Capitalismo e cristianismo



Todo sistema tem suas bases ideológicas. O sistema capitalista só se tornou concreto e vigente após a reforma protestante, que foi uma progressão e transformação nas bases da religião cristã. Uma adaptação aos novos tempos, já que as estruturas da Idade Média estavam fracassando perante o mundo do comércio. Assim a ética, a moral e a ideologia cristã fornece as bases para a consolidação do capitalismo e da sociedade de classes.


No campo da moral e da ética, a sociedade ocidental tem na herança do pensamento cristão uma lógica maniqueísta em que os opostos são inevitáveis. A concepção cristã de escolhidos e excluídos, assistidos e excomungados, salvos e condenados, fornece a base ideológica para a manutenção e o conformismo moral da sociedade de classes, semelhante à dialética materialista de Marx, porém sem uma síntese lógica e sim uma permanência estática dos opostos.


O modo de pensar, de agir e lidar com as contradições do pensamento cristão não busca resolução. E sim se mantém no conformismo. A idéia de caridade completa tal ideologia. Pois a caridade adquire o papel de desencargo de consciência do indivíduo cristão que não tem a perspectiva de abolir a necessidade da caridade, mas sim praticá-la eternamente, pois os necessitados não são assistidos por Deus como os que doam e praticam a caridade.


A luta eterna entre o bem e o mal, é resignificada na luta eterna entre o rico e o pobre. O dono e o desprovido.

Autor: Alan Geraldo Myleô


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