SHORT PAPER DO MINTZBERG



Palavras - chave: Escola Empreendedora e Escola Cognitiva
Área: Estratégica em Organizações
RESUMO: São abordadas nos capítulos as primeiras escolas específicas, considerando aspectos específicos na formulação da estratégica, ou seja, como essa é efetivamente feita. Na escola de Empreendedora reforça-se a Formação de Estratégia como um Processo Visionário enquanto que Escola de Cognitiva é enfatizada a formulação da estratégia como um processo mental.
Reforçam-se em ambas as escolas uma abordagem onde o processo de estratégia apresenta-se com planos deliberados e com conteúdos de visão ampla. Nessas escolas o executivo principal é fortalecido pelo conceito de líder visionário para solução de problemas organizacionais, bem como essa visão provem da formação versus formulação de idéias estratégicas

INTRODUÇÃO: A escola empreendedora focalizou o processo de formação de estratégia exclusivamente no líder único e enfatizou o mais inato dos estados e processos como intuição, julgamento, sabedoria, experiência e critério. Isto promove uma visão da estratégia como perspectiva, associada com imagem e senso de direção, isto é, visão.
"O estrategista empreendedor é aquele quem se dedica à geração de riquezas, seja na transformação de conhecimentos em produtos e serviços, na geração do próprio conhecimento ou na inovação em áreas como marketing, produção, organização" (DEGEN)

Os defensores desta escola viam a liderança personalizada baseada na visão estratégica, como a chave para o sucesso organizacional. Eles notaram isto nas empresas, mas também em outros setores, e não somente no inicio e formação de novas organizações, mas também na reformulação de organizações com problemas. Embora o "espírito empreendedor" fosse originalmente associado com os criadores de seus próprios negócios, a palavra foi gradualmente ampliada para descrever várias formas de liderança personalizada, pró-ativa e determinada em organizações.
Na escola cognitiva, aborda-se perspectiva de que os estrategistas são, em grande parte, autodidatas: eles desenvolvem suas estruturas de conhecimento e seus processos de pensamento através de experiência direta. A tomada de decisões torna-se menos racional, portanto, estas incluem a busca por evidências que apóiem as crenças, em vez de negá-las, o favorecimento de informações recentes, mais facilmente lembradas, sobre informações anteriores, a tendência para ver um efeito causal entre duas variáveis que podem simplesmente ser correlatas, o poder do pensamento otimista e assim por diante.

ANÁLISE: A escola empreendedora nasceu da ciência econômica, sendo assim, o empreendedor tem papel proeminente na teoria econômica neoclássica. Seu papel, entretanto, era limitado a decidir quais quantidades produzir e a que preços. Os autores apresentam algumas de suas pesquisas: o grande líder na imprensa popular e a personalidade empreendedora. Também sugeriram quatro características da abordagem dessas personalidades empreendedoras na formulação da estratégica: No critério empreendedor, a geração de estratégias é dominada pela busca ativa de novas oportunidades: os problemas são secundários; Na organização empreendedora, o poder é centralizado nas mãos do executivo principal. A visão substitui o plano esquematizado; A geração da estratégia na empresa empreendedora é caracterizada por grandes saltos para frente, face à incerteza, nas quais a organização pode obter consideráveis ganhos; Crescimento é a meta dominante da organização empreendedora. O empreendedor é motivado, acima de tudo, pela necessidade de realização.
"Empreendedor é todo aquele que sonha e busca transformar seu sonho em realidade" (DOLABELA)
Eles também sintetizam as seguintes premissas subjacentes à visão empreendedora na formação de estratégia: A estratégia existe na mente do líder como perspectiva e uma visão de futuro da organização; O processo de formação da estratégia está enraizado na experiência e na intuição do líder; O líder promove a visão de forma decidida, onde consequentemente a visão estratégica é maleável e sua estrutura simples sensível às diretrizes do líder.
Com os estudos voltados para a percepção de que o campo da psicologia cognitiva pode ser aplicado ao estudo da formulação estratégica, nasce a escola cognitiva, onde é estudado como as distorções dos ambientes podem afetar as decisões, bem como as alterações desse alteram o raciocínio por analogia. Na escola cognitiva é feita assim o desenvolvimento da necessidade de se aumentar o comprometimento, em outras palavras, tornar uma estratégia explicita pode criar resistência psicológica para mudá-la.
Um pré-requisito essencial para a cognição estratégias é a existência de estruturas mentais para organizar o conhecimento. Sendo que uma representação mental errada é melhor que nenhuma representação, pois ela ao menos encoraja e, assim, pode estimular a ação. Os responsáveis pelas decisões têm certas expectativas associadas a um determinado esquema, sendo que ativar um esquema é preciso decidir passar ou não à ação. Os processos mentais realmente interessantes relacionados ao desenvolvimento de estratégia ? a percepção visual, o processamento paralelo de dados, a síntese, a assim chamada intuição ? podem estar nas profundezas de nossos subconscientes. A inspiração parece vir para o tomador de decisões quando ele pode ver além dos fatos dados para entender o significado mais profundo de uma questão. A escola também vê a estratégia com interpretação, baseado na cognição como construção.

CONCLUSÕES: A escola empreendedora contrariou as escolas anteriores ao basear o processo nos mistérios da intuição. Assim, a estratégia e sua formulação passam de projetos, planos e posições precisas para visões vagas ou perspectivas amplas. Nessa concepção estratégica, o líder mantém o controle sobre a implementação de sua visão formulada, sendo o detentor de todo o processo estratégico. Assim, para a organização que estiver em dificuldade, à prescrição central se resume em encontrar um novo líder visionário.

A escola cognitiva é uma escola de pensamento em evolução sobre formação de estratégia, pois as estratégias emergem como perspectivas, na forma de esquemas, dando forma à maneira como as pessoas lidam com informações vindas do ambiente; Estas informações são abordadas de forma objetiva e subjetiva, num processo de construção de percepção do mundo (e das estratégias);

Esta escola apresenta aspectos estruturais e a abordagem se dá pela análise dos processos cognitivos ao invés de ser pelo processo de formação de uma visão por uma liderança. Neste contexto o processo cognitivo transcende os indivíduos, sendo tratado também no âmbito da organização. Finalmente, podemos citar que a escola cognitiva aborda não só o processo cognitivo de quem constrói a estratégia, que é um aspecto fundamental, mas também os aspectos cognitivos de todos os agentes envolvidos na organização, que de uma forma ou outra se relacionam com o processo de formulação da estratégia ou de construção dos objetivos estratégicos formulados.
De forma moderna esta abordagem é coerente com um antigo pensamento de Goethe: "não basta saber, é preciso aplicar; não basta querer, é preciso também fazer".

"o que não se pode vender, não quero nem inventar" - Thomas Edison


BIBLIOGRAFIA

MINTZBERG, Henry; AHLSTRAND, Bruce; LAMPEL, Joseph. - Safári de estratégica: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2010
DEGEN Ronald ? Empreendedor ? empreender como opção de careira ? Pearson.
DOLABELA Fernando - Oficina do Empreendedor


Autor: Douglas Bastos Rodrigues


Artigos Relacionados


Escola Estratégica Cognitiva

Escola Estratégica Cultural

Escola Estratégica Ambiental

Escola Estratégica Do Aprendizado

Escola Estratégica Do Design

Escola Estratégica Do Poder

Administração Estrátegica: A Importância Da Estratégia