VEGETAIS ALIENÍGENAS: ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE PLANTAS INVASORAS EM DIFERENTES AMBIENTES



VEGETAIS ALIENÍGENAS: ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE PLANTAS INVASORAS EM DIFERENTES AMBIENTES


RESUMO: O presente artigo busca mostrar como a migração de determinados tipos de vegetais de um para outro ambiente pode constituir um problema ambiental. Algumas plantas, ao adentrar em um ambiente diferente do qual se originou podem, eventualmente, encontrar condições propícias a um rápido e desordenado desenvolvimento. Desta forma tais plantas acabam por afetar o ambiente no qual se insere, das mais variadas maneiras. O principal problema no que diz respeito à ocorrência de espécies vegetais invasoras é a competição com espécies nativas que, não raro, terminam prejudicadas. Comumente a introdução de espécies invasoras em dado ambiente ocorre como consequência de ações humanas, seja de modo deliberado ou acidental.

Palavras-chave: Plantas invasoras. Meio ambiente. Flora. Biodiversidade.

OBJETIVOS
? Analisar a forma como a invasão de um dado ambiente por plantas provenientes de outros locais constitui um problema de ordem ambiental;
? Analisar a forma como as plantas invasoras afetam a flora nativa de um ambiente;
? Descrever o que é e como ocorre a invasão de um ambiente por dada espécie vegetal;
? Relacionar as diferentes ações humanas com a migração de plantas de um para outros ambientes.


REFERENCIAL TEÓRICO
Nas últimas décadas tem-se observado a quebra de barreiras ecológicas, sendo uma de suas consequências o aumento significativo da introdução de espécies exóticas (também chamadas de alienígenas ou invasoras) nas sociedades. As causas do aumento deste fenômeno estão associadas à intensificação e velocidade do deslocamento humano e de cargas pelas mais variadas regiões do planeta.
Os problemas decorrentes da introdução de espécies exóticas em dado ambiente são as mais diversas. Algumas plantas têm grande capacidade de invadir e colonizar novos ambientes dadas suas características biológicas e ecológicas que possibilitam a ampliação de sua tolerância em relação à maioria dos fatores ambientais. Desta forma, conseguem, muitas vezes, adaptar-se mais facilmente às condições dos ambientes invadidos e obter sucesso reprodutivo, com tendência a desequilibrar o sistema, podendo afetar de modo negativo a fauna e a flora locais, havendo redução das populações nativas, sob risco de eventual extinção e provocando prejuízos à economia e riscos à saúde humana. Estes inconvenientes relacionam-se tanto com a ocorrência de espécies exóticas animais quanto vegetais (FARB, 1982).
Apesar de o tema ser alvo de intensos estudos em âmbito internacional, no Brasil o assunto ainda é pouco debatido e explorado (MAGNUSSON, 2006). Apenas 7% dos estudos mundiais sobre o tema, entre 1995 e 2004 foram realizados nas Américas do Sul e Central, sendo que a falta de dados sobre os trópicos afeta os processos relativos ao controle da invasão, partindo da fase do diagnóstico até a solução de problemas, além de dificultar os planos de conservação e manejo. Os ecossistemas tropicais são justamente os que podem ser mais atingidos pela invasão por parte de espécies vegetais invasoras, visto que apresentam a maior biodiversidade da Terra, sendo também a mais ameaçada (PETENON & PIVELLO, 2008). Em algumas florestas tropicais as espécies exóticas já chegam ao ponto de dominar completamente a paisagem (FINE, 2002, apud PETENON & PIVELLO, 2008).
Entretanto, no Brasil o próprio Ministério do Meio Ambiente reconhece que as espécies exóticas invasoras constituem um sério problema nacional, com eventuais efeitos deletérios sobre as áreas financeira, ambiental e de saúde pública (MMA, 2010). Várias instituições nacionais e internacionais surgiram e alertam sobre os riscos e aspectos negativos das invasões biológicas, inclusive catalogando espécies invasoras e pesquisando diferentes formas de controle (PETENON & PIVELLO, 2008). No Brasil um trabalho particularmente prolífico é o desenvolvido pelo Instituto Horus, organização não-governamental criada em 2003 com a finalidade de desenvolver projetos e ações relacionadas ao tema das invasões biológicas. Entre as ações desenvolvidas pelo instituto estão a realização de seminários abordando como temática as invasões biológicas, o acompanhamento do desenvolvimento da biodiversidade em Ibirapuitã, no Rio Grande do Sul e o controle da invasão da Serra do Mar paranaense por pínus (HORUS, 2010). Em âmbito internacional um dos órgãos mais importantes na ação de divulgar e desenvolver técnicas de controle de espécies invasoras é o GISP (Global Invasive Species Program), criado em 1997 (PETENON & PIVELLO, 2008; GISP, 2010).

METODOLOGIA
Os objetivos deste estudo somente foram atingidos graças à pesquisa bibliográfica de extenso material referente ao tema. Os materiais e atividades incluem:
? Consulta a livros, materiais impressos, publicações na Internet, dissertações, etc.;
? Diálogo com especialistas na área de Biologia e Biogeografia.


1. AS PLANTAS INVASORAS
1.1 Classificação
Certamente as plantas invasoras (assim como animais invasores) em determinado ambiente causam impactos negativos. Mas antes de tudo faz-se necessário definir o que é um vegetal invasor. À primeira vista uma questão simples, a mera classificação de um vegetal dito invasor pode acarretar confusão, uma vez que há várias abordagens acerca das plantas que crescem e se reproduzem com rapidez e intensidade em comunidades, dispersando-se a vastas distâncias.
Para os agricultores as espécies vegetais invasoras são as chamadas pragas e ervas daninhas (sob uma visão antropocêntrica). Sob o prisma ecológico estes vegetais são definidos como colonizadores ou pioneiros. Sob a ótica biogeográfica pode-se afirmar que uma dada espécie é nativa ou exótica ? respectivamente, originária do ambiente ou introduzida a partir de outra comunidade (WILLIAMSON, 1996). Pode-se então definir espécies invasoras como sendo vegetais exóticos com alta capacidade de crescimento, proliferação e dispersão, podendo modificar a composição, estrutura e função do ecossistema (MATOS & PIVELLO, 2009). Sob este critério não se considera então as espécies nativas como sendo invasoras, mesmo aquelas que, eventualmente, tenham passado a crescer e se multiplicar descontroladamente, passando a comportar-se como invasoras. Tais espécies podem ser chamadas, na verdade, de superdominantes. Espécies vegetais podem se tornar invasoras ou não, de acordo com as condições ecológicas encontradas, de modo que elas não são invasoras por definição.
Pode-se falar em diferentes categorizações, em tentativa de organizar a terminologia relacionada aos diferentes processos de invasão de espécies vegetais (RICHARDSON et al 2000, apud MATOS & PIVELLO, 2009), como se verifica abaixo:

a) Espécie Nativa: espécie que evoluiu no ambiente em questão ou que lá chegou em épocas remotas, sem interferência humana;
b) Espécie Exótica: espécie existente em ambiente diferente de seu local de origem, por ação humana, seja de modo deliberado ou acidental;
c) Exótica Casual: espécie fora de seu ambiente de origem, sem a capacidade de formar população persistente;
d) Exótica Naturalizada: espécie fora de seu ambiente de origem, capaz de formar população persistente e de conviver com a comunidade nativa sem invadir ecossistema natural ou antrópico;
e) Invasora: espécie exótica em ecossistema natural ou antrópico, que desenvolve altas taxas de crescimento, reprodução e dispersão;
f) Praga: espécie exótica ou não, indesejável no local, normalmente por razões econômicas;
g) Superdominante: espécie nativa que se comporta como invasora, mediante desequilíbrio ambiental.

1.2 Alguns Casos Específicos
Ainda que o homem seja um fruto da natureza e se classifique entre os mamíferos, sem dúvida não é mais integrante desta natureza, podendo ser considerado uma força à parte. Isso se evidencia particularmente nas relações entre o homem e as plantas. Não é exagero afirmar que o homem governa as plantas. Para algumas plantas, inclusive, a existência do homem permitiu o surgimento ou até a sobrevivência de um vegetal específico. O milho moderno, por exemplo, somente surgiu após cruzamentos entre espécies silvestres por índios da América há cerca de sete mil anos. Sem a proteção do homem, os tomateiros não vingam em parte alguma, exceto em seu país de origem, o Peru, único lugar da Terra onde encontram condições naturais adequadas para germinar e crescer (WENT, 1971).
Algumas migrações de plantas feitas pelo homem foram particularmente benéficas, como foi o caso da descoberta da fruta-pão, na Polinésia, pelo aventureiro William Dampier, em 1688, e sua posterior introdução no Novo Mundo a fim de alimentar os escravos. Outro exemplo é a migração da batata da América do Sul para a Europa e sua posterior introdução na América do Norte por emigrantes irlandeses. Ninguém sabe como o abacaxi passou da América Tropical ao Havaí, mas as condições climáticas ali encontradas pela planta resultaram em frutas tão deliciosas que atualmente o Havaí produz um terço de todo o abacaxi colhido no mundo. O café, há mais de dez séculos utilizado como estimulante, tem como habitat de origem a África, migrando depois para a Ásia e o Novo Mundo (WENT, 1971; FARB, 1982).
Porém, a ação humana é também a principal responsável pela proliferação de plantas daninhas e invasoras ao redor do mundo. Em época anterior ao surgimento de navios a vela, vapores, trens e aviões, a disseminação de plantas era lenta e restrita. Atualmente, um carregamento de trigo canadense pode introduzir acidentalmente na Europa uma erva daninha do Novo Mundo (FARB, 1982).
Ao longo do século XX a Europa, de fato, foi invadida por ervas daninhas da América (como a Galisonga, um tipo de picão) e o continente americano invadido por espécies daninhas da Europa (como o cardo russo, a arruda-brava, entre outras). Sem um cuidadoso domínio tais espécies invasoras poderão impactar negativamente a produtividade agrícola (WENT, 1971).
O Brasil é um país de grande território e favorecido por climas equatorial, tropical, subtropical e temperado, onde a pluviosidade é elevada (MENDONÇA & DANNI-OLIVEIRA, 2007). Tais fatores, somados, favorecem a proliferação de espécies vegetais, o que acarreta penoso trabalho para o agricultor manter suas plantações livres das constantes reinvasões das ervas daninhas, o que somente é possível à custa de freqüentes capinas.
Algumas daninhas, neste caso, são espécies nativas de variadas famílias que, num processo natural de colonização, procuram reconquistar o solo, de modo a cumprir uma etapa no processo da sucessão vegetal, a qual, se deixada agir livremente, normalmente termina num clímax florestal, após passar pelas fases de macega e capoeira (WENT, 1971). Outras espécies daninhas estabeleceram-se no Brasil de modo acidental ou deliberado. Entre estas espécies figuram ervas daninhas que acabaram por se naturalizar, como por exemplo o oficial-de-sala, uma espécie tóxica proveniente da América Setentrional, a tiririca, de origem indiana, o pé-de-galinha, uma gramínea cosmopolita tropical e subtropical, e a erva-macaé, labiada de origem asiática capaz de invadir outras culturas, provocando danos e prejuízos consideráveis às plantações (WENT, 1971; FARB, 1982).
No Brasil há mais de cem espécies vegetais consideradas invasoras (MATOS & PIVELLO, 2009). Entre elas figura a samambaia do gênero Pteridium sp, invasora em diversos países neotropicais, considerada agressiva, provocando danos à vegetação e amplamente distribuída no Brasil. Tal espécie é ainda considerada tóxica ao gado e, na eventualidade de ocorrer em área de pasto, representa risco de intoxicação e morte de animais (FRANÇA, et al, 2002; MARÇAL, et al, 2002). Esta espécie de samambaia é frequentemente encontrada em solos ácidos, arenosos e de baixa fertilidade. Pode infestar campos, matas ciliares, capoeiras, beiras de mato e de estradas. Na Finlândia calcula-se que a planta tenha invadido seu território há cerca de 650 anos e a remoção de florestas cria o ambiente propício para a invasão da samambaia (OINONEN, 1967 apud MARÇAL, 2003), podendo manter-se exuberante em ambientes com pouca competição (POLACK, 1990 apud MARÇAL, 2003)
Outros invasores comumente encontrados em território brasileiro são gramíneas como os capins das espécies Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf (capim-jaraguá), Urochloa spp. (braquiárias), Panicum maximum Jacq. (capim-colonião) e Melinis minutiflora Beauv. (capim-gordura), todos de origem africana, constituindo sérias ameaças à biodiversidade pois, além de competirem com as populações nativas, podem alterar o regime de fogo nas áreas invadidas, uma vez que produzem grande quantidade de biomassa altamente inflamável em época de seca, o que propicia a ocorrência de incêndios. Podem ainda afetar processos de germinação e recrutamento de espécies nativas, uma vez que a biomassa produzida reduz a luminosidade na superfície do solo. Os ciclos de nutrientes como o nitrogênio podem ser afetados em plantas nativas, uma vez que estas gramíneas invasoras captam nutrientes durante seu crescimento (MATOS & PIVELLO, 2009). Tais gramíneas podem ainda trazer outros efeitos nocivos, inclusive à fauna, que eventualmente é afetada com a substituição de espécies vegetais que anteriormente lhe serviam de alimento, bem como por modificação do habitat. Um caso típico é o da patativa-verdadeira, uma ave granívora típica de cerrados paulistas que, por não se alimentar de gramíneas exóticas, corre risco de extinção local, tendo desaparecido das áreas invadidas (DEVELEY, et al, 2005).
Entre as espécies invasoras ocorrentes no Brasil podem ser citadas ainda certos tipos de bambus lenhosos, alguns dos quais dominam a paisagem florestal onde ocorrem. Na Amazônia observou-se que algumas espécies de bambus reduzem drasticamente a diversidade das espécies arbóreas, diminuindo também, em cerca de 50%, a biomassa nas áreas de terra firme. Como ocupam o dossel das árvores, os bambus podem afetar a queda de sementes e a regeneração de espécies arbóreas, provocando-lhes danos estruturais e podendo levar tais indivíduos à morte (ROTHER, 2006). Esta situação atingiu seu extremo no Parque Nacional da Serra dos Órgãos e no Parque Nacional Carlos Botelho, onde os bambus se reproduziram com tal intensidade que provocaram a queda de inúmeras árvores, o que alterou de modo significativo a estrutura vegetal em tais áreas (MATOS & PIVELLO, 2009).
A palmeira australiana Archontophoenix cunninghamiana, inicialmente trazida ao Brasil para uso ornamental, tornou-se invasora de fragmentos florestais remanescentes no estado de São Paulo. Graças a experimentos e observação realizada na reserva florestal da Cidade Universitária da USP, em São Paulo, SP, constatou-se o rápido processo de invasão e domínio desta espécie sobre arbóreas nativas (MENGARDO & PIVELLO, 2007). Em parte a facilidade de esta espécie expandir-se se explica por sua floração e frutificação ao longo de todo o ano, havendo mais de 3.600 frutos em cada um de seus cachos, além da dispersão, uma vez que seus frutos de cor vermelha são mais atrativos a várias espécies de pássaros generalistas, além de a planta ser pouco exigente quanto às condições de luminosidade e água (CHRISTIANINI, 2006). Há ainda a preocupação pelo fato de produtores de palmito em Santa Catarina e Rio Grande do Sul acabarem por disseminar esta planta, que pode invadir os remanescentes da Mata Atlântica e causar danos à biodiversidade local (MATOS & PIVELLO, 2009).
Não por acaso alguns dos ambientes mais afetados pela invasão de espécies vegetais são as áreas mais recentemente descobertas, como as terras da Oceania. Em sua segunda viagem à Nova Zelândia, em 1773, e posteriormente, em 1777, o Capitão James Cook introduziu naquele ambiente carneiros, cabras, porcos, aves domésticas e vegetais como a batata, o repolho, o nabo, entre outras espécies. Outras variedades de animais e plantas foram posteriormente levadas por inúmeros exploradores e caçadores de baleias (FARB, 1982).
Na época era prática comum os navios conduzirem animais e mudas de plantas, que introduziam deliberadamente nas ilhas, aparentemente em condições de criá-los. A ideia de que no futuro haveria abastecimento de carne fresca e grande variedade de frutas para beneficiar as populações nativas e outros exploradores era o que mais incentivava a prática. Entre as plantas introduzidas nas ilhas na época figuram a amora e a roseira silvestre, por exemplo. Tão logo algumas plantas encontraram ambiente propício ao seu desenvolvimento, passaram a se proliferar desordenadamente, inclusive passando a prejudicar o desenvolvimento de espécies nativas. Pássaros levados pelos exploradores foram os principais responsáveis pela enorme multiplicação de plantas cuja erradicação se revelou praticamente impossível (FARB, 1982).
Na Nova Zelândia foram introduzidas de 400 a 600 espécies de plantas, ainda que nem todas tenham conseguido perturbar de imediato o equilíbrio da vegetação nativa. Algumas espécies, porém, desenvolveram-se com extrema rapidez. O agrião europeu, que alcança apenas uma pequena parte em seu habitat nativo, possui, na Nova Zelândia, hastes da grossura do punho de um homem. Pode atingir mais de quatro metros de altura e facilmente obstruir os leitos dos rios (FARB, 1982).
Observou-se que as plantas invasoras normalmente apresentam características que as tornam melhores competidoras, tais como alta eficiência fotossintética, maior rendimento na utilização de nutrientes, altas taxas de crescimento, maior tolerância ao desfolhamento e herbívoros, alta capacidade de rebrotamento e regeneração, alta capacidade de reprodução, ciclo reprodutivo rápido, intensa produção de sementes de fácil dispersão e alta capacidade de germinação (FARB, 1982; MATOS & PIVELLO, 2009).
Alguns vegetais somente são controlados com a introdução, no ambiente, de eventuais insetos parasitos que controlam sua proliferação. A solução do problema, entretanto, pode levar ao surgimento de outro, pois acarreta o surgimento de espécies de insetos invasores àquele ambiente. A opúncia, uma espécie de cacto, foi levada à Austrália para servir como cerca e alimento de emergência para o gado. Somente foi controlada após a introdução, no ambiente, de um inseto parasito, não sem antes dominar mais de 30 milhões de hectares. Na Califórnia, a Capraria biflora, uma planta acidentalmente introduzida no Novo Mundo na segunda metade do século XIX, em 1940 já tinha dominado mais de 120.000 hectares de pastagens, sendo finalmente controlada por insetos parasitos (FARB, 1982).
Entretanto, no caso de algumas espécies vegetais, o controle por meio de insetos pode chegar tarde demais, quando plantas nativas já tiverem sido extintas ou as invasoras acarretado grandes prejuízos econômicos, de uma forma ou de outra. Não foram ainda encontrados insetos capazes de controlar os jacintos aquáticos que obstruem canais navegáveis na Luisiana, na África Ocidental e no Sudão. Trata-se de uma planta vistosa, que produz flores semelhantes às orquídeas. A mesma foi levada da Venezuela para a Exposição de Algodão de Nova Orleans, em 1884. Alguns visitantes, encantados com a beleza da planta, obtiveram mudas da mesma para seus lagos e córregos. A planta atualmente cresce nas Américas, na Ásia, na África e Austrália, obstruindo canais e impedindo a navegação, bem como a irrigação e as instalações hidrelétricas. Nos Estados Unidos tenta-se o controle por meio de dragas, mas o mesmo não acompanha o ritmo de crescimento da planta. Uma saída então é a tentativa de controle por meio de produtos químicos, mas isso poderia acarretar poluição das águas (FARB, 1982).
Caso parecido ocorre no sul do Brasil, onde o nabo forrageiro (Raphanus sativus) e a nabiça (Raphanus raphanistrum) tornaram-se invasoras de difícil controle, ocorrendo como daninhas em lavouras, sobretudo em culturas típicas de inverno, como o trigo. Inicialmente o vegetal foi plantado em terras incultas para servir como forma alternativa de adubação verde nos períodos de inverno (LIMA et al, 2007). As duas espécies, além de mostrarem-se de difícil controle e erradicação, disputam espaço e nutrientes com a própria cultura plantada e, no caso específico do trigo, afetam o processo de colheita. Isso ocorre porque os caules do nabo e da nabiça são colhidos juntamente com o trigo e acabam por emperrar parte dos equipamentos no interior das colheitadeiras, o que acarreta perda de tempo e, eventualmente, de recursos direcionados ao concerto do equipamento. Ademais, tais espécies servem de adubo verde não apenas à cultura a ser em tese beneficiada, mas também a outras espécies invasoras que passam a infestar a área (DENARDIN et al, 2010).
Em algumas poucas ocasiões observou-se, entretanto, a ocorrência de invasões de espécies vegetais sem a interferência humana. Um caso que ilustra este fato tem relação com a gigantesca explosão vulcânica que em 1883 esterilizou por completo a ilha de Cracatoa, na Indonésia. Naquele local a vida foi completamente extinta. Nove meses após a explosão tudo o que se conseguiu observar em Cracatoa foi a existência de um tipo de aranha solitária que persistentemente tecia teias na tentativa de capturar presas inexistentes. Porém, menos de 50 anos após a explosão a ilha estava novamente coberta por densa floresta, constituída de árvores novas e de porte baixo, além de uma grande quantidade de animais, inclusive caramujos, ratos e lagartixas. Chegou-se à conclusão que as leves sementes de gramíneas foram transportadas à ilha pelo vento. Os cocos, por sua vez, foram levados pelo mar. Plantas como as figueiras e mamoeiros certamente tiveram suas sementes transportadas à ilha nos tubos digestivos de algumas aves (FARB, 1982).
Outra área afetada pela invasão de vegetais alienígenas é Nairóbi, no Quênia. Particularmente naquela região a invasão da flora nativa por espécies provenientes de outras áreas ameaça não apenas a biodiversidade como também o sustento de seres humanos e animais. Isto ocorre porque algumas espécies frutíferas nativas do Quênia estão perdendo lentamente a luta com outros vegetais pela sobrevivência. Observou-se a migração de alguns animais que alimentam-se destas frutas para outros locais. No Zimbábue uma espécie que particularmente causa alguma preocupação como invasora é o arbusto mimosa gigante. Trata-se de uma espécie que chegou à África em meados de 1980, encontrando condições propícias ao seu desenvolvimento, rapidamente esparramando-se ao longo de mais de 3.000 hectares de flora nativa, alterando as características das florestas locais, inclusive com impactos sobre a fauna (GISP, 2010).
Em todo o planeta a invasão de um dado ambiente por espécies invasoras já figura como sendo a segunda maior ameaça à biodiversidade. Em certos ecossistemas esta é justamente a maior ameaça à biodiversidade (GISP, 2010).

2. O PAPEL DA BIOPIRATARIA
Já por volta de 1860 o naturalista Charles Darwin alertava para o perigo representado pelo crescimento acelerado das espécies vegetais invasoras. Durante muito tempo não se deu importância ao assunto e somente em 1958 é que Charles Elton, em seu livro Ecology of Invasions by Animals and Plants chamou a atenção para o fato de ser necessário conhecer de modo mais detalhado espécies invasoras e assim estabelecer diferentes estratégias de controle. Várias décadas se passaram até que a comunidade científica percebesse a grandiosidade do problema, hoje com gravidade reconhecida de modo indiscutível (MATOS & PIVELLO, 2009).
A situação, levada a extremos, fez com que alguns estudiosos sugerissem a possibilidade de ocorrer uma homogeneização biótica de forma massiva em toda a superfície da Terra, o que certamente acarretaria a exclusão de espécies nativas devido à competição com as invasoras, o que teria como principal consequência a extinção local e perda direta de biodiversidade, bem como modificação na estrutura dos ecossistemas e sua total perda de caracterização (WILLIAMSON, 1996).
Os principais fatores a criar condições para a proliferação de espécies vegetais invasoras são, certamente, as ações humanas. Estas, como já citado, podem acontecer de forma deliberada ou acidental, bem como por meio de distúrbios provocados no ambiente físico ou na própria comunidade. Em se tratando de espécies vegetais, uma causa comumente associada à ocorrência de invasoras são o revolvimento ou a fertilização do solo, alterações microclimáticas e até a eliminação de espécies indesejáveis, de modo a criar oportunidades de nicho a espécies alienígenas. A semelhança entre o novo ambiente e o local de origem também relaciona-se com o sucesso de uma dada espécie vegetal em fixar-se como invasora (MATOS & PIVELLO, 2009).
Outro fator de grande impacto a ser levado em conta dentre as causas associadas à introdução de espécies vegetais invasoras em dado ambiente é a biopirataria. Pode-se conceituar a biopirataria como sendo o ato de apropriar-se ilegalmente dos vários recursos de uma fauna ou flora específicos. Segundo Gomes (2007), é também a exploração, manipulação, exportação de recursos biológicos, com fins comerciais, e trazendo em si a ideia de contrabando de espécimes da flora e fauna com apropriação de seus princípios ativos e monopolização desse conhecimento por meio do sistema de patentes. Comumente a biopirataria acaba por lesar populações que ao longo dos séculos fizeram uso dos recursos apropriados, uma vez que as mesmas não participam dos lucros resultantes da exploração de sua fauna e flora. Por definição fere-se então o conceito de que as informações que um grupo de indivíduos coletou ao longo de anos é um bem coletivo, não podendo ser comercializado como um objeto de mercado qualquer. As populações acabam ainda perdendo o controle sobre seus próprios recursos
No Brasil a biopirataria teve início pouco depois da descoberta pelos portugueses, quando os mesmos passaram a retirar dos povos indígenas da Amazônia os segredos da extração do pigmento vermelho do pau-brasil (AMAZONLINK, 2003; GOMES, 2007). A exploração do pau-brasil chegou a tal ponto que a espécie foi praticamente extinta, existindo atualmente apenas em alguns jardins botânicos. Outro célebre caso de biopirataria foi o contrabando de sementes de seringueira a partir de Santarém, no Pará, no ano de 1876. Tais sementes foram levadas à Malásia, África e outros territórios tropicais. Após algumas décadas a Malásia tornou-se o principal exportador mundial de látex, o que veio a prejudicar a economia brasileira.
Em relação à biopirataria de produtos vegetais, a atividade é incentivada, sobretudo, em momentos em que o mercado está em crescimento e o setor extrativo não consegue atender às necessidades do mercado, tornando inevitável a domesticação, desde que viável tecnologicamente. A economia extrativa caracteriza-se por uma oferta rígida, determinada pela natureza que, depois de chegar a certa quantidade, não consegue atender ao crescimento da demanda. A escassez do produto e os altos preços tornam-se algo que estimulam e convidam ao desenvolvimento e plantio desses recursos, e surge a tendência de serem desenvolvidos fora da área de ocorrência do extrativismo (HOMMA, 2008).
Pela vasta diversidade vegetal e animal o Brasil é constante alvo de biopiratas. Comumente estes biopiratas são cientistas ou turistas que normalmente aproximam-se de índios, madeireiros e matutos e, de posse das informações conseguidas por estas pessoas, realizam a exploração e o tráfico de mudas, sementes, raízes, insetos e animais típicos da flora e fauna locais (GOMES, 2007). O transporte de espécimes vegetais é muito simples, pois pode-se transportar apenas as sementes que, por serem normalmente pequenas, podem ser escondidas nos mais variados locais.
Um risco atrelado à biopirataria é o de espécies nativas de uma região passarem a competir com espécies locais, colocando em risco o equilíbrio ecológico (SHIVA, 2001). Há ainda o perigo de extinção, possibilidade de uma comunidade terminar privada de recursos genéticos anteriormente disponíveis para comunidades tradicionais, risco de perdas de exportações por força de restrições impostas pelo patenteamento de substâncias originadas no próprio país, além dos prejuízos de ordem financeira (SHIVA, 2001).
Não obstante a preocupação com a biopirataria externa é preciso considerar ainda a drenagem de plantas amazônicas dentro do próprio território nacional, como ocorreu com a seringueira. Inúmeras plantas nativas da Amazônia, por exemplo, são hoje cultivadas na Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, sendo as principais delas o cacau, guaraná, seringueira, cupuaçu, açaí, pupunha, entre outros (HOMMA, 2008).

3. TENTATIVAS DE ENCONTRAR SOLUÇÕES
A problemática da invasão de um ambiente por espécies vegetais ditas alienígenas é uma questão relativamente pouco abordada em debates ecológicos, ainda que se trate de um problema de ordem ambiental de consideráveis consequências. Em alguns países, entretanto, a temática passa a ser mais cuidadosamente considerada, levando-se em conta as consequências do problema (GISP, 2010).
No Brasil, por exemplo, uma estratégia que busca conter o problema das espécies alienígenas, animais e vegetais, foi aprovada pela Câmara de Avaliação Técnica da CONABIO (Comissão Nacional de Biodiversidade). Este órgão é composto por representantes de diferentes ministérios e organizações da sociedade civil e que tem como um de seus objetivos promover a articulação entre programas, projetos e atividades relacionadas à implementação dos princípios e diretrizes da Política Nacional da Biodiversidade, bem como a integração de políticas setoriais de relevância. O órgão ainda trabalha no sentido de identificar e propor áreas e ações prioritárias para pesquisa, conservação e utilização sustentável dos componentes da biodiversidade (MMA, 2010).
As estratégias sugeridas pela CONABIO vão desde diretrizes gerais no papel de governos federais e estatais, educação e informação pública, pesquisa e monitoramento, bem como prevenção para a introdução de espécies novas em dado ambiente, colaboração regional e troca de informações sobre o tema das espécies invasoras, mitigação de impactos, focalizando a contenção, erradicação e controle de espécies invasoras, cobrança de prioridade ao assunto por parte da administração pública e incentivo à pesquisa sobre o tema das invasões de ambientes por outras espécies (GISP, 2010). Em outras regiões do planeta atingidas pelo problema das espécies invasoras, sejam animais ou vegetais, estratégias semelhantes podem ser adotadas.

RESULTADOS
Algo que determina se uma dada espécie vegetal é ou não uma invasora é a forma como a mesma porta-se em relação aos aspectos econômicos. Uma planta que, de certa forma, agrida a produção de uma importante cultura será definida como sendo invasora, ao passo que uma espécie que torna-se útil economicamente dificilmente será classificada como tal. Um exemplo é o café que, embora seja originário da África, foi introduzido na economia brasileira, tornando-se um dos principais produtos de exportação do país. Neste caso, mesmo sendo proveniente de outra região do globo e, tecnicamente, uma espécie invasora, o café não é assim definido.
A flora de diferentes ambientes pode eventualmente ser ameaçada pela invasão de sua área por espécies vegetais nativas de outros locais. Este fato pode acarretar prejuízos de ordem econômica e ambiental, podendo atingir até mesmo a fauna nativa. A problemática das invasões por plantas alienígenas (bem como por animais alienígenas) acarreta impactos ambientais diversos, ainda que o assunto seja pouco debatido em discussões de cunho ecológico. Contudo, o surgimento de entidades voltadas especificamente ao assunto tende a mudar, ainda que lentamente, esta realidade.
O principal responsável pela ocorrência de invasões de diferentes áreas por plantas oriundas de outros locais é o próprio homem. De modo deliberado ou acidental o ser humano tende a introduzir espécies vegetais em diferentes áreas. A biopirataria é uma dessas formas.

CONCLUSÃO
As invasões biológicas constituem tema que ganhou destaque nas pesquisas científicas em décadas recentes. Há uma grande diversidade de assuntos sendo abordados, mas, apesar disso, o assunto ainda carece de maior exposição na comunidade científica e até na mídia, para que a população saiba que existe mais uma forma de impacto ambiental a ser considerada. Outro problema é a falta de artigos e estudos provenientes das áreas tropicais do planeta, justamente as que possuem mais ampla biodiversidade e que, por isso, podem ser mais afetadas por invasões biológicas. Havendo maior biodiversidade, é maior a quantidade de espécies que passam a ser afetadas ou a correr risco de extinção com a chegada de espécies alienígenas. As condições reinantes nos trópicos tendem ainda a facilitar a fixação de espécies invasoras no local.
As invasões biológicas, seja por espécies animais ou vegetais, constituem séria ameaça às biotas nativas em diversas áreas ao redor do mundo. Uma espécie exótica, ao invadir determinado ambiente, passará, imediatamente, a competir com as espécies nativas por nutrientes e espaço. Isso, por si só, já é capaz de gerar impacto ambiental negativo. Entretanto, as espécies invasoras podem constituir problema também por levar a extinção de vegetais anteriormente utilizados como alimento pela fauna local. Certas espécies invasoras constituem verdadeiro problema pelo simples fato de ocupar e crescer de modo descontrolado em determinada área, podendo inclusive ocasionar problema de ordem financeira, como é o caso do aguapé, espécie cuja erradicação é extremamente difícil e que constitui grande empecilho à pesca e navegação fluviais. Há ainda o caso de espécies invasoras que contêm substâncias tóxicas aos representantes da fauna local, podendo ocasionar a morte de indivíduos.
As espécies vegetais alienígenas que invadem determinadas áreas podem ainda provocar efeitos negativos ao se tentar retirá-las. Por exemplo, pode-se tentar erradicar determinadas espécies vegetais invasoras utilizando-se animais ou insetos predadores das mesmas. Mas isso pode acarretar a introdução de animais invasores na fauna local, o que poderia ser tão ou mais problemático que a invasão por parte da espécie vegetal em si. Pode-se tentar ainda o controle da proliferação da espécie vegetal invasora por meio de produtos químicos. Mas esta técnica pode levar à poluição do meio ambiente por tais produtos. Pode-se ainda fazer uso de queimadas para frear a proliferação do vegetal invasor, mas esta atividade pode levar a extinções localizadas de animais e vegetais locais, além do sempre risco inerente de incêndios se alastrarem, além de outros impactos de ordem ambiental.
A maioria absoluta das invasões biológicas são provocadas pela ação humana. Embora algumas das migrações de vegetais efetuadas pelo homem dificilmente possam ser chamadas de danosas ? como é o caso da introdução do abacaxi, fruta-pão e café em diversos ambientes ? em dado momento, perdeu-se o controle sobre algumas espécies. Outras foram levadas a diferentes partes do globo de modo acidental, na forma de sementes contidas em carregamentos de grãos, por exemplo. Uma vez chegando a novos ambientes, algumas destas plantas tornam-se dominadoras, desde que lá encontrem condições favoráveis ao seu desenvolvimento.
Infelizmente o problema das invasões por espécies vegetais alienígenas parece ser um problema cuja solução ? se é que realmente existe ? mostra-se extremamente difícil. O fato de muitas vezes a invasão acontecer de modo insuspeitado e contra a vontade ou conhecimento humano ? ainda que, muitas vezes, provocada pelas ações destes ? constitui o maior empecilho a qualquer ação que procure controlar ou impedir a migração de uma dada espécie a qualquer ambiente que seja.


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Autor: José Sinésio Rodrigues


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