Celular Causa Cancêr?



Telefone
Os telefones podem causar danos a saúde?

Eu vejo muitas conclusões precipitadas sobre este assunto, mas nada conclusivo, na maioria dos casos as pessoas falam sem embasamento cientifico e fica muita coisa no ar, vamos tentar entender um pouco sobre o assunto
Para entendermos porque a radiação emitida por telefones celulares e suas antenas é inofensiva, é necessário saber alguns conceitos físicos. Após entendermos estas noções, concluiremos para nosso espanto que aquilo que algumas pessoas acreditam existir simplesmente não está lá, e que é a desinformação que permite a crença de que celulares oferecem riscos à saúde.
Átomos - Tudo o que existe é formado por entidades extremamente pequenas chamadas átomos. Na espessura de um fio de cabelo podemos enfileirar cerca de três milhões deles! Cada átomo, entretanto, é formado por partículas ainda menores: os prótons e nêutrons, que ficam numa região 100.000 vezes menor do que o átomo(!) chamada núcleo, e os elétrons, que localizam-se em volta do núcleo. Os elétrons, que têm carga elétrica negativa, são atraídos pelo núcleo, que é positivo.
Os elétrons, como tudo na natureza, caminham para o estado de menor energia possível.
Da mesma forma, os elétrons procuram ir para o local onde sua energia é menor. Quanto menor a distância do núcleo, menor é a energia do elétron. O núcleo seria como o fundo da bacia. Para mover um elétron para longe do núcleo, é necessário fornecer energia. Inversamente, quando um elétron se aproxima do núcleo ele libera energia até estacionar.
Mas os elétrons não estão uniformemente distribuídos ao redor do núcleo. Existe uma estrutura onde eles têm que se encaixar. Às vezes, o estado de menor energia de um elétron pode não estar no átomo onde ele se encontra, e sim em outro átomo. Quando isto acontece, o elétron simplesmente troca de dono: passa de um átomo para o outro (ou é compartilhado pelos dois átomos). Mas neste caso o átomo que cedeu o elétron fica positivamente carregado (porque passa a ter menos elétrons negativos do que prótons positivos). O átomo que recebeu o elétron, por outro lado, fica negativo, pois agora tem mais cargas negativas do que positivas. Resultado: os dois átomos acabam ficando juntos porque suas cargas opostas se atraem.
Esta união de átomos forma partículas chamadas moléculas (quando dois átomos partilham elétrons) e aglomerados iônicos (quando há uma transferência total de elétrons). As ligações químicas entre os átomos em última instância são resultado do movimento de elétrons tentando se encaixar na estrutura atômica da melhor forma possível. Algumas moléculas, como o DNA humano, podem conter milhões de átomos unidos. Cada tipo de átomo é ligado aos outros com uma certa força, a energia de ligação. Podemos imaginar uma molécula como uma série de bolas (os átomos) ligadas por cordas finas e grossas (as ligações), como na figura à esquerda. As ligações químicas podem ser rompidas, desde que se lhes aplique uma radiação com energia suficiente. Assim, vimos que os átomos formam ligações. Agora, vamos entender como eles podem ser separados, ou como suas ligações podem ser quebradas pela radiação. Para entendermos as radiações, precisamos compreender a mais conhecida delas: a luz.
O que é a luz, e como ela afeta as moléculas que formam nosso corpo - Um dos grandes trunfos da ciência no século XX foi ter conseguido mostrar que fenômenos aparentemente diferentes na verdade representam a mesma coisa. Por exemplo, todos já ouvimos falar que a radiação ultravioleta do Sol provoca câncer de pele. Sabemos também que raios X são usados para tirar radiografias. Sabemos que o rádio que escutamos no carro recebe ondas que estão "no ar". O alarme em nossas casas contém um sensor infravermelho. Usamos diariamente fornos de microondas e tememos armas nucleares por causa da radiação gama. Pois bem, todos estes nomes na verdade são tipos diferentes de radiação eletromagnética. A luz que enxergamos também é radiação eletromagnética. De fato, podemos definir a luz como aquele tipo de radiação eletromagnética que enxergamos. Não enxergamos raios X ou ondas de rádio, mas eles são da mesma natureza que a luz visível.
A radiação eletromagnética se propaga no vácuo. É por isto que a luz do Sol, que viaja no espaço, chega até nós. Todas as variedades de radiação mencionadas acima são dotadas de movimento ondulatório. Ou seja, elas se deslocam como ondas no mar. A distância entre duas ondas é chamada comprimento de onda. E a diferença entre dois tipos de radiação eletromagnética está justamente no seu comprimento de onda. Os raios gama, por exemplo, possuem comprimentos de onda microscópicos - tão pequenos que são comparáveis ao tamanho de um átomo. As ondas de rádio têm um comprimento de onda enorme, que pode ser medido em quilômetros. Entre estes dois tipos de radiação existe todo um espectro, como pode ser visto na ilustração abaixo. Podemos ver inclusive que a própria luz visível pode ser decomposta em radiações de "cores" diferentes, indo do vermelho até o violeta (as cores do arco-íris). O vermelho tem o maior comprimento de onda enquanto o violeta tem o menor comprimento de onda. É interessante notar que a parte do espectro que enxergamos é minúscula.
Todas as formas de radiação eletromagnética, não importa de qual estejamos falando, se deslocam exatamente à mesma velocidade: a velocidade da luz. Ora, os raios gama têm ondas muito pequenas mas se deslocam na mesma velocidade que as ondas de rádio, que tem ondas grandes. Assim, em um segundo passam por nós muito mais ondas de raios gama do que de rádio. Esta medida do número de ondas que passa por nós em um segundo é chamada freqüência. Então, quanto maior o comprimento de onda de uma radiação, menor sua freqüência. E vice-versa. Porque estas diferenças de freqüência são importantes? Porque quanto maior a freqüência, maior a energia da radiação.
Uma distinção importante a ser feita é entre intensidade e freqüência da radiação. A intensidade está relacionada à quantidade de feixes de luz (ou fótons) emitidos. A freqüência nos diz qual é a energia de cada feixe (daqui em diante, fóton) individual. Vamos imaginar duas lâmpadas: uma vermelha e outra azul. Tanto uma quanto a outra podem mudar de intensidade. É só aumentarmos ou diminuirmos seu brilho (variando o número de fótons emitidos). Podemos aumentar ou diminuir a energia que uma lâmpada emite variando seu brilho (ver figura à direita), e mantendo sua cor (freqüência) igual. Mas também podemos alterar a energia mudando a cor da lâmpada porque o azul é uma radiação mais energética (freqüência menor) do que o vermelho. Mais estes dois tipos de aumento de energia emitida não são iguais. No primeiro caso, estamos emitindo mais radiação de um mesmo tipo (mais vermelho ou mais azul). No segundo caso, cada fóton azul emitido tem mais energia do que cada fóton vermelho. Poucos fótons azuis podem fazer mais estrago do que muitos fótons vermelhos.
Juntando as peças - Albert Einstein tornou-se o cientista mais famoso de todos tempos por causa de suas teorias da relatividade. Mas curiosamente foi devido a um outro trabalho que ele ganhou o prêmio Nobel. De fato, Einstein foi tão genial a ponto de estar por trás dos dois pilares da física moderna. Com seu "outro" trabalho, Einstein explicou o efeito fotoelétrico, o fenômeno que nos permitirá a encaixar estes conceitos e entender a questão dos celulares.
O efeito fotoelétrico foi observado pela primeira vez em 1887 pelo físico alemão Heinrich Hertz, que notou que ao brilhar uma luz sobre certos metais, eles emitiam elétrons. Sabemos hoje que é fácil arrancar elétrons de metais porque eles estão fracamente ligados a seus átomos. Ou seja, têm uma baixa energia de ligação. À primeira vista poderíamos supor que se a intensidade (brilho) da luz é aumentada, a velocidade dos elétrons ejetados também aumentará, já que mais energia está sendo fornecida a eles (imagine-se chutando fracamente uma bola e depois a chutando com força). Mas isto não acontecia. Em vez disso, o número de elétrons ejetados aumentava, mas sua velocidade continuava fixa. Por outro lado, pode-se observar que a velocidade dos elétrons agitados aumenta se a freqüência da luz emitida é aumentada e, equivalentemente, sua velocidade decresce se a freqüência da luz é diminuída. De fato, à medida que a freqüência da luz usada é diminuída, chega-se a um ponto onde a velocidade dos elétrons emitidos cai para zero e eles param de ser ejetados da superfície, mesmo que a intensidade da fonte de luz seja ofuscante. Por alguma razão, a cor da luz emitida - não sua energia total - determina se elétrons são ejetados ou não; e se eles são, a energia que eles têm (figura abaixo, continua abaixo).

Einstein foi a primeira pessoa a explicar o que dissemos acima, a saber, que cada fóton individual de luz tem uma energia específica, que é determinada por sua freqüência. Tudo o que importa para quebrar uma ligação química é a freqüência da radiação: a energia de cada fóton individual, e não a intensidade da radiação (sua quantidade).
Vimos que diferentes moléculas possuem diferentes energias de ligação entre seus átomos. Para quebrar uma determinada molécula, ou ionizá-la, é necessário que cada fóton individual que a atinge tenha uma energia mínima. Esta energia mínima é a mesma necessária para deslocar os elétrons que compõem as ligações. Os tipos de radiação eletromagnética capazes de quebrar moléculas são chamados radiações ionizantes. Para as moléculas presentes nos seres vivos, inclusive nós, apenas as radiações na faixa do ultravioleta para cima (para a esquerda, na figura acima) são consideradas perigosas, capazes de destruir o DNA e provocar mutações que levem ao câncer. Todas as outras formas de radiação, ou seja, luz visível, microondas e ondas de rádio, são incapazes de quebrar as ligações presentes em nossas moléculas. É por isso que os médicos recomendam que usemos protetor solar - por causa dos raios ultravioletas que causam câncer de pele. Também somos recomendados a não ser submetidos muitas vezes a raios X. Por isto também as explosões nucleares são tão perigosas: elas liberam raios gama.
As antenas das estações de televisão emitem radiações na faixa das ondas de rádio e microondas. Podemos passar a vida embaixo de uma antena transmissora de televisão, não importa sua potência, sem sermos afetados. O mesmo acontece com as microondas emitidas pelas antenas de celulares. Devido aos boatos, alguns reclamam de seus aparelhos celulares sem saber que as lâmpadas incandescentes (e ainda mais as fluorescentes tão em moda devido ao racionamento de energia) de suas casas emitem radiações num amplo espectro de freqüências, inclusive raios ultravioletas. Portanto, são muito mais perigosas do que as radiações usadas pelos telefones celulares. Aparelhos de televisão também emitem raios X, uma radiação ainda mais perigosa, e não ouvimos falar de problemas. Um único fóton de raios X é suficiente para causar danos, ao passo que nem todos os fótons de microondas do mundo fariam o mesmo (a quantidade de fótons recebidos da televisão cai com a distância - por isto é que a proximidade do aparelho aumenta o risco).
Vamos supor que mesmo assim as microondas das antenas de celular façam mal. Ainda assim, a quantidade de radiação recebida do transmissor seria menor do que aquela que recebemos quando assistimos um saco de pipocas girar em nosso forno de microondas. Uma ressalva: apesar das microondas não romperem nossas moléculas, elas podem entrar em ressonância com as moléculas de água presentes em nosso corpo, esquentando-o. Mas novamente neste caso, nossos fornos de microondas e lâmpadas são muito mais "perigosos" do que uma antena de celular nas proximidades, por estarem muito mais próximos.
A ciência trabalha com experimentos que podem refutar teorias. No caso das radiações emitidas por telefones celulares, estudos epidemiológicos estão em andamento para tentar verificar se os aparelhos são realmente seguros. Podemos prever que os estudos concluirão pela segurança dos mesmos. Do contrário, boa parte da física e química atuais teriam de ser rejeitadas de uma só vez devido a estes estudos. E pelo número gigantesco de pesquisas cuidadosas realizadas até o momento, a probabilidade de boa parte do conhecimento científico atual estar errada é menor do que a probabilidade de que este seja mais um boato.
Por apenas precaução, apenas exagero de precaução deixou umas dicar aqui.
Procure usar os celulares o menos tempo possível, até pelo menos a ciência provar definitivamente que as ondas não traz problemas. Embora acretite que não tem problemas.
Não deixe crianças usar celulares pois elas estão em formação e não é bom arriscar.
Mulheres gravidas devem evitar o uso constante de celulares, pois não exite estudos que diz que podem da problema ou não neste caso, no entanto não é para dar porblemas mas como disse é puro excesso de precaução.
E por prevenção vamos ficar exposto o menos tempo possível com celulares ligados.

Autor: Fréder Diogo Rebustini


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