Ética social e trabalho



A vaidade pode ser uma virtude. A vaidade intelectual, moral, social, espiritual são propulsores de qualquer ser humano provido de ética. Não existe ética por ética. A atitude humana e seus efeitos pessoais e sociais fazem parte da vaidade humana. Todo intelectual exerce uma vaidade cada vez mais incomum. O gosto pelo conhecimento. Mesmo que não seja utilizado para absolutamente nada, ou simplesmente para uma inútil masturbação de ego.

Adquire-se e acumula-se conhecimento para a profissão e/ou para a vaidade, na maioria das vezes.

O trabalho é a ação que manifesta esse tipo de vaidade. Trabalhamos por dois motivos básicos: sustento material e realização moral. Muitos se limitam à primeira motivação. Para outros tantos, a minoria, essa realização moral tem como princípio ajudar a melhorar a humanidade. Um certo sentimento coletivista. Uma preocupação, mesmo que sutil, com o bem estar dos semelhantes.

A falta da ética no trabalho é uma das características do povo brasileiro. A corrupção individual. O boicote ao exercício de deveres individuais básicos, e a ausência de ética e cidadania são marcas profundas de nosso povo. E a falta de instrução ou grau de escolaridade não justifica essa realidade, pois essas atitudes não predominam na população de baixa renda. A maioria da população de classe média não sabe, nem mesmo, o significado da palavra ética. E nem querem saber.

Nossos administradores são frutos dessa realidade moral. Não existe compromisso ético de cima pra baixo nem de baixo pra cima em nossas estruturas políticas. Se o poder público não oferece os direitos do povo, o povo não cumpre seus deveres. E se o povo não recebe seus direitos, ele tem os motivos suficientes para não cumprir os deveres.

Um número de cidadãos muito reduzido, ainda preserva a ética social. E isso fica cada vez mais raro. De certa forma, a ética social é alvo de ridicularização, de deboche e desprezo. Em todas as amplitudes do trabalho e das instituições a ética é considerada algo desprezível. Em sala de aula, por exemplo, o aluno que se dispões a aprender e cumprir seus deveres, é alvo de ridicularização. No trabalho acontece o mesmo. Se o trabalhador faz questão de cumprir sua função com eficiência ele é alvo de desprezo e desrespeito.

Autor: Alan Geraldo Myleô


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