REALIDADE FACTUAL DO MENOR
A grande questão é que o lar que deveria ser o nascedouro de uma boa formação moral do jovem, muitas vezes deixa de apresentar-se desta forma para mostrar-se um ambiente de exemplo da maldade humana. Contudo, é necessário está atento para a relação que o jovem tem com sua família, assim como analisar o grupo comunitário em que vive, vez que a família é quem gera os hábitos, princípios e costumes que formaram a moral do jovem.
Outrossim, os jovens sofrem fortes influencias da sociedade principalmente quando nesta existe uma distribuição injusta de riquezas e uma forte indução ao consumismo desmedido. Como se já não fosse bastante, o que existe é uma segregação entre pobres e ricos tendo de um lado uma miserabilidade exacerbada e do outro o enriquecimento esbanjador que muitas vezes advêm de desonestidades e à custa dos menos afortunados. Assim sendo sabemos que essas crianças crescem próximas de cenas deprimentes, e que em pleno período de formação tem como casa uma ponte, como cama papelão, dormindo ao relento, acompanhados por toda espécie de marginal, e sabendo que ao despertar muito dificilmente haverá o que comer, fazendo com que esta criança possa vir a subtrair algo de alguém para amenizar os horrores da fome, não podendo esse se tratado como delinqüente.
A não socialização do menor, tem como resultado final, condutas ilícitas que brotam devido a desestrutura pessoal, familiar e comunitária deste jovem. Contudo o ideal seria ajustar a criança e o adolescente a um novo convívio social e ambiental, estruturando para eles um novo destino. (FERNANDES, 1995, 485/488)
Autor: Herrick Marinho
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