DESISTI DE VIVER



A vida nos prega peças, às vezes pregamos peça para nós mesmos! É assim que acontece.

Traçamos planos, objetivos, trajetórias de vida, e cheios de empolgação, esperança, confiança e perseverança seguimos nossos passos rumo ao objetivo traçado, tendo como parada obrigatória, momentos desafiadores que nos sobrevém, desviando nossos olhos do trajeto. Tirando-nos da trajetória planejada para o sucesso da conquista!

No meio do trajeto há vilões, esses parecem ter o objetivo de jogar-nos para fora da longa estrada da vida, do caminho. Parecem querer abater-nos! Porém o maior dos vilões somos nós mesmos e bem sabemos disso. Pregamos peça a nós mesmos, lutamos contra nós mesmos, agredimos a nós mesmos.

Conhecemos todos os procedimentos para o desafio do bem viver, conhecemos todos os atalhos, e sabemos que atalhos por vezes nos deixam confusos nas sendas da vida, nos arremetem para o mais longínquo e inóspito lugar. Não importa, teimamos em fazer nossas escolhas. Somos vilões delas, somos abatidos por elas, depois de abatidos, reconhecemos que erramos. Não deveria ser assim. Por que somente reconhecemos nossas faltas depois de cometê-las? Talvez seja por isso que chamamos nossos fracassos de ?erros?.

Somos ?mestres? em mostrar o caminho para outras pessoas, mas por que erramos ao seguir os nossos? Por sermos humanos, alguém pode responder. Pode um humano viver sem errar? Sem fracassar? Sem ser vítima de si mesmo? Ah essa ultima é mais fácil de responder ?sim?!

A verdade é que em nossa trajetória como peregrinos nesse mundo, sempre vamos ser vítimas. Sim vítimas! Vítimas de nós mesmos, vítimas de outrem, vítimas de nossas más escolhas, vítimas de nossas boas escolhas.

É verdade também que em nossa trajetória nesse mundo, fracassaremos um dia, se é que já não aconteceu, é claro. Talvez você que lê esse texto nesse momento possa estar dizendo: mas que pessimismo! Não é pessimismo, é realidade! Um dia já fracassamos, ou um dia fracassaremos por sermos humanos e aos humanos não cabe a perfeição atribuída somente a Deus!

Afinal, o que deve ser feito? Qual a melhor opção? Continuar a vida sabendo que outros desafios hão de marcar encontros conosco com propósito de nos abater, ou desistir de tudo o que planejamos? Simplesmente deixar de lado todo o caminho que percorremos e sair da estrada, voltar atrás pensando: Nunca deveria ter me enveredado por essa estrada. Dar ouvidos àqueles que nos chamam de aventureiros que falam quando nos vêem cabisbaixos, abatidos: Não disse que isso não ia dar certo? Bem que falei. Não quis me ouvir.

Tais pessoas, quando testemunham nossa vitória, vão dizer mesmo que somos aventureiros. afinal, esses tipos não têm coragem de trilhar estradas sem sinalização para os guiar. Preferem o tradicional ou viver com a boca aberta, escancarada e cheia de dentes, esperando o fracasso chegar. Para terem pena de si mesmos ou complacentemente achar que todos devem ter pena deles.

A verdade é que errei tanto que desisti. Desisti mesmo, e minha desistência foi por um motivo honroso, o cansaço. Cansei de tudo! Cansei da vida e cansado, desisti também de viver!

Não fosse o cansaço que me deixou noites sem dormir, ansioso, preocupado, indignado, fraco e indefeso, não desistiria. Não fosse minhas más escolhas, escolhas essas que me arremeteram a um sedentário e deprimente estilo de vida, não havia tomado tal a decisão de desistir de tudo. Cansei mesmo!

Desisti e como já citado, por um motivo honroso, o cansaço de fazer tudo errado. Desisti de tudo, ou melhor, de quase tudo.

Desisti de errar, desistir de fracassar por minhas péssimas escolhas, desisti de andar por trilhas que não me levam a lugar algum. Desisti de viver! Sim de viver longe das pessoas quem amo, de viver triste, sem aquele sorriso estampado no rosto, marca registrada de pessoas que mesmo vivendo adversidades, expressam em suas fisionomias que a vale a pena viver a vida, mesmo em tempos difíceis. Desisti de viver a dar murro em ponta de faca, de viver a incerteza a viver as expectativas boas que a vida nos permite.

Em verdade, desisti mesmo é de sobreviver. Quem sobrevive não vive, se arrasta, se humilha, se deprime, se engoda, se expõe, se entristece, se detesta, não se ama, e por conseqüência não ama ao próximo. Quem sobrevive, vive atrapalhado, não sabe onde quer chegar, vive a incerteza, um dia aqui, um dia ali, como andarilho sem rumo sem destino.

Encontrei o Caminho! Quem por Ele segue não vive perdido, sem rumo, sem esperança. Nesse momento, há pessoas que um dia aflitas encontrara-se através dEle. Caminho perfeito! Fiel! Que nos leva ao local onde sempre foi o desejo do Criador em relação à raça humana: aos braços do Pai Eterno! Não na morte, mas em vida. Desista também! Viva o desafio de superar seus próprios limites, seus próprios desejos, de superar as expectativas, as incertezas e as peças que a vida nos prega, ou que pregamos a nós mesmos.

Acredite em si, acredite em Cristo! Ele foi como nós, conhece nossas limitações. Ele venceu os desafios de viver como homem. Fez isso por mim, fez isso por ti. Seja um vencedor mesmo passando por intempéries que o viver nos propõe! Celebre a vida! Celebre a Jesus! Assim venceremos a nós mesmos e aos desafios a nós propostos!Confie sua vida a quem sabe o que é viver e também morrer por amor de ti!

Marcos Reis
Autor: Marcos Reis .


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