
para a obtenção parcial da
2º avaliação.
Data: 09/04/2006 Turma: N 02


ARACAJU
2006

Bacia do Rio Amazonas

CARACTERÍSTICAS:

Formação da Bacia Amazônica

O rio Amazonas é o principal da bacia amazônica, e a idéia de o mesmo ser uma rachadura é ilusória, pois não se trata de um rio de falha, ou seja, uma depressão originada por um afundamento brusco do terreno geológico, de forma que, se cria uma ilha que passa a drenar água como por exemplo o rio Paraná. O Amazonas é o que restou de um mar: um profundo golfo, encaixado entre dois grandes escudos cristalinos, isto é, duas plataformas de rochas primitivas, graníticas, uma ao Norte (Escudo das Guianas) e outra ao Sul (Escudo do Brasil). Esse antigo golfo abria-se para o oceano Pacifico e era fechado do lado Atlântico pelo escudo africano que, nessa época era ligado a África.

Fonte: www.google.com.br/imagem

No solo da bacia amazônica se revelam abaixo dos depósitos sedimentares de origem fluvial, extensos sedimentos marinhos de enorme espessura. Esses sedimentos chegam ate à superfície atual, nos locais mais elevados em ambas as margens do rio (não foram inundadas pelas águas fluviais), isso pode ser observdo nas porções do amazonas abaixo de Manaus.
Os processos dinâmicos ocorridos na crosta terrestre há mais de 100 milhões de anos no período do Carbonífero, ocasionou um levantamento do continente, e conseqüentemente o mar "afastou-se", na medida em que as áreas baixas se levantaram (poucos metros as superfície oceânica) houve a regressão marinha deixando aquela área de ser um golfo, sendo então mais baixo que o restante da superfície terrestre, passou a receber todas as águas de chuvas vindas da drenagem de grande parte do continente nessas condições, o antigo mar interior passou a constituir um imenso rio correndo em direção do Pacifico. Em seguida (há menos que 70 milhões de anos) o continente africano se afastou do Americano, encurtando s distancia, a leste, ate o oceano Atlântico. Mas só bem mais tarde, há 12 milhões de anos (período Terciário) a elevação da cordilheira dos Andes, formou uma importante barreira no lugar onde existiam depressões e mares internos, bloqueando a saída do rio para o Pacifico, fluindo então em direção contraria para o Atlântico, como faz até hoje.


Fonte: www.google.com.br/imagem

Todos os episódios citados, ocorreram de forma lenta ao longo de milhões de anos. Após o "fechamento" pela cordilheira dos Andes e antes que o rio "transbordasse" para o atlântico, houve a formação de enormes lagos que ocupou a área da atual bacia hidrográfica. Durante esse longo período de águas paradas, imensas quantidades de sedimentos em suspensão (ou transportados pelas chuvas ao escorrer pelas superfícies do solo) foram precipitadas e acumuladas no fundo dos lagos, constituindo terrenos sedimentares. Com a abertura para o lado do Atlântico, formando a atual foz, as águas represadas se escoaram, as terras secaram e esse solo sedimentar passou a ser povoado pela vegetação (atual floresta amazônica).

Complexo amazônico ( Rio e Afluentes)
Fonte: www.google.com.br/imagem


Fonte: Imagens da Google.com.br

Esse complexo sistema de rios, em geral muito tortuosos por causa da planura do terreno.
O rio Amazonas, constitui o eixo principal ou espinha dorsal desse sistema fluvial, é dividido em três seguimentos principais: o primeiro, cujas nascentes se encontram nos Andes peruanos é o rio Marañon. O segundo segmento é ao entrar no território brasileiro (após as fronteiras do Peru e Colômbia) que toma o nome do rio Solimões. E finalmente, ao receber o grande rio Negro (em frente a cidade de Manaus) é então que se inicia o rio Amazonas, o terceiro segmento, ate desembocar no atlântico.
Os afluentes do rio Amazonas colocam-se entre os maiores rios do mundo. Alguns deles tem águas barrentas sendo conhecidos como rios "brancos" (exemplo: Juruá, Perus, Madeira e o Branco). Outros são rios de águas profundas e escuras, chamados rios "negros", suas águas mesmo límpidas possuem tom escuros, provavelmente devido a algum componente do leito do rio. As águas claras e barrentas do Solimões contrastam fortemente com as águas escuras do rio Negro, formando uma divisória visível a quem observa de perto (diferença de densidade dos rios). Depois do entro das águas, o rio Solimões passa a chamar-se Amazonas.

Juruá
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Solimões
Fonte: www.google.com.br/imagem
Outros tipo de afluente são chamados de rios "verde" que se interrompem muitas vezes por cachoeiras. A tonalidade da água é esverdeada, com grande visibilidade (são exemplo os rio Tapajós e Xingu), com sua confluência com o rio Amazonas, há uma certa dificuldade de misturar suas águas, então observa-se na cidade de Santarém uma vasta mancha clara e esverdeada que se destaca do rio principal.

Tapajós
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Vista aérea da Cidade de Santarém, e encontro dos rios Amazonas e Tapajós
Fonte: espaçojames.com.br

Contam-se os afluentes da margem direita, os que possuem maior importância, o Javari, o Juruá (3.283 km), Purus (3.210 km), o Madeira (3.240 km). Alguns geógrafos preferem considerar a parte o rio Tocantins (2.640 km) podemos somá-lo. A discordância é pelo fato desse rio confluir já na foz, do lado oposto do delta principal (à direita da ilha de Marajó, enquanto o Amazonas espraia do lado esquerdo) e contribui para formar o rio Pará.
Na margem esquerda, o rio Amazonas recebe afluentes de menor extensão, como o Iça ou Potumaio, o Jupurá ou Caquetá (2.200 km), o Negro (1.550 km), o Jamundá ou Nhamundá, o Trombeta, o Peru e o Jarí.
Somam-se ao lado desses inúmeros rios outro afluentes menores, que se reúnem à rede fluvial dos próprios tributários do amazonas. Há também pequenos cursos d?água, que são batizados com nomes regionais típicos, tais como os paranás-mirins, braços de rios que contornam ilhas, os furos naturais que ligam os rios entre si (diminuindo as distancias) ou que vão ter a lagos, são pequenos cursos que silenciosamente percorrem os terrenos livres de inundações.

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Com toda essa complexa rede de drenagem, aparecem também os lagos amazônicos, extensas lagoas que surgem da invasão das águas fluviais enquanto dura o período das cheias (lagos de várzea) ou são produtos do trabalho de acumulação realizado pelos próprios rios (lagos de barragem).


lagos de várzeado amazonas
Fonte: www.google.com.br/imagem


REFERENCIAS

- BRANCO, Samuel Murgel. O desafio amazônico. 4ºed. São Paulo: Moderna,1989

- MACHADO, Irineu Cândido. Moderna Enciclopédia Ilustrada SIBRAC. São Paulo: PRONAC- Nova Central,1990

- Ecoturismo e aventura Brasil Mata Atlântica. Disponível em : www.brazadv.com/brasil/ecoturismo_aventura.htm. Acesso em 26/05/2007

= Imagens.Disponivel em: WWW.google.com.br/imagem da bacia amazônica.
Autor: Hosana Almeida Da Silva


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